Sunday, 22 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Luciana Coelho

‘A voz calma e as frases bem articuladas mal fazem transparecer que do outro lado da linha está o responsável pelo traço sujo e pelas formas grotescas (muitas delas, efeito de drogas alucinógenas) que definem um dos trabalhos mais contundentes da cultura underground americana.

Mas alguns minutos de conversa com o cartunista Robert Crumb são suficientes para perceber que toda a pulsão sexual, a ojeriza à sociedade consumista e as doses cavalares de cinismo e misantropia que permeiam sua obra seguem ali, borbulhando.

Aos 60 anos, 13 deles na França, Crumb parece ainda não ter se encontrado (‘não me sinto bem em nenhum lugar’), fala com desprezo profundo sobre a cultura americana e, sobretudo, sente muito medo do rumo político que os EUA tomaram.

Nascido em 1943 em uma família de cinco irmãos da Filadélfia, Crumb começou a desenhar muito cedo, muito pela insistência do irmão mais velho, Charles. O hobby se tornou ganha-pão em 1962, quando se tornou ilustrador da American Greetings. Logo viriam os quadrinhos e uma profusão de personagens que marcariam a chamada contracultura americana: Fritz the Cat, Mr. Natural, Angelfood, Devil Girl…

A obra, vasta, ganhou público fiel, a admiração da crítica e compilações que a alçaram ao status daquilo que Crumb mais despreza -o de produto cultural de sucesso. De sua casa no sul da França (ele se nega a revelar a cidade), o cartunista falou à Folha por telefone. Tratou de política, drogas, sucesso e, claro, mulheres.

Folha – Como está a vida na França? Já faz mais de dez anos que o sr. se mudou, não?

Robert Crumb – Treze anos. Nós viemos para cá em abril de 1991. Minha mulher [Aline Kominsky] é que estava mais animada, ela queria tirar nossa filha dos EUA.

Folha – Por quê?

Crumb – Porque ela não estava gostando do efeito da cultura americana sobre a nossa filha.

Folha – O sr. vê o efeito da mudança sobre Sophie?

Crumb – Com certeza. Ela é uma pessoa que não tem uma identidade nacional específica, nem totalmente francesa nem americana. Ela tem as duas coisas misturadas, o que a torna outra coisa.

Folha – Hoje é uma vantagem não ter essa identidade americana?

Crumb – Sim. Eu sempre fui uma pessoa alienada quanto a isso. Minha mulher também se sente mais confortável na França.

Folha – E o sr.?

Crumb – Eu não me sinto bem em nenhum lugar [risos]. Mas a Sophie esteve recentemente nos EUA e foi atrás de alguns amigos de infância. Muitas das meninas tiveram problemas sérios com drogas, algumas passaram até por programas de desintoxicação.

Folha – O sr. não parece ser a pessoa mais adequada para condenar o uso de drogas…

Crumb – [Risos] É verdade… Mas é que, aqui na França, ela usa haxixe, mas lá são drogas pesadas, que aqui são mais difíceis de conseguir, como cocaína, crack. Essa cultura não é tão disseminada na França. Eu usei algumas drogas quando era mais novo, usei LSD, fumei maconha, essas coisas. Mas cocaína, anfetamina, crack… Isso faz tanto mal…

Folha – O sr. parece realmente feliz por ter criado sua filha longe dos EUA. Além da questão das drogas, há mais razões para isso?

Crumb – Nós moramos em uma cidade muito pequena, e na França ainda há essa tradição familiar. Nos EUA, as pessoas vivem cada uma por si. Os filhos são mais largados do que aqui. É claro que isso também proporciona resultados interessantes, porque você acaba tendo de se virar, criar. Os EUA são um lugar muito interessante em termos criativos, porque tudo é muito maluco lá. Há muito mais adolescentes interessados em desenvolver coisas criativas do que na França, por exemplo.

Folha – E as mulheres francesas?

Crumb – Não é o tipo de mulher de que eu gosto, elas são muito pequenas, não têm coxa nem bunda.

Folha – O sr. sente falta disso?

Crumb – Muita! Nunca imaginei, mas é do que eu mais sinto falta aqui: das mulheres americanas.

Folha – Não é inimaginável…

Crumb – Bom, eu tenho de ir para Amsterdã se quiser ver o tipo de mulher do qual gosto. Ah, já me disseram para ir ao Brasil. Dizem que a bunda da mulher brasileira é a mais incrível no mundo. Mas, voltando, há uma diferença básica entre a cultura francesa e a americana: a França não é tão obcecada por dinheiro. Eles sabem que há outras coisas legais, nem sempre compráveis.

Folha – Agora que Sophie tem 22 anos, o sr. pensa em voltar?

Crumb – Não, não mesmo.

Folha – Por causa do governo?

Crumb – Meus amigos contam que só está piorando, que há cada vez mais fascismo…

Folha – O sr. concorda?

Crumb – Bom, ninguém gosta do governo americano. Ninguém.

Folha – Essa onda de antiamericanismo, para alguém que não só está fora do país como era um ‘outsider’ dentro dele, era previsível?

Crumb – Não me surpreendeu. Dava para ver que os EUA estavam ficando cada vez mais isolados e direitistas desde os anos [de Ronald] Reagan [1981-1989]. O [Bill] Clinton [1993-2001] tentou pôr freio nisso, mas não completamente. Ele teve de passar boa parte de seus mandatos se defendendo de acusações de andar por aí com mulheres. Aí entrou o Bush e as coisas ficaram fora de controle. As ambições deles [Bush e seus assessores] são terríveis. É a dominação mundial.

Folha – O que o sr. acha do discurso de Bush, pontuado por referências ao Bem e ao Mal?

Crumb -Ele está apelando para o mínimo denominador comum, está apelando para o eleitor ignorante, pois já desistiu do eleitor inteligente. Está atrás dos fundamentalistas cristãos. A coalizão cristã representa uns 15 milhões de votos. Mas há esperança. Espero que ele perca, porque teremos problemas se ele não perder.

Folha – O sr. acha que Bush vence?

Crumb -Ninguém pode dizer. Temos um jornal de língua inglesa que circula aqui, o International Herald Tribune, onde uns caras pagaram um anúncio de página inteira pedindo o impeachment de Bush e Cheney, dizendo que o Congresso deveria usar de meios legais para expulsá-los.

Folha – Não seria fácil…

Crumb -Nada fácil, imagine, o Congresso enfrentar o Executivo.

Folha – Eu soube que Mr. Natural [o personagem mais famoso de Crumb] passou um tempo no Afeganistão… Ele tem algum conselho para o presidente Bush?

Crumb -[Risos] ‘Sr. Bush, vá se sentar numa caverna numa montanha e passe uns dez anos sozinho pensando no que você fez.’

Folha – Dez anos são suficientes?

Crumb – O Bush nem é o maior problema, pois ele é basicamente um fantoche. O [vice-presidente, Dick] Cheney é um cara realmente mau, um personagem sinistro e diabólico. E por trás de tudo isso há uma série de ‘think tanks’, essas instituições com esses caras que ficam pensando em políticas, esquemas, estratégias de dominação mundial… Eu li um livro incrível, chamado ‘The Grand Chessboard’ [o grande tabuleiro de xadrez], desse cara, [Zbigniew] Brzezinski, que esteve no gabinete do Reagan, e expõe a estratégia de dominação na qual essas instituições trabalham. Não é segredo, mas é deprimente ler sobre isso. O autor foca a Eurásia, diz que é a chave para a dominação mundial. Uma vez que ocorra [a dominação] na Ásia Central – Afeganistão, Uzbequistão, Cazaquistão, esses países que têm muitos recursos naturais… Os EUA querem ter certeza de que controlam essa região. É essa a estratégia.

Folha – A Guerra do Iraque é um passo para isso?

Crumb – Com certeza faz parte dessa estratégia. Há linhas de comércio muito importantes lá, comércio de petróleo pelo Iraque, pelo Irã, para a Rússia e a Ásia Central. Muita gente acha que nós precisamos do petróleo, que os estoques de petróleo estão acabando e nós precisamos dominar isso. Mas não é isso. É a dominação econômica que eles querem. É uma estratégia cruel e errada, penso eu, ao invés de trabalhar para a cooperação mundial. Mas gente como o presidente nem deve achar que isso é possível, ele acha que os asiáticos e os russos nem sabem fazer negócios, que se os EUA não dominarem haverá um caos mundial. Eles acham que estão tirando o mundo do caos.

Folha – O sr. disse uma vez que tomou aversão pela cultura americana. Ainda se sente dessa forma?

Crumb – Mais do que nunca. A cultura americana está pior do que nunca, terrível. Tudo é tão vendido, tão comercial… É extremamente raro vermos algo realmente autêntico. Para onde quer que você olhe, está tudo esmagado por comerciais…

Folha – O que o sr. achou do modo como o retrataram no filme ‘Anti-herói Americano’?

Crumb -Vi o filme em Nova York, com minha mulher. Ela disse: ‘Se na vida real você fosse como aquele cara do filme, eu pediria o divórcio’.

Folha – Mas o sr. gostou?

Crumb – É um filme bem feito. Achei a representação de Harvey Pekar e da mulher dele muito boa.

Folha – O trabalho de Pekar não é muito divulgado fora dos EUA.

Crumb -Nem nos EUA. Mas uma vez que um filme chegue à mídia nacional, tudo fica muito louco… Vi isso acontecer quando fizeram o documentário sobre a minha vida. Fiquei muito mais conhecido, as coisas mudaram para um nível totalmente diferente. De repente, você é um astro de cinema.

Folha – Que tal a sensação?

Crumb -É incrível, muito estranha. Você entra em um restaurante e as pessoas te reconhecem, mas na verdade elas estão reconhecendo a imagem que viram na tela. Elas acham que sabem tudo sobre você. Essa coisa estúpida e vazia de ser uma celebridade da mídia é muito idiota. Não tem nada a ver com qualquer mérito pessoal que você possa ter. É só o fato de você estar na tela, mesmo sendo um completo babaca.

Folha – Hoje essa indústria de celebridades anda produzindo mais do que nunca. Qual a razão?

Crumb -É assustador. Você acaba sendo obrigado a desenvolver uma defesa crítica para não se tornar uma vítima. É uma coisa desgraçadamente poderosa, que manipula a nossa consciência de formas que nem sequer percebemos. É um fenômeno que existe há poucas gerações. E está piorando.

Livro e filmes são chance de conhecer Crumb

O modo mais fácil de conhecer Robert Crumb é assistir ao ultrapremiado documentário de 1994 que leva seu nome, dirigido por Terry Zigwoff, cujas filmagens levaram seis anos. Só a trilha sonora já é genial. O filme ‘Anti-herói Americano’, por sua vez, traz Crumb na pele do ator James Urbaniak. Como sugestão para o primeiro contato com seu trabalho, há ‘Mr. Natural’, álbum recém-lançado no Brasil pela Conrad.’



AL GORE EMPRESÁRIO
O Estado de S. Paulo

‘Gore compra canal de notícias da Vivendi’, copyright O Estado de S. Paulo, 6/05/04

‘Um grupo de investidores liderado pelo ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore, anunciou ontem a compra de um canal de TV a cabo e o lançamento de uma rede de notícias que pretende oferecer programas ‘irreverentes e arrojados’ para jovens.

O grupo comprou o canal Newsworld International, da Vivendi Universal Entertainment, por um valor não revelado, com capital formado por empresas e investidores individuais. O negócio com a INdTV Holdings, empresa de Gore, foi anunciado na convenção da indústria de TV a cabo, que se realiza em New Orleans. A Newsworld International é um canal que transmite 24 horas de noticiário internacional, produzido pela Canadian Broadcasting Corp., visto por cerca de 17 milhões de domicílios nos Estados Unidos, segundo estimativa da Vivendi.

Segundo Gore, a rede será ‘uma voz independente na indústria’. O público alvo inicial são os jovens entre 18 e 34 anos, ‘que queiram se informar sobre o mundo de uma forma que eles reconheçam e se identifiquem’.

Concorrência – O ex-vice-presidente fez questão de esclarecer que ‘não se trata de uma rede liberal, ou uma rede democrata ou uma rede política’. ‘Ter uma voz independente é algo muito importante para a segurança’, afirmou. Ainda de acordo com Gore, a Canadian Broadcasting continuará produzindo o noticiário.

Para analistas, Gore estaria lançando uma nova rede de notícias para desbancar a Fox News Channel, emissora que tirou a CNN da liderança de audiência nos Estados Unidos com uma programação que mistura coberturas jornalísticas com programas de baixo nível.

Gore será o presidente do Conselho da empresa e anunciou que dedicará a maior parte do seu tempo à nova rede. Ao lado dele, na entrevista em que anunciou a compra, estava o sócio Joel Hyatt, empresário e ex-chefe do Comitê Democrata Nacional, que tentou uma vaga no Senado americano, pelo Estado de Ohio, em 1994. Hyatt será o presidente executivo do grupo e disse estar preparado para o novo trabalho. ‘Aprendemos com os sucessos e os erros de outras emissoras a cabo e estamos convencidos de que esta é uma fórmula vencedora’, disse.

Segundo Hyatt, a programação incluirá formatos tradicionais, como documentários, mas usou as palavras ‘irreverente e arrojado’ para descrever a linguagem da programação que, explicou, incluirá programas humorísticos e ‘formatos que nunca vimos antes’. Ele não deu maiores detalhes, mas afirmou que ‘nosso objetivo não é ser a 251.º rede de TV a cabo, que se parece com as outras’. (Associated Press e Reuters)’



MERCADO / EUA
Jacques Steinberg

‘Grandes jornais dos EUA ganham público’, copyright O Estado de S. Paulo / The New York Times, 5/05/04

‘Boa parte dos dez maiores jornais americanos registrou aumento de circulação no período de seis meses que terminou em março, mas quase todos os outros perderam leitores nesse mesmo tempo, dando continuidade ao longo declínio da indústria, segundo uma análise de relatórios divulgados na segunda-feira pelo Audit Bureau of Circulations – equivalente americano do Instituto Verificador de Circulação.

Alguns dos maiores aumentos de leitura foram registrados pelos três jornais diários de Nova York, com The New York Post, The New York Times e The Daily News apresentando aumento na circulação média durante a semana no período analisado, e Post e Times registrando aumentos no domingo também. O Wall Street Journal e o USA Today, que não circulam no fim de semana, também registraram aumento de circulação.

No entanto, a circulação média durante a semana caiu no Washington Post, The Chicago Tribune e The Miami Herald, entre os maiores jornais americanos, e eles não estão sozinhos. Uma análise da Newspaper Association of America apontou que, quando combinadas estatísticas de circulação de 836 jornais que são acompanhados pelo escritório de auditoria, a circulação média diária foi de 50.827.454 para o período de seis meses que terminou em 31 de março – perda de 0,1% ante o mesmo período de 2003. O escritório acompanha dados de circulação dominical de 659 jornais, e a circulação média diária foi de 55.075.444 para os seis meses que terminaram em março, com perda de 0,9% ante o mesmo período de 2003.

John Morton, presidente da Morton Research Inc., empresa de consultoria de jornais, avalia que os números são a mais nova evidência de uma tendência surgida no início dos anos 90, quando a leitura de jornais declinou de maneira geral. ‘Os leitores estão morrendo mais rápido do que estão sendo repostos’, disse Morton, também colunista da revista especializada American Journalism Review. ‘O que encoraja, desta vez, é que não foi uma grande queda em âmbito nacional.’

Espanhóis em alta – Além dos grandes jornais do país, os números do escritório de auditoria foram talvez mais positivos para alguns jornais diários de língua espanhola – segmento que os principais editores começaram a cortejar seriamente à medida que a população hispânica do país começou a crescer. O La Opinión, mais antigo jornal em língua espanhola de Los Angeles e publicado pela Impremedia LLC, e o Hoy, diário em espanhol da Tribune Co., tiveram aumento de circulação. E, se a circulação média durante a semana do Miami Herald caiu, a de seu irmão espanhol, El Nuevo Herald, aumentou.

Alguns dos mais fortes declínios entre os grandes jornais foram registrados pelo Washington Post, que perdeu cerca de 24 mil leitores durante a semana (queda de 3%, para 772.553) e um número parecido nos fins de semana (queda de 2%, para 1.025.579). Boisfeuillet Jones Jr., publisher e executivo-chefe do Post, disse que vários fatores parecem ter contribuído para esse declínio, incluindo o fortalecimento na leitura durante os primeiros meses de 2003, que ele atribuiu ao interesse pela guerra no Iraque.’



MERCADO / EUROPA
O Estado de S. Paulo

‘Mais 3 jornais da Europa terão caderno do ‘NYT’’, copyright O Estado de S. Paulo, 5/05/04

‘Três jornais europeus, entre eles o espanhol El Pais, incluirão a partir deste mês um suplemento semanal informativo elaborado pelo The New York Times, anunciou ontem esta empresa.O suplemento New York Times International Weekly também aparecerá no jornal alemão Süddeutsche Zeitung e no italiano La Repubblica.

As três publicações unem-se, assim, ao >International Herald Tribune, ao francês Le Monde e ao britânico The Daily Telegraph na plataforma propagandista EuroReach, que facilita aos anunciantes de cada publicação atingir uma audiência mais ampla no mercado europeu. Cristian Edwards, presidente do departamento de vendas da corporação nova-iorquina, ressaltou em comunicado a presença e o alcance dos jornais participantes no âmbito europeu. ‘Estamos muito satisfeitos por levar o jornalismo do The New York Times para essa audiência.’

Os suplementos que serão inseridos nos diferentes jornais manterão o estilo e a tipografia característica do diário nova-iorquino. No El Pais, o suplemento aparecerá em espanhol nas quintas-feiras, a partir de amanhã, e no La Repubblica será publicado italiano, nas quartas-feiras, a partir do dia 12. Desde segunda-feira passada, o jornal alemão traz o suplemento, em inglês.

O suplemento inclui notícias, comentários, fotos coloridas e gráficos relacionados ao Estados Unidos e a outros assuntos econômicos, sociais e culturais, explicou a empresa.Cada edição será preparada em Nova York por uma equipe de editores e designer do Serviço de Notícias do jornal, consultando editores dos diários que participam do acordo.

Jesús Ceberio, diretor do El Pais, assinalou em comunicado que esta experiência ‘fortalecerá ainda mais os vínculos entre os dois diários e mantém uma colaboração bem-sucedida de dois anos com o International Herald Tribune, também do ‘The New York Times’.

Suplementos do jornal nova-iorquino em espanhol aparecem também, desde outubro de 2002, nos diários mexicanos El Norte, Reforma, Palabra e Mural, do Grupo Reforma. Outros jornais em El Salvador, Panamá, Costa Rica e Paraguai incluem suplementos similares desde o ano passado.

O Serviço de Notícias aporta mais de 300 artigos diários das seções de The New York Times a mais de 600 organizações informativas em 50 países, além de fotografias e gráficos, explicou a empresa.’