As empresas editoras dos jornais The New York Times e Washington Post, a agência de notícias Associated Press e outras 26 companhias firmaram na quinta-feira (5/1) uma parceria para monitorar sites que usam seus conteúdos sem autorização e cobrar por esse material.
Batizada de NewsRight, a aliança é definida (em seu próprio site) como uma organização independente de direitos digitais e licenciamento de conteúdo. Trata-se da ampliação de um programa que a Associated Press criou há dois anos para estancar a proliferação indevida de conteúdos produzidos pela agência. O objetivo é gerar receita com a leitura de notícias na internet e, assim, ajudar a estancar as perdas financeiras que muitas empresas jornalísticas vêm sofrendo.
A NewsRight tem como executivo-chefe David Westin, ex-presidente da rede de TV americana ABC. As 29 companhias participantes têm, juntas, uma circulação diária de 147 milhões de exemplares nos Estados Unidos e 170 milhões de visitantes mensais em suas páginas na internet.
Tráfego medido
Comunicado divulgado pela NewsRight afirma que o objetivo é facilitar o acesso legal de terceiros aos conteúdos gerados pelos participantes e fornecer a essas companhias informações detalhadas a respeito de onde e como o material produzido por elas é usado.
“Mais notícias estão disponíveis em diversos meios do que em qualquer outro período da história. Porém, se a informação confiável continua a florescer, as empresas que investem na criação de conteúdo precisam de meios eficientes de licenciá-lo da forma mais ampla possível”, afirma Westin no comunicado.
Por meio de um software desenvolvido pela Associated Press, a NewsRight poderá medir o tráfego que o conteúdo das empresas participantes gera para os sites em que são utilizados. Cada empresa, individualmente, vai decidir o que fazer com essa informação, afirmou Westin, de acordo com a agência Bloomberg. O executivo ponderou que, em muitos casos, o material é usado de forma adequada.
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[Talita Moreira é da Redação do Valor Econômico]