Maravilhoso artigo de Ulisses Capozzoli, acertou na mosca ao ligar a família Garotinho (com o perdão das más palavras) a Bush. A corrente ortodoxa presbiteriana recebe o apelido de milenistas, que acreditam na vinda do Messias para nos salvar, após os judeus conquistarem os territórios de Israel até o Egito em terras contínuas! A indústria bélica americana adorou a idéia, Sharon também. O problema é que Bush é um dos milenistas… será que o pequeno carioca também?
Marcelo Zanzotti, webdesigner, São Paulo
Lógica ao avesso
Interessante este senhor não dedicar uma mísera linha aos que pensam de forma diferente à dele. Talvez o que ele não saiba é que a inevitável conseqüência da prática evolucionista é uma doutrinação da lógica ao avesso. A lógica avessa começa pelo extremo errado e vai contra as leis fundamentais da ciência. Para que haja lógica, devem-se aplicar os princípios diretivos já conhecidos. Neste caso, são elas as leis do movimento e da gravidade de Newton. A aplicação da doutrina evolucionista à origem do universo sempre envolve lógica avessa, o que é tipificado pela assim chamada teoria do big-bang. De acordo com essa dominante teoria, o universo começou como uma bola de energia e evoluiu, através do processo de explosão e expansão, até ao nosso belo e super-organizado universo. Se houvesse uma inversão de lógica, então seria assim. Uma explosão não produz ordem, produz desordem! A teoria do big-bang viola todos os princípios diretivos aplicáveis à física. As multidões de textos que fornecem a explicação big-bang das origens são, na verdade, nada mais do que gafes.
O novo dicionário Aurélio descreve a palavra como ‘ação e/ou palavras impensadas, desastradas; mancada’, e tudo isso se aplica à lógica avessa de doutrinação evolucionista. A teoria do big-bang não é um caso isolado de lógica avessa na ciência evolucionista, que é inerente à própria doutrina. Tal doutrina defende o princípio de que o grau de ordem menor pode, por si mesmo e por processos desconhecidos, evoluir para uma ordem de grau cada vez maior. São necessários oceanos de gafes para vender essa idéia aos estudantes. É isto que passam aos alunos professores, livros escolares, jornais.
É de fato censura à lógica correta e a alguns importantes fatos da ciência nessa área de educação. O resultado desta maciça doutrinação é que os estudantes estão tão algemados por esse treinamento em lógica avessa que lhes é uma árdua batalha serem criativos e produtivos. Pensar corretamente fica difícil quando se exige de alguém memorizar tantas gafes. (…) É sintomático que um evolucionista jamais admitirá que seu postulado básico das origens é metafísico e não algo que se possa afirmar ter sido alcançado por meio da ciência. O catecismo na teoria evolucionista inclui o dogma de que a visão evolucionista é ciência, e a criacionista, religião; este é o motivo pelo qual torna-se intolerável para os meios de comunicação de informação evolucionista permitir que se traga à baila o assunto do postulado inicial da evolução.
Pode-se falar na teoria do big-bang, mas ninguém ouse perguntar: ‘De onde surgiu a bola de energia?’ Quando os defensores do big-bang são realmente pressionados a responder, eles geralmente tramam uma estória sobre um universo anterior oscilante que se contraiu e formou a bola de energia. Porém, quando pressionados a falar sobre a origem derradeira, a discussão é abruptamente interrompida. (…) Os criacionistas têm, freqüentemente, fugido do postulado inicial, a saber, a criação especial pelo criador. Este é o postulado que faz da posição criacionista uma posição consistente e a partir do qual o universo pode então estar funcionando de acordo com as leis fundamentais da ciência.
Por que deveríamos fugir deste postulado básico, baseado em uma fé que é muito real para nós, e deixar que o evolucionista prossiga sem reconhecer que seu postulado místico de origem é baseado em uma fé para a qual não há esperança? (…) O evolucionista está em situação muito incômoda, tanto científica quanto filosoficamente. As enfadonhas pregações e gafes do tipo das de Carl Sagan são decepções do mais alto grau. Os criacionistas não têm as respostas, mas apenas uma posição consistente. Tem sido um grave erro por parte dos criacionistas deixarem-se intimidar pelos evolucionistas em sua acomodação. Temos uma posição científica e biblicamente lógica e não há necessidade de nos apartarmos dela. Há coisas nas quais temos de reconhecer a ação de Deus, notavelmente a criação original e o dilúvio de Noé. Tais elos de Deus dão consistência às explicações das observações atuais. Os criacionistas estão perdendo tempo ao se empenharem em tentar refutar cada uma das gafes da linha evolucionista. (…)
José Eduardo Camargo, Sorocaba, SP
Apenas teoria
Se o criacionismo é ideológico, o que dizer da postura do autor do texto em defesa do evolucionismo? Também não seria ideológico? Afinal, Darwin lançou a teoria da evolução das espécies, que pessoas menos esclarecidas, como o Sr. Ulisses, transformam em verdade irrefutável – ou, para usar uma palavra mais bem aplicada nesta discussão, ‘dogma’. Infelizmente, as descobertas científicas têm demonstrado que a teoria da evolução é apenas isso, uma teoria, ainda não foi encontrada nenhuma prova irrefutável dela, tanto que o darwinismo está sendo reestruturado, dando lugar ao neodarwinismo. Se é para sermos racionais e científicos, sejamos com honestidade metodológica e intelectual, não escondendo fatos que não interessam (o axioma de Ricupero).
Rodrigo Lima, estudante, Curitiba
Ulisses Capozzoli responde
Caro Sr. Almeida, obrigado por sua mensagem e suas observações. O famoso artigo de Fukuyama, festejado por parte da mídia, é uma das simplificações mais absurdas dos últimos tempos. Mesmo pensadores conservadores disseram que certamente ele não leu Hegel e, se leu, não entendeu nada. Usei a referência como metáfora desta era na qual, muitas vezes, nem chegamos à simplificação. Ficamos no puro simplismo, como acontece com o casal Garotinho. (U.C.)