Sunday, 17 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1314

Recursos tecnológicos úteis ao jornalismo

Muitas vezes, pensa-se a inovação como algo distante e oneroso. Na verdade, as ferramentas de mídia social permitem a criação de conteúdo muitas vezes a custo zero. No caso do desenvolvimento de produtos pensados para uma empresa especificamente, é necessário o aporte de técnicos em informática. Neste texto, falarei de alguns recursos tecnológicos que poderiam ser utilizados pelo jornalismo. Há muitos simplificadores de endereços. No Brasil, um dos mais populares é o http://migre.me. Recentemente surgiu o http://uiop.me/.


Tenho visto alguns jornais citarem esses serviços nos textos, ao invés dos links longos originais (www.site.com.br/endereçodolink). Boa iniciativa. Mais interessante seria criar suas próprias ferramentas, tipo nyt.com/endereço. Até porque esses serviços geram links de difícil memorização, algo como http://tinyurl.com/dmcdnumxgonqujo.


O http://tinyurl.com/, aliás, é um dos poucos serviços que permitem personalizar o link (exemplo: http://tinyurl.com/escolhaocomplemento). Sugiro sempre utilizar links personalizados, que dão a ideia do que o leitor vai encontrar no endereço (http://tinyurl.com/assuntoprincipaldolink).


Ademais, essas ferramentas poderiam ser utilizadas para, quando necessário, encaminhar não apenas para um link na internet, mas para vários. Exemplo: no endereço http://simplificadordelink.com/hoteisdemanaus, o visitante encontraria o link direto para os sites das hospedagens.


Mapa com opções de lazer


O Twitter é uma grande ferramenta, mas atinge apenas 15% dos internautas brasileiros. Claro, há sempre o poder multiplicador da internet, em que uma mesma informação pode ganhar outros caminhos (uma comunidade no Orkut, texto num blog, ser enviada por e-mail etc.). Todavia, não se deve esquecer o Orkut, muito mais utilizado entre os brasileiros. E os fotologs, também amplamente usados, mas geralmente esquecidos.


Para além da criação de perfis e comunidades em redes de relacionamento (vide Orkut), poderiam ser criados aplicativos específicos. Um aplicativo no Orkut, por exemplo, poderia citar as opções de lazer do fim de semana. Se os usuários puderem votar nas melhores atrações, sugerir outras opções e encaminhar para seus contatos, melhor. Usar o celular para mandar essas informações via torpedos seria outra boa opção. Ir até os leitores, nas diversas plataformas que eles utilizam.


Outro ponto relevante é utilizar nas matérias recursos da web 2.0 como complementação dos textos. Uma matéria sobre restaurantes vegetarianos pode apontar para um mapa no Google Maps com os endereços dos estabelecimentos citados. E, como esses dados são facilmente exportados, um mapa com todas as opções de lazer da cidade poderia receber essas informações, servindo de referência. Ou seja, o mapa geral seria sempre atualizado pelos mapas específicos.


Vínculos diversos


Nas cidades turísticas, a cobertura poderia ser feita não apenas para quem mora na cidade, mas também para acolher visitantes. Criar uma página específica para que ele aproveite o que há de melhor na localidade, quais as atrações do período, podem ser relevantes, principalmente no período de férias e nos feriados prolongados. Até porque muitas pessoas pesquisam em buscadores – Google! – para procurar informações sobre os locais que irão visitar. E isso, claro, acompanhado de mapas no Google Maps. Gerais, com várias informações sobre a cidade (discotecas, pontos turísticos, parte histórica, lugares de apoio ao turista etc.), e específicas (locais para sair à noite, restaurantes etc.). Pensar no todo, mas também pensar em gostos específicos.


Lembra-se dos mapas dos restaurantes que citei acima? Esses dados podem alimentar outros recursos, trafegando por muitos caminhos. A atividade diária própria do jornalismo ajudaria a manter esses dados sempre atualizados.


Ou seja, não pensar o link apenas para conectar endereços eletrônicos, mas como mentalidade para criar vínculos diversos, para gerar conhecimento. Enfim, são apenas alguns pontos. Faça outras sugestões nos comentários.

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Jornalista; www.charlescade.com