Thursday, 26 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Ruy Nogueira

‘De cara, é preciso que se faça aqui uma observação para evitar ruídos. Churrasco e frango com polenta, com ou sem uísque e vinho, não foram feitos para duvidar do rigor profissional de ninguém. Primeira Leitura e eu mesmo não operamos com esses critérios. É perfeitamente possível que uma ocorrência, como o tal jantar, tenha uma enorme serventia para o entendimento da política brasileira e seja, ao mesmo tempo, a evidência de uma prática do poder e do jornalismo que merece ser repensada. A bem dos usos e costumes da política e do jornalismo.

Vamos ver. O tal convescote, organizado a pedido do Planalto na noite da quarta-feira, seria dessas coisas que só acontecem em Brasília. Não é. Ocorre em toda parte, o que não torna mais aceitável que jornalistas se envolvam na organização de tais acontecimentos.

E que acontecimento é esse? Um churrasco que junta jornalistas e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou qualquer outra autoridade da República? Não. Prender-se a isso apenas, como se crime fosse o puro e simples encontro, seria uma maneira de tomar o acessório em lugar do essencial. Se valor, em si, isso tivesse, os encontros de jornalistas para entrevistas com autoridades teriam de ser precedidos de uma negociação em território neutro ou coisa do gênero. Não vamos tornar difícil o que fácil é – e que tem regras de conduta sedimentadas.

Antes de seguir adiante, e para que fique claro: 1) não é o encontro dos jornalistas com o presidente que é condenável, mas o formato que o Planalto impõe ao encontro; 2) os jornalistas aceitam as regras do jogo menos pela excelência do conteúdo das revelações que Lula venha a fazer e mais por um histérico medo do abstrato furo de reportagem; 3) é datada a manipulação desses encontros do presidente com a imprensa.

Atenção para a indagação que se seguirá a uma longa apresentação de circunstância: em um encontro formatado pelo secretário de Imprensa do Planalto, o jornalista Ricardo Kotscho, com a aquiescência da colunista Tereza Cruvinel (jornal O Globo), tendo como cenário a casa de uma jornalista concorrente de todos os outros jornalistas, tudo feito para que não houvesse anotações ou gravações em nome de uma suposta ‘fluidez’ da conversa, alguém acredita, em sã consciência, que o presidente Lula iria fazer revelações fundamentais? O que, então, nos move?

Voltemos à questão das falas calculadas do presidente, mas não da irrelevância do trabalho final dos jornalistas. Em agosto do ano passado, debaixo da chuva das primeiras críticas da mídia – mais reclamação/resmungo do que propriamente crítica -, de que Sua Excelência fugia dos questionamentos diretos da imprensa e de que se transformara em um presidente de metáforas baratas, o secretário Kotscho providenciou um café da manhã igualmente formatado para não ter gravadores. Tudo em nome de uma supostamente benéfica descontração, pois o presidente Lula sentir-se-ia atrapalhado ou tolhido pelos gravadores. O saldo final foi um ambiente de cerceamento do contraditório, com o presidente a fazer o discurso que bem entendeu, estampado tal como o planejado pelos seus assessores.

Pois bem, seis exatos meses depois, com a progressiva perda da eficiência do ‘milagre da multiplicação dos discursos’, como classificou a verborragia oficial o jornal O Estado de S. Paulo, em editorial preciso e sóbrio desta quinta-feira, assistimos a mais uma ‘coincidência’. Precedida, de resto, por uma pesquisa do instituto Sensus/CNT (Confederação Nacional dos Transportes) mostrando que o desempenho pessoal de Lula começa a ser questionado, que a população continua a cobrar a geração dos prometidos empregos e a desconfiar cada vez mais da natureza e dos propósitos do governo do PT. E, mais uma vez, assistimos ao presidente da República, por ‘sugestão’ de Kotscho, a deitar falação em tom mais uma vez ‘descontraído’. Haja coincidência!!!

Mais coincidência ainda é o fato de o jantar acontecer uma semana depois de o presidente convidar uma jornalista a ‘encher a boca de castanha’ em vez de fazer perguntas. Na quarta-feira à noite, Lula resolveu encher a boca de 18 jornalistas com churrasco e frango com polenta em um convescote. Atenção: este site não está a julgar que a presença no encontro torne os jornalistas mais ou menos honestos do que os de Primeira Leitura. Se tivéssemos sido convidados, o que dificilmente aconteceria, isso também é verdade, talvez lá estivéssemos, submetidos às mesmas exigências. O que se faz aqui é um convite à reflexão sobre práticas que, em definitivo, buscam conduzir os repórteres para uma espécie de retorno consentido às cavernas do oficialismo, ao jornalismo da servidão voluntária.

Cada jornalista, à sua maneira, saberá contextualizar criticamente o que o presidente disse. Mas sobrará apenas o lamento sobre a pergunta que, em uma entrevista de verdade – o que o presidente até hoje não encarou -, deveria ter sido feita. Lula diz, por exemplo, que a reforma política não é assunto de governo/Planalto, tanto quanto o foram as reformas previdenciária e tributária. Pois bem, sr. presidente, por que, então, alinhou a reforma política entre as cinco prioridades de seu governo na primeira entrevista concedida depois de eleito? Ou a verdade está em outro lugar? Em dois fatos, talvez: 1) o ano é eleitoral; 2) as alianças ‘espúrias’ do PT com PMDB, PL, PTB, PP e caterva, para usar a terminologia de classificação da união PSDB-PFL pelo PT, no governo FHC, implodiram a lógica de qualquer reforma política.

O convescote redundou em algo positivo? Sim. E cabe aos jornalistas descrevê-lo com inteligência crítica. Tem como saldo positivo a revelação, talvez involuntária, da alma profunda do poder. Essa particular forma de ‘entrevista coletiva’ mostrou o ‘melhor’ de Lula: quase sempre as intenções de negação exibem uma reafirmação do negado. Sempre que tenta esconder, o presidente apresenta-se como um mestre das revelações. Basta lembrar a nota do Planalto acusando os jornalistas de ‘especular’ sobre as trocas de ministros – especulações que o Planalto se encarregou de transformar em fatos.

Lula defendeu ainda um mandato único para presidente, de cinco ou seis anos, o que só valeria para o próximo mandato. Como ele é, claro!, candidato à reeleição, abrir-se-ia uma janela de oportunidade, dentro do mais estrito e aparente rigor democrático, para 10 anos de poder. Para o presidente, o mandato de quatro anos foi uma ‘heresia, para não dizer cretinice’, decidida na revisão constitucional de 1993 para atingi-lo, já que ele aparecia nas pesquisas com 45% das intenções de voto. Lula perdeu duas eleições presidenciais depois disso.

PS 1: Ao longo desta quinta, circularam informações sobre certo acordo que impediria os jornalistas de divulgar as circunstâncias do encontro do presidente com a imprensa. Não era verdade. Além do mais, a própria anfitriã, Tereza Cruvinel, concedeu entrevista à rádio CBN, emissora das organizações Globo, narrando detalhes do encontro que patrocinou. Mas não deixa de ser estranho o fato de que todas as agências distribuíram flashes noticiosos sobre o encontro e nenhuma, pelo menos até o fim da tarde, havia citado a casa da jornalista como o local a reunir a turma e as condições do encontro.

PS 2: O que será que Lula quer dizer quando exalta uma mulher ‘do nível de Marta’ a enfiar o pé na lama para falar com o povo? Aboliram a República e esqueceram de avisar os súditos da duquesa de São Paulo? De hoje em diante, seria o caso de os desabrigados plebeus, o tal povo da lama, fazer as devidas reverências à nobreza que desce de nível para ver de perto a vida como ela é? Pelo visto, tão ou mais difícil do que extinguir o trabalho escravo é extinguir, de um lado, a mentalidade escrava e, de outro, a mentalidade escravocrata. Viva a República!

PS 3 : Estiveram no juntar-churrasco 18 jornalistas: 11 das Organizações Globo, dois da Folha, um do Estado de S. Paulo, um do Jornal do Brasil, um do Valor Econômico, um do Correio Braziliense e um fotógrafo da Radiobrás mobilizado pelo secretário de Imprensa, Ricarto Kotscho, também presente. Os nomes: Tereza Cruvinel, Rodolfo Fernandes, Merval Pereira, Ilimar Franco, Jorge Moreno, Helena Chagas e Dácio Malta, todos do Globo; Eliane Cantanhêde e Kennedy Alencar, Folha de S. Paulo; Diana Fernandes, do Estado; Dora Kramer, do JB; Claudia Safatle, do Valor; Josemar Gimenez, do Correio Braziliense; Franklin Martins, Sílvia Faria, Cristiana Lôbo e Carlos Monforte, da TV Globo e GloboNews.’





José Serra

‘Os milagres da comunicação’, copyright Folha de S. Paulo, 16/02/04

‘O maior sucesso do governo Lula tem sido o fato de que, depois da eleição, não fez o que se esperava que fizesse. As elites acolheram com muita simpatia que o PT deixasse de lado, sem cerimônia, sua história e seu programa populista. Lembro-me, a propósito, o que ouvi num jantar em Princeton do presidente do Conselho de Administração do ‘Wall Street Journal’: enorme entusiasmo pela amizade que o novo governo brasileiro demonstrava em relação ao ‘mercado’ e elogios ao programa Fome Zero, considerado um exemplo para o Terceiro Mundo.

A menção a esses elogios conduz a outro sucesso do governo do PT: a publicidade. O melhor exemplo é o próprio Fome Zero. Agora mesmo, uma dezena de grandes empresas privadas patrocinaram com entusiasmo a comemoração do aniversário do programa, e o presidente Lula revelou, na oportunidade, ter realizado um milagre ao lançá-lo.

Um milagre de comunicação, sem dúvida, pois o Fome Zero não existe na prática. Mesmo no papel já mudou várias vezes e ninguém sabe bem o que é. Em essência, não passa de uma retranca publicitária que agrupa cerca de 26 programas sociais, a maioria vindos do governo Fernando Henrique. Segundo o momento, o governo pode citar até a velha merenda escolar e o registro civil gratuito.

Outro sucesso publicitário tem sido o Bolsa-Família, que, em sua maior parte, agrega os programas de transferência de renda herdados do governo passado. A idéia de unificar esses programas já estava começando a ser trabalhada em 2001/02 e, segundo o próprio Lula, foi a ele sugerida pelo governador Marconi Perillo, de Goiás e do PSDB. Mas não foram acrescentados recursos adicionais.

Quando fiz essa afirmação aqui na Folha, o governo contestou no ‘Painel do Leitor’, dizendo que os recursos haviam aumentado 65% no ano passado. Rebati essa contestação com números oficiais, mostrando que as transferências de renda às famílias pobres diminuíram em termos reais em 2003. A partir daí o governo silenciou, talvez porque no seu mundo publicitário importe muito menos a realidade do que a imagem, o discurso emotivo, a comunicação engenhosa.

Outros programas vitais para o combate à pobreza e a promoção social, como o Programa de Apoio à Agricultura Familiar, o Reforsus (obras na saúde) e o Seguro Safra tiveram, até novembro de 2003, uma execução entre 7% e 30% da previsão orçamentária. Nesse mesmo ano, o governo começou a desativar o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), gastando bem menos do que estava previsto no Orçamento.

Há tempos o PSDB vem denunciando a tendência de liquidar o Peti. Diante de matéria publicada pela Folha na semana passada, mostrando a redução do orçamento do Peti de R$ 507 milhões para R$ 100 milhões, entre 2003 e 2004, o governo ensaiou um recuo e anunciou que R$ 297 milhões pertencentes a esse programa e que estão no Bolsa-Família serão devolvidos. Ou seja, ou iam ser desviados para outra coisa ou estavam inflando, com fins publicitários, as verbas do Bolsa-Família. E o resto da diferença (R$ 110 milhões) o governo prometeu cobrir.

Aguardamos, então, o projeto de lei ao Congresso, com urgência, pedindo autorização para as mudanças e detalhando as despesas que, em troca, serão canceladas. Sem esquecer de explicar, na exposição de motivos, tanto o corte de 80% como a volta da volta atrás. Recursos de comunicação para esses esclarecimentos é que não faltam ao governo do PT.’





Gaudêncio Torquato

‘A perda da crença no governo’, copyright Jornal do Brasil, 16/02/04

‘Governar é fazer crer. O conceito, de Maquiavel, aplica-se cada dia mais ao Brasil. Basta ver o esforço do presidente Luiz Inácio para refazer a história recente do país. Assemelhando-se ao personagem central de 1984, romance de George Orwell, que altera fatos do passado, eliminando provas e ajustando o presente com a adição de novos fatos, Lula, de maneira fantasiosa, vai tecendo a teia da realidade com pitadas crescentes de um messianismo assustador. Agora, em mais um evento litúrgico, uma feira exótica com o nome de Expo Fome (a que ponto chegou a necessidade de conferir glamour à fome brasileira!), o presidente garante que fez milagre em 13 meses de governo, arrematando que ‘Deus pôs os pés aqui’, para dizer que, se as pessoas tiverem juízo, ‘as coisas vão dar certo’.

Pois o nosso presidente acha necessário não só confessar que realizou um milagre como também aparecer na identidade de Moisés subindo o Monte Sinai para buscar a Tábua com os 10 mandamentos. Ocorre que o tempo vai passando, passando, e a terra prometida vai se transformando em quimera. O povo vai descrendo, e começando a retirar a confiança plena em Moisés. A vontade de descobrir o ponto de quebra passa a ser maior do que o desejo de crer no maná que cairá dos Céus. É o que explica, por exemplo, a queda de 18 pontos percentuais na imagem presidencial no espaço de um ano, índice registrado pela última pesquisa CNT/Sensus. As fantasias conscientes (ou inconscientes?) do presidente já não conseguem mais despertar tanta animação como no início do governo. Os planos da retórica e da realidade nua e crua das ruas se cruzam, mostrando que o exercício de fuga da realidade, que, convenhamos, tem sido o objeto central de um marketing político exacerbado, já não consegue tranqüilizar o corpo social.

As unidades federativas estão administrando um pequeno comércio varejista, de atendimento rotineiro às demandas da micropolítica. Mas não conseguem nem mesmo prestar socorro adequado às vítimas das enchentes. Vejam o caso de São Paulo. Cerca de 30% dos recursos gastos com cada Centro Educacional Unificado (os Céus de Marta Suplicy) vão para a propaganda. Mas a prefeita corre a Brasília para pedir socorro a um ministério sem recursos e a um ministro desmotivado. As desculpas são as mesmas que se ouviram durante as últimas, as penúltimas e as mais longínquas enchentes. A cada catástrofe, o Brasil parece que está sempre recomeçando.

Os mandatários estaduais correm a Brasília para arrancar pequenos recursos para suas rotinas. A máquina federal está praticamente parada. Inventam-se agências, como a Adene (para substituir a Sudene, e que não saiu do papel, não tem recursos nem quadros). As gavetas de ministérios e autarquias estão locupletadas de diagnósticos. Tudo se diz, de tudo se fala, mas nada se faz. Contingenciamento é a palavra de ordem. O presidente manda fazer. O meio de campo reclama: fazer com quê?

E a crença no Brasil vai para o fundo do poço. Noutra ponta, os registros são implacáveis: o Brasil é o quarto no ranking mundial entre 96 países que mais gastam com juros (8% de todas as riquezas nacionais). O desempenho da indústria continua a decepcionar. Os empregos não aparecem. A perda do poder de compra dos salários ultrapassa 15% em um ano. Os buracos se multiplicam pelo território, onerando o escoamento da produção.

E a seara política? Continua regada pelas águas do fisiologismo. O sistema de atendimento no varejo está mais azeitado do que no governo anterior. Com o combustível do aparelho do Estado, montou-se um gigantesco rolo compressor, hoje em torno de quase 400 deputados governistas. As oposições estão contidas nos limites do necessário, até para que se possa garantir que não somos o México.

Nesse cenário, o presidente deita fala para arquitetar o seu Brasil particular. De tanto exibir autoconfiança, interpretar sonhos e narrar fantasias, o presidente pode cometer o erro da pastora de ovelhas que, por pura diversão, gritava todos os dias, provocando correria nos pastores: ‘É o lobo’. Um dia o lobo apareceu e teve um saboroso banquete, pois ninguém mais acreditava no alarme. A expressão de Lula, de tão banalizada, poderá cair no descrédito. Ora, quem acredita que ele fez milagres, como está dizendo?’



Folha de S. Paulo

‘Reformas petistas’, Editorial, copyright Folha de S. Paulo, 15/02/04

‘Em encontro com a imprensa, realizado na quarta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tratou de temas variados. O Planalto ainda não havia sido atingido pelos efeitos das revelações de que o subchefe de Assuntos Parlamentares da Casa Civil, Waldomiro Diniz, esteve envolvido em graves irregularidades -e o presidente conversou com os jornalistas trazendo à tona temas relativamente delicados. Dois deles chamaram especialmente a atenção: as reformas política e trabalhista.

No primeiro caso, o aspecto mais polêmico foi a visão do presidente de que o ‘caminho natural’ do Brasil é o bipartidarismo. Num sistema semelhante ao que vige em países como a Alemanha e Reino Unido, Lula imagina duas grandes forças majoritárias revezando-se no poder em alianças com legendas menores. Em sua opinião, um quadro como esse tenderia a reduzir o fisiologismo estimulado pelo regime atual, no qual a formação de alianças exige um interminável processo de concessões e troca de favores. Nesse futuro cenário, o petismo, na opinião do presidente, poderia reunir-se num mesmo partido com o PSDB.

Essas avaliações demonstram a inclinação do PT de tentar liderar uma área de centro-esquerda na política brasileira, procurando recosturar, em parte, a antiga frente da época da redemocratização. O fato de que o atual governo venha dando continuidade a políticas formuladas pela gestão anterior não deixa dúvidas de que do ponto de vista das orientações ideológicas, o novo PT está extremamente próximo ao PSDB.

A afastá-los, está a história recente. Durante oito anos, o petismo, na oposição, confrontou-se com a administração Fernando Henrique Cardoso, recorrendo, para isso, a toda sorte de ‘bravatas’, como o próprio presidente Lula admitiu.

Se hoje o principal líder do PT estima que estará futuramente na mesma agremiação de seu ex-adversário, não é de espantar que tenha assumido na questão da reforma trabalhista -o outro tema polêmico a que se dedicou no jantar de quarta- posições anteriormente execradas pelo PT. Com efeito, resguardar apenas o direito de férias como algo fora da mesa de negociações numa reformulação da CLT é o tipo de declaração que poucos acreditariam ter partido de Lula. é conhecida a lógica pela qual líderes egressos da esquerda fazem as reformas que os conservadores não conseguem implementar. é o que vai ocorrendo na atual gestão.

Não que a legislação trabalhista em vigor não mereça aperfeiçoamentos. Antiquada, ela está a pedir atualização -o que não deveria ser confundido, muito menos por alguém com o perfil de Lula, com a supressão de direitos históricos de trabalhadores.’