O Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) divulgou na terça-feira (28/6) sua tradicional pesquisa sobre Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) nos domicílios brasileiros, realizada anualmente pelo Centro de Estudos sobre TICs (Cetic.br). Um dos principais indicadores do estudo foi o crescimento de 9% entre 2009 e 2010 na proporção de residências brasileiras com PCs. Ou seja, a penetração subiu de 32% para 35% durante o período. Levando em consideração apenas as áreas urbanas, essa proporção passou de 36% para 39%, crescimento de 8%.
Dos 35% de domicílios com PCs, 27% dispõem de acesso à internet.
O ponto a se considerar é que a diferença é praticamente a mesma do levantamento de 2009, que apurou 32% das casas com computadores e 24% com internet. “A diferença entre a posse do computador e o serviço à internet se manteve estável em relação a 2008”, diz Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br.
Mobilidade
O crescimento da mobilidade foi outro ponto destacado no estudo. A penetração dos notebooks nas casas com computador cresceu mais de 60%, passando de 14% em 2009 para 23%, em 2010. Ainda em relação aos computadores portáteis, o crescimento acontece especialmente em áreas urbanas e classes sociais mais elevadas. As regiões rurais apresentaram estabilidade, ou seja, apenas 15% dos domicílios rurais possuem computadores portáteis. Percebe-se, no entanto, um crescimento expressivo dos notebooks em diversas classes sociais. Cerca de 70% dos domicílios da classe A têm computadores portáteis, enquanto nas classes C e D/E esse percentual cai pela metade.
Celulares
Os telefones celulares também tiveram crescimento considerável, sobretudo na classe média. A zona rural experimentou o maior aumento de penetração, de 10%, entre 2009 e 2010. No Nordeste, o total de domicílios com aparelho celular subiu de 63% para 77% no mesmo período. Na classe D/E o crescimento foi de 9%, passando de 54% para 63% em 2010.
Barreiras
O custo e o acesso à infraestrutura continuam sendo as principais barreiras para o acesso à internet. Entre os domicílios que possuem computador, mas não dispõem de acesso à web, 49% não possuem acesso à internet por conta do alto custo do serviço e 23% por falta de disponibilidade na região. A falta de interesse (16%) e a falta de habilidade (12%) também são consideradas barreiras para a utilização do serviço.
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[Daniel Machado é da redação do Teletime]