O conceito de mídia digital se baseia na utilização de tecnologia digital (conhecimento técnico e científico) em comunicação através das mídias. Chegará um futuro próximo no qual tudo será internet – que oferecerá TV, que por sua vez permitirá que o público interaja e, ao mesmo tempo, terá o telefone que possibilita o indivíduo não perder a novela porque está no ônibus e assim por diante. No Japão, por exemplo, no metrô é difícil a comunicação entre as pessoas, porque elas costumam ver TV pelo celular. O Iphone é outro exemplo clássico de tecnologia que engloba ‘tudo’ (porém ainda não está ao alcance de todos tão facilmente).
O mundo vem se digitalizando de uma forma tão rápida que, querendo ou não, todas as pessoas reconhecidas como cidadãs estão sendo incluídas nesse mundo digital, tendo acesso ou não a toda essa nova tecnologia que avança velozmente. Mas existe uma grande ponte entre estar incluído e ter acesso a toda essa digitalização mundial, pois somente quando toda a grande massa é atingida por essas novas tecnologias é que a outra porcentagem terá acesso e então já será uma ‘velha tecnologia’ (perante o avanço veloz da inovação).
As crianças que antes brincavam na rua com seus amigos hoje permanecem em casa ou em lan houses, fixados em jogos que os fazem interagir entre si, porém de uma forma bem virtual. O adolescente, que antes saía para se divertir e encontrar a galera, prefere entrar em salas de bate-papo e/ou em sites de relacionamento criando um marketing pessoal, ilusório ou não. Adultos que antes precisavam ir à rua resolver todos os seus problemas, atualmente podem fazer tudo pelos sites e poupar tempo (o que hoje em dia é raro e caro).
Tudo será tudo
Porém, isso não significa que haja um isolamento individual em massa, pois o que se percebe é que cada vez mais o mundo ‘real’ está se mesclando ao mundo ‘digital’ e assim um segue ajudando o outro a existir. Isolamentos ocorrem em casos particulares. Outro fato importante é a facilitação de obter coisas que a tecnologia traz a uma sociedade tão agitada e sem tempo. É possível estar em vários lugares ao ‘mesmo tempo’ e resolver ‘várias coisas ao mesmo tempo’ sem levantar da cadeira: basta abrir uma série de janelas que conectam o indivíduo com o mundo real / virtual.
Chegamos, então, à teoria do caos, que consiste em ‘fazer tudo ao mesmo tempo’, como se 24 horas não fossem mais suficientes para tudo o que ‘necessita’ ser feito. Porém, na verdade, fazemos uma coisa de cada vez, mesmo que num tempo menor, mas estamos com vários canais de informação ao nosso redor. Se a linearidade é algo que está em uma constância, com a fragmentação tudo deixa de ser constante (linearidade fragmentada, ou não-linearidade). Apesar dessa fragmentação ocorrer por uma busca de rapidez, é a linearidade que traz a velocidade real.
O fato é que o rápido avanço das novas tecnologias trará sempre muitas discussões entre pensadores e críticos atuais. Mas é preciso lembrar que tudo tem no mínimo dois lados e o lado bom para toda inovação é o crescimento financeiro das empresas (que, por sinal, geram novas áreas de trabalho), com novas formas produtivas e a possibilidade do indivíduo crescer em novos conhecimentos, pois a tecnologia através das mídias digitais tem ajudado até a escolher profissões e/ou acrescentar às que já existem.
É um campo vasto para o qual, se olharmos no horizonte, não se conseguirá ver o final. Um campo a ser ainda muito mais explorado e desvendado, muitos comandos a serem criados e produtos a serem lançados para a melhoria de vida da sociedade em geral. E que sempre influenciará a vida do cidadão, pois o mundo está sendo digitalizado e tudo, em futuro muito presente, será tudo. Não se sabe ao certo os verdadeiros pós e contras de todo avanço tecnológico, uma vez que a discussão ainda continua e será assim sempre que inovações surgirem, pois o mundo se renova a cada tique-taque do relógio.
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Jornalista, Rio de Janeiro, RJ