Caríssimo Deonísio, seu oportuno artigo chegou-me ao aos olhos através do Balaio de Notícias de Aracaju
Você ilumina esse debate trazendo observações tão lúcidas sobre as conquistas e os desafios dos que se embrenham na arte da narrativa curta. 2004 abraços,
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A hora e a vez dos novíssimos – Deonísio da Silva
JORNALISTA ASSASSINADO
A imprensa não deu. Por quê?
A nota abaixo, transcrita da Tribuna da Imprensa, dá conta de que o jornalista Francisco Alexandria, autor de um livro contendo denúncias escabrosas sobre Antonio Carlos Magalhães, foi assassinado. Qual a reação da imprensa? Quem foi o mandante?
Rio de janeiro, segunda-feira, 5 de janeiro de 2004
Silêncio
Vejo com estranheza o silêncio da TRIBUNA ao não noticiar a suspeita morte do bravo jornalista Francisco Alexandria, homem generoso e de rara coragem pessoal demonstrada na luta que sustentava, aqui na Bahia, sozinho e pobre. O jornalista desaparecido fez-se admirado pela consciência crítica independente do povo baiano.
Hugo Gomes de Almeid – Salvador (BA)
Resposta de Helio Fernandes – Noticiamos tudo o que sabíamos. Alexandria foi sempre nosso amigo e colaborador da Tribuna. Enfrentou de peito aberto forças assassinas, que tentaram destruí-lo em vida. Não conseguiram, tramaram sua morte. Ninguém vai descobrir os assassinos, embora as suspeitas estejam cada vez mais evidentes.
Cicero Magalhães, Aracaju
SÃO PAULO 450 ANOS
Soberba ou má-fé?
Como leitor deste Observatório da Imprensa e da Folha de S.Paulo, não posso deixar de comentar a resposta do editor do caderno Cotidiano da Folha, Nilson de Oliveira, em sua entrevista a Leticia Nunes, como parte da matéria ‘Cobertura de Cidade – volta ao mundo em um dia’.
A bem da verdade, não sei se é para rir ou chorar (ou ambos) com a resposta que o digno editor deu à questão sobre quais assuntos o caderno Cotidiano engloba, já que não está preocupado em veicular notícias sobre a cidade-base do jornal. Eis a inacreditável resposta (repito a pergunta, para facilitar a contextualização:)
A Folha é um jornal de São Paulo, mas não tem um caderno específico para São Paulo. O que o caderno Cotidiano engloba?
Nilson de Oliveira – Há uma engano na premissa da pergunta. A Folha não se define como um jornal de São Paulo. É um meio de informação de caráter nacional, desprovido, portanto, de qualquer espírito provincial.
Soberba seria a palavra ideal? Ou má-fé aliada à pretensão burra de achar que somos todos uns idiotas?
Regis Ávila, jornalista