O Huffington Post não para de crescer. Depois de seções voltadas a negros e latinos e edições no Reino Unido e Canadá, o site fundado pela ex-socialite grega Arianna Huffington e comprado no início do ano passado pela AOL lançou mais uma versão: foi inaugurada na segunda-feira (23/1) a edição francesa. O Le Huffington Post, primeiro site da grife de Arianna a se aventurar fora da língua inglesa, é publicado em parceria com o Le Monde e a Les Nouvelles Editions Indépendantes.
O site foi lançado com uma coletiva de imprensa para 250 jornalistas nos escritórios do Monde, em Paris, e terá direção editorial da jornalista Anne Sinclair – mulher do ex-diretor do Fundo Monetário Internacional Dominique Strauss Kahn (conhecido pela sigla DSK), envolvido no ano passado em um escândalo sexual com uma camareira de um hotel em Nova York. Anne trabalhou em rádio e TV e apresentou por 13 anos um dos mais populares programas políticos de entrevistas da França.
Na coletiva, ela foi questionada sobre um potencial conflito de interesses por causa do escândalo que envolveu seu marido – Strauss Kahn chegou a ficar sob prisão domiciliar depois de ser acusado de estupro pela camareira, que posteriormente retirou a queixa. “Tudo o que tiver que estar na primeira página estará na primeira página”, respondeu ela. “Eu não acho que esta será a principal pauta de 2012, mas se fosse seria tratada como tal. Não há conflito de interesses”, garantiu, ressaltando que não mistura vida profissional com vida pessoal.
Boas notícias
Além do site francês, o Huffington Post também anunciou este mês uma seção voltada para as boas notícias. Arianna escreveu artigo apresentando o HuffPost Good News, ressaltando que a seção terá como foco as notícias positivas, sobre coisas que funcionam e pessoas e eventos que servem de inspiração. Enfim, “do que está fora do que a maior parte da mídia escolhe cobrir”.
“Em todo lugar ao redor do mundo, as pessoas e comunidades estão fazendo coisas incríveis”, afirmou Arianna. “Mas estas histórias raramente são contadas online, nos jornais ou na TV”, completou a blogueira. Segundo ela, estas histórias de “pessoas reais” são ofuscadas não apenas pelas crises reais, mas também pelas “crises fabricadas que sugam o precioso oxigênio da mídia”. A desculpa dada pelos veículos de mídia, diz Arianna, costuma ser que o público não se interessa por pautas positivas. “Bem, nós não acreditamos nisso, e o HuffPost Good News será nossa resposta, nosso desafio, a este ceticismo”, afirmou.