As previsões são assustadoras. A explosão da demanda de banda larga poderá levar o mundo a um terrível apagão digital. O iPad apenas puxou a fila e despertou o gosto por esse tipo de produto. Hoje, um ano após seu lançamento, já há no mercado mais de uma centena de modelos de tablets dos diversos fabricantes.
O tablet poderá transformar-se na nova paixão de milhões de usuários nos próximos cinco anos. Em 2015, entrarão no mercado mais de 250 milhões desses dispositivos, segundo estudos da Cisco e da consultoria S1 Capital Partners. Para 2020, a previsão é de que o número desses dispositivos – tablets e e-readers – esteja próximo de 4 bilhões.
Tráfego crescente
Esse é o desafio que a maioria dos países terá que enfrentar daqui para o futuro, com a difusão acelerada desses produtos – similares ou não ao iPad. Sua utilização maciça aumentará de forma quase incontrolável o acesso a conteúdos de vídeo móvel e, por consequência, da demanda por banda larga.
Esse é o maior risco para governos, reguladores e para as próprias operadoras. Para enfrentá-lo, o mundo terá que fazer investimentos brutais em redes sem fio, de banda larga. Não se trata de apoio ao entretenimento, pois o uso predominante será profissional ou para o comércio eletrônico.
Aliás, o mundo já vive essa explosão do tráfego de dados móveis. O crescimento desse tráfego foi de 159% de 2009 para 2010. A previsão para 2015 é de um aumento do tráfego de comunicação de dados móveis de 26 vezes em relação a 2010.
Haja banda larga.