Saturday, 28 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

O blogueiro de B@gdá

Este é um trabalho sobre o blog mantido durante quase um ano por um desconhecido iraquiano e que se tornou a coqueluche de internautas durante a Guerra ao Iraque. Como se trata de um trabalho que envolve a internet, quase a totalidade das informações foram obtidas na rede, boa parte através de links nas páginas consultadas, como demonstra a extensa hemerografia e a reduzida bibliografia. O idioma da internet ainda é o inglês, daí a maioria das citações serem de tradução livre da autora. Não se pretendeu um visão exaustiva da importância (ou não) do blog face ao jornalismo, mas uma breve radiografia do conteúdo do endereço www.dearraed.blospot.com.

1. Introdução

Em plena Guerra ao Iraque, em 2003, um ‘ruído aleatório’ – tomando emprestada a expressão da Teoria Matemática da Comunicação de Claude Shannon – veio atrapalhar o ‘isomorfismo’ (idem) no noticiário bélico. [O problema da comunicação, segundo Claude Shannon, consiste em reproduzir de maneira exata ou aproximada mensagem gerada em outro local. Isto é feito através de uma cadeia formada pela fonte de informação, codificador (que transforma a mensagem em sinais), canal de transmissão, decodificador (que reconstrói a mensagem) e a destinatário da informação. Se chega a este da forma como saiu da fonte há isomorfismo, o que raramente ocorre devido a ruídos indesejáveis e aleatórios que podem alterar o conteúdo da mensagem original.] O quê? Por quê? Como? Onde? – as perguntas do lead tradicional – deixaram de ser respondidos por um único Quem?, repórteres ‘encaixados’ (embedded, em inglês) nas tropas anglo-americanas.

Se não alterou o rumo das operações militares, o tal ‘ruído’ burlou o controle da informação dirigida e permitida, a ponto de mudar a forma como muitos leitores da grande imprensa entendiam os fatos. O mérito coube a um jovem iraquiano, codinome Salam Pax (paz em árabe e latim). Via internet, ele contava ao mundo online – através do blog ‘Onde está Raed?’ – o que realmente via, ouvia e sabia que se passava em Bagdá nos dias que precederam e durante a guerra.

O blogueiro de Bagdá driblou censura (de ambos os lados) e tentativas de descrédito para se tornar uma fonte, autorizada pelo endosso da comunidade conectada, dos fatos relativos à guerra. Quando a falta de numerário e/ou os bombardeios aéreos ‘congelaram’ seu site, ‘Onde está Raed?’ transmudou-se na pergunta ‘onde está Salam?, preocupando os blogueiros-leitores.

Proliferaram as páginas-espelho [endereços alternativos] e, entre 24 de março e 7 de maio de 2003, Salam Pax voltou às origens do blog. Escreveu um diário e, quando era possível, o enviava por e-mail a uma amiga nos Estados Unidos que manteve sua página online. Leitores e comunidade respiraram aliviados. Notícias frescas, testemunhadas pelo desconhecido, foram postadas ao longo de quase um ano (entre setembro de 2002 e junho de 2003).

Irreverente, ocidentalizado, internauta de carteirinha, arquiteto desempregado, intérprete para sobreviver, Salam Pax chegou a ser acusado de agente da CIA, quinta-coluna iraquiana, até que foi identificado pelo jornalista Peter Maass, da Slate, [em http://slate.msn.com/id/208347:’Salam Pax Is Real (www.thebaghdadblog.com). How do I know Baghdad´s famous blogger exists? He worked for me’. (‘Salam Pax é real. Como sei que o famoso blogueiro de Bagdá existe? Ele trabalhou para mim’)] para quem trabalhara.

Com a celebridade veio o convite para colaborar com o jornal britânico The Guardian, pioneiro no apadrinhamento de blogs, e a publicação de um livro [Salam Pax, o blog de Bagdá. Tradução de Daniel Galera. Cia. das Letras. São Paulo. 2002], como se tinta de imprensa fosse necessária para garantir o selo de qualidade às informações postadas durante o conflito.

A cooptação de Salam Pax pela grande mídia, no entanto, não desqualificou a obra de correspondente de guerra verdadeiramente ‘encaixado’ no palco bélico. ‘Ruído aleatório’, ele somou uma nova – e intrigante – variável ao debate, então recém-iniciado – sobre jornalismo online. Os posts no blog de Salam Pax, apaixonados, irônicos, e por isso mesmo críveis, podem ser considerados jornalismo? Ou não passaram de meros comentários de um simples amador?

2. Blog: gênese e história

No universo efêmero da internet, uma quase unanimidade: o pioneiro dos blogs como hoje os conhecemos foi Dave Winer, que no primeiro dia de 1997 lançou na rede seu Scripting News (www.scripting.com/), ainda em atividade. Winer, no entanto, abre mão da honraria, afirmando que ‘o primeiro blog foi o primeiro website construído por Tim Berners-Lee no Cern (Centro Europeu de Pesquisa Nuclear) para relacionar os novos endereços à medida que eram lançados’ (http://newhome.weblogs.com/historyOfWeblogs).

O pioneiro dos weblogs (como então eram conhecidos os blogs) é modesto, pois o que chama de blog do principal responsável pela criação da World Wide Web não passava de um catálogo de endereços, sem uma só das principais características dos diários online: espontaneidade do autor, volatilidade (a atualização é periódica, quase diária) e, acima de tudo, links para outras páginas.

Nesta característica repousa o diferencial do blog, que o distingue dos outros diários (virtuais ou de papel) e desqualifica como tal páginas como as de Carolyn Burke (http://diary.carolyn.org/) e Justin Allyn Hall (www.links.net/). Ambos mantiveram – Carolyn, entre janeiro de 1995 e maio de 2002 e Justin, até hoje – blogs pessoais que mais se assemelham aos tais diários de papel, desabafos ou exibicionismos de adolescentes conectados, ávidos por compartilhar experiências:

Porque nós estamos sozinhos. Necessitamos de mais amigos ou ouvidos simpáticos (…) Nós gostamos de ler as histórias de outras pessoas porque elas nos ajudam a afirmar a nós mesmos (…) Colocar nossas vidas online não significa conduzir nossas vidas online, mas utilizar um veículo de partilha sem precedentes. Nós interagimos no mundo real e usamos o ciberespaço para colaborar, dividir e conjurar novas possibilidades. (‘Manifesto de Justin Hall’, www.links.net/webpub/whyweb.html)

O desabafo de Justin apenas se refere, sem mencionar claramente, a outra marca registrada do blog: a interatividade entre autor e leitor, que comenta e dá palpites sobre a entrada. Visualmente, o blog de Justin se parecia mais com um diário de papel escrito com um editor de texto, sem recursos gráficos, cores, fotos nem links.

Naquela época, escrever um diário online exigia conhecimentos de programação, pois só em 1999 foi lançada a primeira ferramenta – o Blogger – que pôs ao alcance de qualquer um o processo de edição de um blog. Automatizaram-se os complicados códigos de linguagem HMTL e protocolos FTP. Outras ferramentas se sucederam, todas gratuitas, e o mundo blogueiro explodiu. Em 2003, estimava-se que 1,5 milhão de pessoas mantinham blogs na internet.

A ponto de se criarem subdivisões. Quatro, segundo Rebecca Blood que, desde 1999, mantém um diário online (www.rebeccablood.net). Em artigo para a edição de setembro de 2003 da Nieman Reports (www.nieman.harvard.edu/reports/03-3NRFall/V57N), revista da Nieman Foundation for Journalism da Harvard University (EUA), Rebecca aponta os quatro tipos mais comuns de blogs: ‘Escritos por jornalistas; por profissionais de outras áreas; por testemunhas de grandes eventos; e os que servem de guia online para notícias linkadas’.

3. Sociedade rede

Para se entender o fenômeno dos blogs é preciso ir ao conceito de sociedade rede (‘netwok society’), como entendido pelo sociólogo Manuel Castells:

‘A sociedade cuja estrutura social é construída em torno de redes de informação a partir da tecnologia de informação microeletrônica estruturada na internet’.

O acadêmico catalão, no volume 3 de seu extenso estudo sobre a Era da Informação, descreve a gênese de um novo mundo, criado pela coincidência histórica de três processos independentes: a revolução na tecnologia da informação; a crise econômica do capitalismo e do estatismo e sua reestruturação; e o apogeu dos movimentos sociais e culturais:

A interação desses processos e as reações por eles desencadeadas fizeram surgir uma nova estrutura social dominante, a sociedade rede; uma nova economia, a economia informacional/global; e uma nova comunicação, a comunicação da virtualidade real (Castells, 2000: 412)

Esta redefinição histórica e interativa das relações de produção, poder e experiência (que produziram a nova sociedade rede) transformou o próprio tecido social, desembocando em um novo paradigma tecnológico, em que a informação é a matéria-prima fundamental e o processamento desta informação está presente e transforma todos os domínios do sistema ecossocial.

Outras características do paradigma tecnológico, segundo Castells, são a lógica e a flexibilidade das redes que contribuem para a convergência de tecnologias específicas num sistema altamente integrado. Sob este paradigma [conforme a clássica definição de Thomas Ruhl: ‘Realizações científicas que geram modelos os quais, por período mais ou menos longos e de modo mais ou menos explícito, orientam o desenvolvimento posterior das pesquisas exclusivamente na busca da solução para os problemas por elas suscitados’. (Dicionário Aurélio Século XXI)], por ele batizado de informacional, emerge uma nova cultura que modifica as formas sociais de espaço e tempo em que o poder dos fluxos é mais importante do que os fluxos do poder. (Castells, 2000: 497)

Tal dinâmica cultural, histórica e geográfica vem, no entender do sociólogo, desintegrando os mecanismos atuais de controle social e representação política e dá origem aos ‘globopolitanos’, indivíduos ‘meio seres humanos, meios fluxos’. Esses ‘cidadãos do mundo’ habitam o espaço dos fluxos, e o blogueiro Salam Pax foi um deles durante a Guerra ao Iraque.

A força de sua identidade levou ao blog ‘Onde está Raed’ durante quase um ano indivíduos desconfiados da informação oficial isomórfica da grande imprensa e foi mantida pelo contrafluxo desta mesma comunidade de internautas-leitores. Nem mesmo sua cooptação pela mídia – Salam Pax tornou-se blogueiro oficial do jornal The Guardian – neutralizou esta identidade. Porque se tornou um símbolo e ‘a política informacional é posta em prática predominantemente no espaço da mídia e luta contra símbolos’. (Castells, 2000: 429).

O que nos leva a outro conceito, cunhado em 1959, antes mesmo de a sociedade rede começar a se estruturar, e citado pelo comunicólogo francês Armand Mattelart:

Os intelectuais, escreve Daniel Bell, em O fim da ideologia, colocam em primeiro plano sua experiência, sua percepção individual do mundo, seus privilégios assim como suas privações. Julgam o mundo através de sua própria sensibilidade’.

Salam Pax nunca se viu como intelectual. Ao se expressar virtualmente através de seu blog e transformar sua percepção individual na realidade de centenas de milhares de internautas, forneceu, através da grande rede, informação processada em tempo real eletronicamente. Foi ‘globopolitano’, mas terá sido jornalista amador?

4. Blog é jornalismo?

O mundo dos blogs (há quem prefira o neologismo blogosfera) começou a ser desbravado no fim da década passada e, como o estrondo de um trovão, ecoou nos meios jornalísticos e acadêmicos. A dúvida, que vem consumindo bits, bytes e muita tinta, é conceitual: blog é jornalismo online? Blogueiro é jornalista?

Como toda novidade, a resposta é: depende – do autor dos argumentos, de sua profissão, intimidade com a internet, e até mesmo sua ideologia. A revista Nieman Reports (Vol. 59 nº 3), editada pela Nieman Foundation for Journalism at Harvard University, dedicou boa parte de suas páginas ao tema ‘Weblogs and journalism’ (Blogs e jornalismo), mas não chegou ao denominador comum. A polêmica continua [‘Weblogs and Journalism: do they conect?’ (‘Weblogs e jornalismo: eles se relacionam?’), em Nieman Reports, Cambridge, 2003, nº 3 (Fall), p. 61, disponível em http://www.nieman.harvard.edu/reports/03-3NRFall/V57N]

Acadêmicos, blogueiros e jornalistas foram convidados a escrever e, curiosamente, passaram mais tempo criticando o jornalismo como é feito hoje nos Estados Unidos (onde a mídia não goza mais do prestígio que desfrutou na década de 70, quando do caso Watergate) do que analisando blogs.

Uma das exceções foi J. D. Lasica, editor-sênior da OJR [disponível em www.ojr.org], para quem ‘blogs e jornalismo precisam um do outro’. Lasica cunhou a expressão ‘jornalismo periférico’ (journalism from the edges) para se referir ao tipo de informação/comunicação divulgada em um blog: (…) ‘Resumindo, diz respeito a indivíduos exercendo um papel ativo no processo de coletar, relatar, selecionar, analisar e distribuir notícias e informações – tarefa que era reservada quase exclusivamente à mídia’.

Em sua opinião, os blogs têm um conjunto de valores – ‘conversa informal, igualdade e pontos de vista subjetivos’ – diferente dos do jornalismo, e estão criando um ‘novo ecossistema de mídia’. Em vez de ameaçá-la, ajudam a expandir seu universo, pois, originados na rede, representam algo novo, que não existia antes da internet.

A expansão das fronteiras do jornalismo é apontada por ele como a principal característica dos blogs que estariam desafiando a grande mídia a se tornar mais transparente, acessível e receptiva aos anseios do leitor, visto como tal, e não como mero consumidor de notícias.

‘O jornalismo americano contemporâneo tem a forma de uma palestra, mas pode evoluir para um bate-papo e um seminário’, afirma outro guru da comunidade internauta, Dan Gilmor, o primeiro jornalista profissional a manter um blog. O colunista do jornal San Jose Mercury News vê como as principais vantagens do blog sobre a grande mídia ‘a existência em tempo-real e a interação com os leitores’.

Doc Searls, veterano profissional, analista da indústria de informática e editor-sênior do Linux Journal, entrevistado por J.D. Lasica para a série ‘Blogging as a form of journalism’ (‘O blog como um tipo de jornalismo’) [disponível em www.ojr.org/ojr/workplace/1017958873.php], busca na feira, ‘nos mercados do Terceiro Mundo’, a fotografia da mudança trazida pela tecnologia à comunicação: ‘Nos mercados as pessoas conversam. (…) O jornalismo terá de se acostumar a abrir espaço para outras pessoas que, embora não profissionais, têm algo a dizer’.

Searls concorda com Gilmor quando este afirma que muitos blogueiros estão assumindo online o papel de jornalistas amadores, a quem diz que praticam um soft (flexível) journalism em oposição ao hard (rígido) journalism da mídia. Esses amadores, a seu ver, estão recuperando a paixão para o jornalismo.

Como pauteiro, repórter, editor, distribuidor e dono, o blogueiro busca na comunidade internauta sua credibilidade, a última trincheira da mídia. ‘Sem o imprimatur de The New York Times, um blogueiro tem apenas sua reputação recomendando seu trabalho’, afirma Eric Alterman, colunista de The Nation e blogueiro profissional da MSNBC.com, e integrante do grupo que no Nieman Reports não vê o blog como uma nova forma de jornalismo.

Dele discorda um acadêmico (e blogueiro), Jay Rosen, diretor da Escola de Jornalismo da Universidade de New York. ‘Os profissionais não são donos do jornalismo, são pessoas que vivem do jornalismo’, lembra ([disponível em http://journalism.nyu.edu/pubzone/weblogs/
pressthink/2004/03/25/con_prep.html
]). E continua: ‘O jornalismo tem algo a ver com fatos que afetam os interesses de grupos interconectados de pessoas (…) que eu chamo de público’.


Rosen diz ter constatado que os obstáculos para a entrada no jornalismo caíram por terra e que ‘monopólios de conhecimento estão acabando’. E, didaticamente, lembra que os blogs são uma tecnologia disponível para o jornalismo que, simultaneamente, torna o jornalismo mais disponível para os não-jornalistas. ‘Weblogs são jornalismo?’, pergunta, e ele mesmo responde: ‘Simplesmente, não me preocupo com esta questão’.

4. Conclusão

Quando da divulgação dos resultados do Prêmio Pulitzer 2004 [Pulitzer , uma espécie de Prêmio Esso do jornalismo americano, foi criado em 1917 e anualmente premia os melhores da imprensa dos EUA; distribuído pela Columbia University, dá a cada vencedor um certificado e um cheque de 10 mil dólares; disponível em www.pulitzer.org/2004/2004.html] em abril passado, uma surpresa: a quase total ausência de premiações sobre a Guerra ao Iraque, que se pensava seria o tema dominante das reportagens submetidas à apreciação dos juízes reunidos pela Columbia University.

Anthony Shadid, do jornal The Washington Post, ganhou o prêmio de Reportagem Internacional ‘pela extraordinária habilidade em captar as vozes e emoções dos iraquianos’ no pós-guerra, e a dupla David Leeson e Cheryl Diaz Meyer, do Dallas Morning News, recebeu o prêmio de Fotografia ‘por ter captado a violência e a comoção dos combates’. O grande prêmio ficou para o Los Angeles Times com uma localíssima reportagem sobre incêndios que assolaram o Sul da Califórnia .

As reportagens enviadas pelos profissionais ‘encaixados’ nas tropas eram tão pasteurizadas e homogêneas que não mereceram destaque. Exceção feita para fotos dos combates, sempre dramáticas, o que é confirmado pela premiação de Carolyn Cole, também do LATimes, pela série de fotos sobre… a guerra civil na Libéria.

Os resultados do Pulitzer por si só indicam que a grande mídia perdeu a batalha da Guerra ao Iraque para a blogosfera. Neste universo virtual um nome se destacou, o de Salam Pax que, sem pretensão de ser um colunista ou comentarista político, relatou o que via, sentia e ouvia para internautas mais interessados em fatos do que em versões.

Testemunha e repórter da notícia ao vivo, o blogueiro de Bagdá derrubou online as barreiras que o isolavam do mundo. A nova tecnologia tornou-o um ‘globopolitano’, cidadão da sociedade rede em construção. Em seu blog, Salam Pax não só compartilhou com os internautas uma visão da guerra, mas personalizou um acontecimento internacional, produzindo um ‘ruído’ bastante aleatório no noticiário-padrão.

Ao personalizar um acontecimento dramático como a guerra, Salam Pax, embaralhou as comunicações oficiais que, sob a camuflagem da censura, pretendiam o isomorfismo, amparado na divulgação padronizada, verdadeiro ‘samba de uma nota só’ dos profissionais ‘encaixados’.

Nas palavras da professora Kaye Trammell, da Louisiana State University, em mesa redonda online promovida por Mark Glaser, de Online Journalism Review (OJR), da University of Southern California, ‘não existem mais fronteiras. Com os blogs, o mundo e a política tornaram-se um código aberto, onde cada pessoa pode deixar sua marca para o benefício de todos’.

Glossário

Blog – Espécie de diário divulgado na internet e periodicamente atualizado por um blogueiro, escrito com a ajuda de programas de computador fáceis de utilizar. As entradas são ordenadas cronologicamente, as mais recentes no alto. (Definição obtida em http://www.blogphiles.com/webring.shtml. Acesso em: 19/6/2004)

Blogueiro – Ver acima

Código aberto – Qualquer programa de computador cujo código-fonte é de domínio público http://en.wikipedia.org/wiki/Source_code. Acesso em 20/8/2004

Código-fonte – Todas as instruções usadas para se fazer um programa de computador (‘software’) funcionar.

E-mail – Correio eletrônico

Embedded – Particípio passado do verbo To embed, que, segundo o dicionário Webster, significa embutir, engastar, encaixar, implantar, cravar, e descrevia a situação dos jornalistas agregados às tropas da coalizão.

FTP – Sigla de File Transfer Protocol, protocolo para transferência de arquivos.

HMTL – Sigla de Hypertext Markup Language, linguagem utilizada na produção de páginas web.

Internet – Uma rede de redes em escala mundial de milhões de computadores. Ao contrário do que se pensa comumente, internet não é sinônimo de World Wide Web. Esta é parte daquela, sendo a World Wide Web um dos muitos serviços oferecidos na internet. A Web é um sistema de informação muito mais recente, que emprega a internet como meio de transmissão. Definição colhida na enciclopédia livre Wikipedia em http://pt.wikipedia.org/wiki/InternetAcesso em 20/08/2004

Jornalismo online – Coletivo que abraça várias formas de divulgação da notícia que, em comum, têm o fato de serem publicadas em ambiente virtual. Definição retirada do artigo ‘Um laboratório planetário da Web’, de Carlos Castilho, publicado no Observatório da Imprensa: http://www.teste.observatoriodaimprensa.com.br> em 20/07/2004.

Lead – É a abertura, a parte mais importante da matéria jornalística, o parágrafo sintético que deve procurar responder às tradicionais perguntas: o quê?, quem?, quando?, onde?, como? e por quê?. No Brasil, foi introduzido por Pompeu de Souza, em 1950, no Diário Carioca.

Link – Elo, conexão para outros endereços (sites).

On-line – Processo de comunicação em tempo real.

Página-espelho – Página da internet que reproduz fielmente outra.

Post – ‘Entrada’, como a de um diário em papel. Deu origem ao neologismo ‘postar’, que significa ‘publicar no blog’.

Site – Página da internet.

World Wide Web (ver internet)

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Jornalista, Rio de Janeiro