Homens armados assassinaram 11 parentes do jornalista iraquiano Dia al-Kawwaz, chefe de redação do sítio de notícias Shabeqat Akhbar al-Iraq (Rede de Notícias do Iraque, tradução livre). ‘Quatro homens armados entraram na casa de minha família em Shab, em Bagdá, quando todos tomavam café. Duas de minhas irmãs, seus maridos e sete crianças entre cinco e 10 anos de idade foram mortos no domingo (25/11)’, informou ele à agência AFP [26/11/07].
Al-Kawwaz escreveu em seu sítio que, após o episódio, os homens jogaram uma bomba na casa. Ele acusa uma milícia xiita de estar por trás dos assassinatos. ‘Os homens estavam fortemente armados e começaram a atirar aleatoriamente. Eles mataram todos que estavam na casa e depois jogaram uma bomba’, lembra.
Exílio
O jornalista mora na Alemanha há 20 anos. ‘Já fui acusado de ser pró-EUA, por isso tive que me mudar para a Alemanha. Agora, estou sendo acusado de ser pró-Saddam’, diz Kawwaz, que é xiita. Seu sítio é conhecido por ser extremamente crítico à ocupação militar americana no Iraque.
O caso acontece semanas depois do seqüestro do repórter Muntadhar al-Zaidi, do canal iraquiano por satélite al-Baghdadiyah. Zaidi foi libertado três dias após ficar em cativeiro. Jornalistas são alvos freqüentes de insurgentes no Iraque e, na maior parte dos casos, são assassinados pelos captores. Segundo a ONG Repórteres Sem Fronteiras, 206 jornalistas e profissionais de apoio à mídia foram mortos desde a invasão americana ao país, em março de 2003 – 46 deles apenas este ano.