O Google estaria negociando com a Time Warner a compra de 5% de participação na AOL, pelo valor de US$ 1 bilhão. A parceria de negócios e publicidade teria como objetivo melhorar as perspectivas financeiras da AOL. Ainda o maior serviço de internet dos EUA, o braço da Time Warner luta contra a perda de milhões de assinantes.
Companhias de peso como Yahoo! e Microsoft chegaram a negociar pela compra da AOL. A Microsoft fez uma oferta para ocupar o lugar do Google no sistema de busca da empresa, oferecendo centenas de milhões de dólares anualmente se a AOL substituísse o Google pelo MSN Search. No entanto, na quinta-feira (15/12), o Google ofereceu a Richard Parsons, executivo-chefe da Time Warner, uma proposta mais lucrativa, segundo vazou a imprensa americana. Sob o acordo, a AOL teria novas maneiras de ganhar dinheiro com a venda de anúncios nos resultados de busca e também daria prosseguimento a sua relação com o Google por pelo menos mais cinco anos.
O número de assinantes da AOL nos EUA chega a 20 milhões, que pagam mensalmente pelo acesso à internet, e-mail, músicas, notícias e outros conteúdos. Com mais de 110 milhões de visitantes únicos mensais em seus sítios, a AOL é a maior fonte de lucros com publicidade do Google – mais de US$ 400 milhões este ano. O serviço mais popular da AOL é o de mensagens instantâneas, com 43 milhões de usuários que conversam online através de mensagens de texto – o que seria uma plataforma atrativa para o Google expandir sua presença no serviço de telefonia na internet.
Lynn Fox, porta-voz do Google, afirmou que a AOL é um parceiro valioso e que a empresa espera que continuem trabalhando juntos. O valor das ações do Google subiu US$ 7,62, chegando a US$ 430,15, depois do vazamento da notícia sobre o acordo com a AOL, na sexta-feira (16/12).
O investidor Carl Icahn vem pressionando a Time Warner para dividir a companhia em quatro e vender a maior parte das ações da AOL e de sua divisão de televisão a cabo para, com o dinheiro, recomprar suas próprias ações. Informações de David A. Vise [The Washington Post, 17/12/05].