Thursday, 26 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

National Rifle Association adere ao jornalismo

A National Rifle Association, entidade que luta pelo direito dos cidadãos americanos portarem armas de fogo, está abrindo uma companhia de comunicação para divulgar notícias relativas às idéias que defende durante a corrida presidencial. Com 4 milhões de membros, a NRA vai inicialmente lançar um programa de entrevistas a ser transmitido pela internet. O próximo passo deverá ser a compra de uma estação de rádio. Segundo o vice-presidente executivo da organização, Wayne LaPierre, ela tem tanta legitimidade para produzir notícias quanto qualquer outra empresa jornalística. A NRA não deverá observar as restrições de financiamento de propaganda política impostas nesta época de corrida presidencial. ‘É um ato desafiador. Mas também está 100% de acordo com a lei’, declara LaPierre. O público potencial para as notícias da NRA é grande: há 16 milhões de caçadores licenciados e 80 milhões de proprietários de armas nos EUA.

Quem quer o Daily Telegraph?

Rumores no mercado de mídia indicam que a Hollinger International estaria recebendo lances de mais de US$ 1 bilhão pelo grupo britânico Telegraph, que controla o diário The Daily Telegraph. É muito dinheiro para um jornal que, apesar de grande e respeitado, está em decadência – 38% de seus leitores têm mais de 65 anos. Richard Tomlinson [Fortune, 19/4/04] reúne alguns motivos para valores tão inflacionados. Em primeiro lugar, ser dono do Daily Telegraph é sinônimo de prestígio. Isto deve ter sido suficiente motivação para que os irmãos banqueiros Barclay fizessem um bom lance. O Daily Mail, por sua vez, tem interesse em comprar o concorrente para que ele pare de tentar roubar seus leitores, que são mais jovens. No entanto, é improvável que as autoridades britânicas autorizassem o negócio, por causa da legislação antitruste. Finalmente, há a questão monetária: companhias de investimento como a 3i e a Apax Partners Worldwide apostam que, com um bom saneamento das finanças do grupo, é possível reparti-lo e vendê-lo com lucro.