Thursday, 26 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Eduardo Ribeiro

‘Após um 2003 morno, com muita gente amargando retração ou crescimento zero, ficando para o plano das exceções as que cresceram acima de 10%, o mercado das agências de comunicação volta a viver um bom momento e parece ter se reaquecido. Ao menos essa é a impressão que se tem, se tomarmos por base o número de empresas que tem anunciado a conquista de novas contas e jobs, nessas últimas semanas. É preciso dizer que o começo de 2004 foi pra lá de titubeante, obrigando algumas agências inclusive a reduzir quadro, mas – ao menos aparentemente – as coisas melhoraram e os investimentos do chamado universo corporativo parece que foram retomados. Em São Paulo a colheita foi farta, como se poderá ver abaixo:

A LVBA, uma das mais antigas e tradicionais agências do País, dirigida pelos colegas Flávio Valsani e Gisele Lorenzetti, comunicou ter iniciado o atendimento de comunicação para a Terco Auditoria e Consultoria, empresa fundada em 1982 e que presta serviços de auditoria e assessoria contábil e financeira, além de consultoria tributária, trabalhista e de gestão (líder no atendimento a pequenas e médias empresas, está entre as seis maiores auditorias do País). O projeto de comunicação proposto engloba ações junto aos públicos interno e externo, entre elas organização dos processos de comunicação, relações com a imprensa e desenvolvimento gráfico e editorial de publicações.

A multinacional The Jeffrey Group (TJG), dirigida no Brasil, por Ediana Balleroni, acaba de assumir a conta da Western Digital, uma das maiores fabricantes mundiais de hard disks (discos rígidos) internos e externos. A TJG atenderá a empresa no Brasil, México e Argentina. Luís Joly (ljoly@tjgmail.com) fará o atendimento no Brasil. Outra novidade da agência foi a contratação de Francine Mendonça (fmendonca@tjgmail.com), colega com passagens pela Gazeta Mercantil, Diário do Grande ABC e iG, para trabalhar no atendimento das contas da Kodak e da Iomega.

A Conteúdo, de Claudio Sá, anunciou dois novos clientes: o escritório Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados, que tem escritórios em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e Salvador, que será atendido por Adriana Stacchini (asriana.stacchini@conteudonet.com); e a CBCC, operadora de contact center com 3.500 posições de atendimento (PAs) distribuídas em sites localizados em São Paulo, São Bernardo do Campo, Brasília, Rio de Janeiro e Curitiba – atendimento de Ricardo Morato (ricardo.morato@conteudonet.com) e assistência de Rodrigo Garutti.

A Via News, agência dirigida pelo colega Pedro Cadina, fechou contrato com a SolidWorks Corporation, organização que desenvolve e comercializa softwares de projetos mecânicos, análises e gerenciamentos de dados de produtos. Entre as empresas que utilizam a tecnologia da SolidWorks encontram-se Petrobras, Alston, Jumil Máquinas Agrícolas, Romi, WEG, Hallibuton, Agri-Tillage do Brasil (antiga Baldan), Bargoa, Bosch, Gerdau, Taurus, Stemac, e outras. O próprio Pedro fará pessoalmente o atendimento com o apoio de Michele Gassi.

Até aqui mostramos quatro agências e cinco novos clientes. Mas a boa safra não pára.

Carlos Brickmann e Marli Gonçalves, que dirigem a Brickmann&Associados, também saboreiam nova conquista, e das pesadas: vão atender a Fundação Cesp, uma das maiores e mais importantes entidades de previdência privada do País, administradora de planos de previdência e saúde para 140 mil participantes, patrocinada pelas principais empresas de energia elétrica do Estado de São Paulo. O trabalho será realizado em conjunto com Rita Pimenta, colega que coordena a área de Comunicação Institucional da Fundação.

Já a Máxima, de Daniela Rocha e Rose de Almeida, tem três motivos para celebrar este bom momento: Proxis Contact Center, Instituto Nyingma de Budismo Tibetano e Atelier Laís Chiavone e Luciana Nemes.

Jane Cruz e a sua Texto & Imagem é outra que está de conta nova: passou a atender a Elgin Automação Comercial, que estará participando durante esta semana da Autocom 2004. No atendimento Ana Paula Soares e a própria Jane. A agência, aliás, ampliou a equipe, contratando Juliana Chucre, ex-editora de moda do Fashion Site e do site do colunista César Giobbi para o segmento de moda da agência.

A MKTMix anunciou ter iniciado trabalho de assessoria para o Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos, que reúne fabricantes do setor joalheiro de todo o País. A conta será coordenada por Roberto Ethel com atendimento de Maristella Escobar; A One-To-One, Unidade de Comunicação Empresarial do MadiaMundoMarketing, passou a cuidar da assessoria de imprensa da Sétima Arte Digital, empresa que atua há 13 anos no segmento da comunicação audiovisual corporativa – no atendimento Helena Domingues; a Activa começou a atender a Ashby, microcervejaria nacional, a Lao Engenharia, fabricante de brinquedos ecológicos para áreas de lazer, e a Sanavita, indústria nacional de alimentos funcionais. As contas serão coordenadas por Thaís Murbach, que contará com o apoio de Cláudia Sá e Fernando de Moraes. A diretora de atendimento é Fatima Capucci; a Texto, de Altair Albuquerque, acertou com a Publiê Publicações e Eventos, e assumiu os trabalhos de Assessoria de Imprensa da Agrishow 2004, mega evento na área de agronegócios que acontece de 26/4 a 1º/5, em Ribeirão Preto (SP); por fim, a Novaface assumiu a assessoria de imprensa e comunicação da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura. No atendimento Alexandre Annenberg (diretor executivo), Gabryel Strauch (gabryel@novasace.com.br) e Vanessa Costa Santos (vanessa@novaface.com.br).

Temos também as contratações, como no caso de Daniel Bruin, por exemplo, que dirigiu por três anos a Comunicação Corporativa da Talent, uma das mais respeitadas agências de propaganda do País. Pois ele deixou esse cobiçado emprego para assumir um novo trabalho na RP1, de Maysa Penna e Cláudia Rondon. Na agência, será o diretor responsável pela expansão dos novos negócios, consolidação da rede de afiliadas em todo o País e ampliação da representação institucional da empresa.

Também decidiu investir neste outro lado do balcão a colega Lídice Leão, chefe de Reportagem da Rádio Eldorado por sete anos, e que acaba de começar na Lítera, de Maria Luiza Paiva. Aceitou o convite e já está gerenciando a área de atendimento com foco em planejamento e desenvolvimento de novos projetos e produtos.

Walter Santos, que deixou há meses o SBT, decidiu retomar a VS Comunicação Empresarial, atuando com consultoria de estratégias empresariais, apoio a marketing, media training, pesquisas e comunicação integrada.

Ana Paula Nogueira (ex-Reuters e Gazeta Mercantil), por seu lado, está agora reforçando o núcleo de publicações da Tamer Comunicação, contratada como editora-chefe da revista Interação, do grupo EDP Brasil (Energia de Portugal). E não foi só. Também Carla Terra (ex-Secretaria de Saúde do Estado e ex-JB) está na equipe, contratada para o atendimento da Trevisan.

Burson Marsteller, outra agência de relações públicas multinacional, presidida no Brasil por Ramiro Prudencio, incluiu em seu portfólio a Mattel, uma das mais importantes fabricantes de brinquedos do mundo. No atendimento Vanessa Morais e Regina Jorge, com direção de Rosiane Dantas.

Também a internacional Edelman teve conquistas no atacado – três contas praticamente de uma só vez: Samsung, Amadeus Brasil e Interbrazil Seguradora -, além de ter ampliado o atendimento à Pepsico (produtos Elma Chips, Coqueiro, Quaker Aveia, Toddy e Toddynho), conta que tem como gerente Letícia Lyra, e apoio de Patrícia Queiroz. A conta da Samsung é gerenciada por Andréas Adriano, com apoio de Hélio Kohan, e o da Amadeus, especializada em sistema de reservas eletrônica de vôos, por André Fróes, com apoio de Osmar Maduro. A agência também produz a newsletter Amadeus News, editada por Wágner Faneco, com auxílio de Edilaine Abreu. A gerente Patrícia Costa e a executiva Renata Pacini são as responsáveis pelo atendimento da Interbrazil.

Marta Dourado, da Fundamento, anunciou fechamento de contrato com a Cottage Consultoria, especializada na qualidade de vida empresarial, e para a qual vai divulgar os programas Team Building: Construindo Equipes Competitivas no Exercício da Liderança e Life Quality System. No atendimento Eliane de Castro (Unidade de Negócios de Consumo e Serviços), com planejamento estratégico de Adriana Panzini.

Suzane Veloso, da InfoCorp, também vai de três: Companhia Müller de Bebidas, fabricante da Cachaça 51; Programa Qualidade na Mesa, parceria da Abrasel e Sebrae; e Cabeças Voadoras, empresa voltada ao desenvolvimento de produtos para o público infantil. Foram contratadas, para dar suporte às novas contas, Karina Landi (Cia Müller e Qualidade na Mesa) e Jaci Brasil (Cabeças Voadoras, mais FilmBrazil e Associação Brasileira das Produtoras de Obras Audio Visuais).

E uma última para encerrar: a Linhas&Laudas, de Ederaldo Koza e Fernanda Bulhões, tem entre seus clientes o Canal Multishow. O atendimento é de Berenice Menezes e Rogério Pacheco Jordão, no RJ, com apoio de Rodrigo Padron e Bernardo Ramos, em SP.

A relação de conquistas não pára aí, com toda a certeza. Há muitas outras agências tanto de São Paulo, quanto de outras cidades brasileiras, com motivos para celebrar.

É, de certo modo, sob este clima de bom astral que a Abracom reúne-se nesta quarta-feira, 14/4, para eleger a nova diretoria, que será presidida pelo colega José Luiz Schiavoni, da S2 Comunicação, que sucederá João Rodarte, da CDN. Em dois anos, a entidade dobrou de tamanho em termos de associados, estando atualmente com mais de cem agências em seu quadro.



JORNALISMO & CETICISMO
José Paulo Lanyi

‘Repórter-criança’, copyright Comunique-se (www.comuniquese.com.br), 12/04/04

‘‘Por que o senhor chamava o seu adversário de ladrão e agora o classifica de amigo e ‘aliado fundamental’ do seu governo?’; ‘O senhor, técnico de futebol consagrado, é acusado de vários crimes. Até que ponto isso compromete a sua ascendência sobre o time?’; ‘As suas previsões econômicas têm fracassado há anos. Por que insiste em fazê-las [e eu, repórter, em publicá-las]?’; ‘A senhora, advogada de prestígio, é tida como ícone da democracia e da decência. Por que então defende traficantes, corruptos, assassinos e outros criminosos notórios? Existem mesmo duas éticas? Ou a senhora é apenas uma pessoa normal?’; ‘Por que, durante tantos anos, o seu grupo político pregou uma coisa e, agora, faz o mesmo que os seus adversários: vocês mentiam para a população ou não estavam preparados para governar?’; ‘Os financiadores da sua campanha fazem tudo o que o programa do seu governo condena. Por que o senhor recebe dinheiro deles?’; ‘Como pode dar tantos palpites se a sua própria gestão econômica fracassou em governos passados?’.

Muitas são as perguntas, poucos são os perguntadores, diria um profeta qualquer. Não sei se é por timidez ou por medo da reação, mas fato é que indagamos menos do que deveríamos. Refiro-me a uma maioria que parece entorpecida a ponto de ‘idealizar’ a fonte. É cômodo cumprir uma pauta batida, previsível, sobretudo com a anuência de editores acomodados. Isso é uma praga, verdade seja dita. E o torpor coletivo perdura até que algum sensato resolva reparar na nudez dos monarcas.

Estou aqui relendo uma obra que acho fundamental para o exercício do ceticismo. Desconfiar na dose certa é sadio, não amargo e niilista, como querem alguns teóricos da comunicação. Eis, portanto, uma leitura que recomendo a todos os repórteres do mundo: o best-seller ‘O Mundo Assombrado Pelos Demônios’ (1999, Companhia das Letras), do astrônomo e divulgador científico Carl Sagan (1934-1997).

Esse livro é o que há, meus amigos. Influenciou-me a forma de pensar a tal ponto que me levou a uns insights que publiquei em meu singelo ‘Deus me Disse que Não Existe’.

Não me proponho a uma resenha, a obra de Sagan não é novidade. Mas, como tudo que compensa, valeu a pena dar mais umas folheadas no texto que busca resgatar a razão das trevas da crendice, à luz dos métodos científicos. Discordo de poucas coisas do que está ali. O âmago é inteligência pura.

Há um trecho em que se pode concluir: ser cético, em certa medida, é ser curioso, é ser infantil (p. 312):

‘Por que a Lua é redonda?, perguntam as crianças. Por que a grama é verde? O que é um sonho? Até onde se pode cavar um buraco? Quando é o aniversário do mundo? Por que nós temos dedos nos pés? Muitos professores e pais respondem com irritação ou zombaria, ou mudam rapidamente de assunto: ‘Como é que você queria que a Lua fosse, quadrada?’. As crianças logo reconhecem que de alguma forma esse tipo de pergunta incomoda os adultos. Novas experiências semelhantes, e mais uma criança perde o interesse pela ciência. Por que os adultos têm de fingir onisciência diante de crianças de seis anos é algo que nunca vou compreender. O que há de errado em admitir que não sabemos alguma coisa? A nossa auto-estima é assim tão frágil?’.

Mais adiante: ‘Há muitas respostas melhores do que fazer a criança sentir que está cometendo um erro social crasso ao propor perguntas profundas’.

Aos inseguros, àqueles que caíram no entorpecimento na análise dos fatos, ou, ainda, aos que, tibiamente, enxergam o que os seus colegas fingem não ver, vai aí uma palavra de encorajamento: ‘Há perguntas ingênuas, perguntas enfadonhas, perguntas mal formuladas, perguntas propostas depois de uma inadequada autocrítica. Mas toda pergunta é um grito para compreender o mundo. Não existem perguntas imbecis’.

Sagan é generoso, por certo não conheceu alguns repórteres. Contudo, vamos ficar no que é essencial: podados os absurdos, perguntar pode até ofender, e isso às vezes é até sadio. Mas não perguntar, ou só perguntar perfumaria é uma omissão histórica diante daqueles que temos o dever de informar. Lembremo-nos de Collor, o Caçador de Marajás, e de outros exemplos constrangedores. Não nos iludamos: o tempo sempre manda a conta.’



JORNALISMO CULTURAL
Ana Maria Bahiana

‘Sobre mini-gênios e plumas’, copyright Comunique-se (www.comuniquese.com.br), 14/04/04

‘Foi com enorme surpresa (e suspeita de uma estranha sincronicidade) que vi as palavras ‘Vanity Fair’ no (logo onde!) suplemento Ela, do Globo. A que se deveria o interesse, e por que agora?

Fiquei até bastante animada – consistente com sua boa safra, a VF de abril traz matéria de leitura obrigatória para todo mundo que está ou quer estar pautado para cobrir as próximas eleições presidenciais americanas: Hack the Vote (Pirateando o Voto, numa tradução bem livre), exposé do investigativo Michael Shnayerson sobre a super-sombria conexão entre Bush, senior e junior, o partido republicano e as novas ‘urnas eletrônicas’ que serão maioria nos postos eleitorais em novembro.

Matéria mais quente, no panorama internacional, não conheço: a perpetuação a todo custo da direita conservadora na Casa Branca, tal como encarnada pela dinastia Bush, e suas maquiavélicas maquinações cibernéticas é tema que tem impacto sobre todas as esferas, inclusive e principalmente a cultural. O anúncio de uma espécie de inverno nuclear do livre pensar.

A animação durou pouco: a matéria em questão (a do Ela) referia-se ao livro ‘Como fazer inimigos e alienar pessoas’, do ‘jornalista’ Tony Young, que a Record está lançando agora. A edição brasileira pode ser atual, num esquema jornalismo-de-agenda, mas o assunto é velho: no exterior, Young foi pauta em 2002, e o interesse em sua triste pessoa durou menos que o em torno da família Osbourne, inglesa como ele e certamente muito mais saborosa. Em julho de 2002 o (ótimo) site Bully decretou que Young era seu ‘idiota do mês’, e isso mais ou menos resume a trajetória do rapaz.

Young pertence a um tipo de colaborador da imprensa que floresce com grande vigor na Grã Bretanha – o diletante, em geral independentemente rico ou famoso-por-contágio (no caso, ele é filho do escritor e filósofo Michael Young), que se torna rapidamente célebre por colocar na mídia longas diatribes na primeira pessoa, narrando suas em geral perplexas observações sobre o mundo. Não apura, não comenta, não investiga, não pesquisa, entrevista mal e escreve sofrivelmente. Seu valor de consumo está em ‘fazer tipo’, criar um personagem, e dar muita, muita, muita, opinião pessoal sobre quase tudo.

Vocês sabem do que estou falando? Isso foi muita moda na imprensa brasileira no começo dos anos 90. Um amigo cunhou a expressão ‘mini-gênio’ para descrever esta colorida e descartável commodity da mídia.

Do outro lado do Atlântico, eu convivi com vários espécimes dessa raça, que, anualmente, batiam ponto nas edições especiais da revista Screen International em Cannes: eram todos muito parecidos, até fisicamente, e substituidos com assiduidade quando suas opiniões pessoais descabeladas eram suplantadas por um outro tipo, mais apetitoso. Numa antecipação de tendências futuras, muitos deles escreviam de graça – faziam questão apenas de que seus nomes saíssem em negrito, ao lado de um portrait em duas colunas (em geral de óculos escuros); e de que a revista pagasse suas contas nos bares.

Com tudo o que se possa dizer da imprensa americana (e é muito…) , uma coisa é certa: ela não digere tipos assim com facilidade. Existe uma ‘ética da pedreira’ na imprensa americana que é a antítese desse tipo de ‘jornalismo’ emplumado. Não por acaso, o objetivo supremo, o santo Graal dessas figuras é ‘fazer a América’ – ou, o que é mais freqüente, fracassar ruidosamente, culpando a tudo e a todos por sua má sina, na linha ‘mini-gênio incompreendido’.

O livro de Young, em resumo, é isso, apenas. Como-esses-brutos-da Vanity-Fair-não-compreenderam-meu-talento. O jovem (nem tão jovem assim) ganhou 85 mil dólares durante um ano e produziu meras três mil palavras para justificar sua existência antes de ser despedido e escrever estas ‘memórias’.

Só espero, mesmo, que a moda não pegue.’