Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Equipe da al-Jazira expulsa de coletiva presidencial

As equipes das emissoras de TV al-Jazira e al-Jazira English foram expulsas de uma coletiva do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, na segunda-feira (14/5), na embaixada iraniana em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. Ahmadinejad encerrava uma visita histórica: a primeira de um chefe de Estado iraniano ao país em mais de três décadas.


Navid Behrouz, membro da delegação iraniana, informou que a proibição estava relacionada a um programa da al-Jazira acusado de insultar o principal clérigo xiita do Iraque, aiatolá Ali al-Sistani. O Irã é predominante xiita e, na semana passada, o governo já havia proibido os repórteres da emissora de entrar no parlamento, pelo mesmo motivo.


A al-Jazira lamentou a decisão do Irã e afirmou que esperava que isto não tivesse como conseqüência a completa proibição de suas atividades no país, enfatizando que sua política é de ‘respeito a figuras públicas e religiosas’. Informações da AFP [14/5/07].


 


Diário banido de volta às bancas


O diário moderado Shargh voltou às bancas esta semana após uma proibição de nove meses pelo governo do Irã, noticia a AFP [14/5/07]. O jornal, que tem tiragem diária de 100 mil cópias e é conhecido por suas críticas ao presidente Mahmoud Ahmadinejad, passou a ser novamente publicado um dia depois da volta às bancas do Ham Mihan, banido por sete anos.


A equipe do diário continua a mesma, mas o publisher Mehdi Rahmanian informou que, embora a linha moderada seja mantida, todos irão trabalhar de acordo com as leis do país. ‘Vamos aderir ao respeito à privacidade de todos, ao interesse nacional e às regulamentações do regime’, escreveu ele em editorial.


Depois de uma série de advertências, o jornal foi fechado no ano passado por ter publicado um cartum considerado por alguns como um insulto ao presidente Ahmadinejad. Os jornalistas refutaram a acusação.