Saturday, 02 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1312

Quem quer banda larga?

Noticiada nesta semana pelo site especializado em mídia AdNews, a sétima edição do levantamento sobre internet no Brasil, realizado a cada seis meses pelo serviço de pesquisa da agência F/Nazca, traça um perfil dinâmico do internauta brasileiro e aponta para um inexorável êxodo de leitores da mídia tradicional para os novos meios digitais.


Os jornais fazem referências esparsas a outros estudos, e a leitura cruzada dessas fontes indica que este início da segunda década do século 21 deve marcar a consolidação dos novos hábitos de consumo de informação e entretenimento.


O estudo da F/Nazca informa que, na população brasileira com mais de 12 anos de idade, 54% costumam acessar a internet com regularidade, o que forma um mercado de 81,3 milhões de pessoas. Esse também é o grupo que passa mais tempo conectado em cada acesso: uma média de três horas por dia.


Também são os que mais frequentemente adicionam conteúdo de sua própria autoria à rede: 54% deles são ativos nesse sentido, sendo que 30% usam sites de relacionamento, principalmente Orkut e MSN.


Quem ganha, quem perde


Esse protagonismo combina com a constatação de que 60% dos internautas brasileiros de todas as idades já substituíram a plataforma tradicional de TV, rádio ou cinema para assistir ou ouvir programas ou filmes.


Cerca de 22% da população brasileira já prefere obter notícias através da internet, sendo que 55% destes apontam como fontes prediletas as ferramentas de busca tipo Google. Em seguida, com 51%, vêm as redes sociais, como YouTube, Orkut e Twitter. Portais predominantemente informativos, percebidos como os sites da imprensa tradicional, ocupam o terceiro lugar, citados por apenas 37% dos que buscam notícias.


Outra informação complementar, publicada pelo Globo na edição de sexta-feira (3/12), dá conta de que o Brasil vai fechar o ano de 2010 com o dobro de conexões em banda larga em relação ao ano anterior. Serão 40,5 milhões de conexões.


No entanto, segundo a Folha de S.Paulo, embora viva um período de expansão na oferta de banda larga, o Brasil ainda é o 42º país do mundo na relação custo-benefício entre preço e qualidade da conexão. Paga-se muito por conexão de baixa qualidade.


Faça o raciocínio: quanto mais acesso, mais leitores deixam a mídia tradicional em troca de fontes variadas de notícias.


Quem quer mais banda larga? E quem perde com o plano nacional de universalização da internet?