‘Você pode anexar um documento a um e-mail? Então você pode publicar um blog com imagens.’ Esta frase é de Mark Briggs, jornalista americano e autor de Jornalismo 2.0 – Como sobreviver e prosperar (Journalism 2.0: How to Survive and Thrive). O livro, que teve versão digital em português para download gratuito a partir de 2007, percorreu, nos anos seguintes, uma trajetória que comprova a essencial viralização de conteúdo.
A divulgação da versão tupiniquim se concentrou, ao contrário de muitas outras ações editoriais, no ambiente virtual, incluindo sites, redes sociais e ferramentas colaborativas, além de blogs e portais. Uma das primeiras matérias foi publicada aqui, no Observatório da Imprensa, no dia 18/12/2007, com o título de ‘Guia de cultura digital para jornalistas‘.
De acordo com o texto, ‘Jornalismo 2.0 explica as características da web, detalha alguns conceitos básicos como o da Web 2.0, mostra o funcionamento de novos equipamentos eletrônicos (entre eles os iPods, pen drives, MP3, telefones celulares e jogos on-line) destacando sua aplicação no exercício do jornalismo’.
Novos métodos de produção de reportagens
No ano seguinte, mais precisamente em 20/06/2008, a obra chegou ao portal ClicRBS, da Rede RBS. O texto, de Leonardo Corrêa, falou sobre o curso à distância ‘Jornalismo 2.0: Oportunidades e Desafios na Era Digital’ e aproveitou para oferecer o download gratuito do livro.
Também em 2008, no dia 09/09, o livro Jornalismo 2.0 entrou no Scribd. Inaugurada em 2007, esta rede social pode ser considerada uma grande biblioteca, com livros completos e espaços para comentários. A página desta obra, por exemplo, já recebeu a visita de mais de 900 leitores e obteve ótima classificação (quatro estrelas de um máximo de cinco).
No passo seguinte, o conteúdo foi parar, em 30/09/2008, no Dihitt, rede social criada para facilitar a leitura de informações diversas. Com apenas um clique, acessa-se um blog, com comentários sobre o livro. Em 2009, a obra recebeu uma página no Skoob, rede colaborativa focada em literatura. Neste ambiente virtual, as informações de cada livro ficam armazenadas e os leitores votam, classificam e fazem comentários. Dias depois, em 18/12/2009, foi a vez do Portal Literal, conhecido site de cultura, publicar um texto, assinado por Felipe Pontes, sobre a obra, mencionando, entre outros pontos, que Mark Briggs aborda ‘uma série de temas vinculados aos novos métodos de produção de reportagens na Web’.
Um aprimoramento contínuo do livro
Este movimento no ambiente virtual agregou credibilidade à obra, tornando-a mais atraente e disponível. É a sensação de, em poucos cliques, conhecer em detalhes todo o conteúdo, como se o leitor já fizesse parte dele.
Ao recorrer aos ambientes virtuais, Jornalismo 2.0 – Como sobreviver e prosperar mostrou que a propagação virtual de conteúdos pode ser, em muitos casos, mais vantajosa do que qualquer outro tipo de ação no mundo real.
É a conexão direta com o internauta e a avaliação precisa do leitor, elementos mais do que importantes para a consolidação da obra e atração de internautas interessados na degustação. Mais do que isso: é o aprimoramento contínuo do livro, por meio de comentários e classificações. Viva o clique!
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Assessor de imprensa e autor, entre outros, de Assessor de Imprensa – fonte qualificada para uma boa notícia