O desaparecimento da inglesa Madeleine McCann em Portugal, no início do mês, comoveu e mobilizou o Reino Unido, noticia Lachlan Carmichael [AFP, 14/5/07]. A menina, de quatro anos, estava em um quarto de hotel com seus irmãos gêmeos de dois anos, enquanto seus pais jantavam a poucos metros num restaurante em Algarves, onde passavam as férias. A família McCann lidera agora uma campanha que já conseguiu a adesão de amigos, cidadãos comuns e celebridades. ‘Isto está quase se tornando um fenômeno nacional’, avalia Matthew D´Ancona, comentarista da BBC.
Para Stuart Kuttner, chefe de redação do tablóide News of the World, o desaparecimento de Madeleine tocou a nação. ‘Acho que todo o país está traumatizado com este evento e o apoio é imenso’, afirma. O jornal teve papel importante na criação de um fundo para recompensas. Além dele, J.K. Rowling, autora dos livros sobre o bruxinho Harry Potter, e o magnata Richard Branson, dono da Virgin, já ofereceram um total de US$ 5,2 milhões para recompensar pessoas que derem informações que levem ao paradeiro da garota. Um empresário escocês, Stephen Winyard, ofereceu um milhão de libras por alguma dica relevante.
Vigília
O apoio não é apenas financeiro. Muitos britânicos colocaram laços amarelos, balões e ursos em eventos, freqüentaram vigílias de orações e ajudaram os pais da menina – Kate e Gerry – a enviar fotos de Maddie, como é carinhosamente chamada, para países próximos. Parentes temem que ela possa não estar mais em Portugal e que tenha sido levada para algum país onde o caso não foi divulgado. Segundo a tia da jovem, mais de 400 mil cópias da foto dela foram baixadas de um sítio de internet. ‘Estamos tendo um apoio fantástico da população, de jogadores de futebol e de empresários’, contou.
Em Portugal, uma vigília foi realizada e motociclistas dirigiram por todo o país divulgando fotos de Madeleine. Dentre algumas das celebridades pedindo ajuda estão jogadores de futebol portugueses que moram na Inglaterra, como o treinador do Chelsea, José Mourinho, além de estrelas britânicas, como David Beckhman.