O Conselho de Segurança da ONU aprovou no sábado (23/12), por unanimidade, uma resolução que condena os ataques a jornalistas durante conflitos armados. O órgão pediu aos envolvidos nos confrontos para respeitar a independência dos profissionais de imprensa. A resolução foi a primeira adotada pelo Conselho relacionada especificamente aos jornalistas que trabalham em zonas de guerra.
O embaixador grego na ONU, Adamantios Vassilakis, afirmou que a resolução, promovida pela Grécia e pela França, ‘envia uma mensagem clara e direta para todos os lados envolvidos em um conflito armado, atentando que os jornalistas e os profissionais da mídia devem estar protegidos sob leis internacionais e sob leis humanitárias’.
Ameaça à paz
A resolução reforça que os profissionais da mídia trabalhando em áreas de conflitos armados são civis e devem ser protegidos como tal, ‘desde que não ajam de modo a mudar o status de civis’. O documento também manifesta profunda preocupação ‘com os atos freqüentes de violência em muitas partes do mundo contra jornalistas’ e condena, em particular, os ataques intencionais a eles.
Segundo o Conselho, o ataque deliberado a civis, incluindo jornalistas, ‘constitui uma ameaça à paz e à segurança internacional’. O embaixador francês na ONU, Jean-Marc de La Sabliere, expressou no começo do mês sua preocupação em relação a jornalistas que trabalham em zonas de guerra, observando que 75 deles foram mortos neste ano no Iraque e em outros conflitos. Informações de Edith M. Lederer [Associated Press, 23/12/06].