Thursday, 21 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Mania dos tablets invade o Planalto

Já está superada a imagem que tanto marcou o ex-presidente Lula da sua então ministra de Minas e Energia e, depois, chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, sempre grudada a tabelas de PowerPoint em um laptop. Mais conectada do que nunca ao mundo virtual, a presidente agora só quer saber de tablets. Tem pelo menos quatro destas engenhocas em locais estratégicos e não abre mão de carregar ao menos uma em viagem.

Um deles foi presente do presidente da Foxconn — empresa taiwanesa que está se instalando no país. O Samsung de Dilma tem capa personalizada vermelha e vem com sua assinatura. É a partir dessas máquinas portáteis, das quais não se separa, que a presidente acompanha o noticiário estrangeiro, a compilação de reportagens publicadas na mídia nacional e até mesmo dados do seu governo.

Mas não é só trabalho que a presidente busca nos tablets, que têm permitido à Dilma cultivar um dos seus hábitos preferidos, o da leitura. Ela baixa livros sem parar e o último que estava lendo era “Os homens de confiança: Wall Street, Washington e a educação de um presidente”, do jornalista americano vencedor do prêmio Pulitzer Ron Suskind, que trata da ascensão de Barack Obama e da crise financeira de 2008.

Nova onda

A mania por tablet está longe de ser uma peculiaridade de Dilma. Aos poucos, estes aparelhos vêm invadindo a Esplanada dos Ministérios e tomando conta dos gabinetes dos Três Poderes da República, seja por caminhos institucionais, seja pelo simples desejo destes funcionários públicos de carregar o seu próprio tablet para cima e para baixo.

Não há reunião de ministros sem alguns exemplares sobre a mesa. Fernando Pimentel, de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, é um dos adeptos da nova onda. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, ainda mantém um no gabinete, onde lê as notícias econômicas.