Nos últimos seis anos, mais de 240 jornalistas deixaram seus países para escapar da violência, prisão ou perseguição. Poucos puderam retornar. Mensalmente, desde 2001, pelo menos três jornalistas tiveram que deixar seus países, concluiu o Comitê para a Proteção dos Jornalistas em seu novo relatório para o Dia Mundial do Refugiado, celebrado em 20 de junho.
O CPJ documentou, nos últimos seis anos, 243 casos nos quais os jornalistas foram forçados ao exílio. Os jornalistas exilados são oriundos de 36 países, mas a maioria é proveniente de apenas cinco nações: Zimbábue, Etiópia, Eritréia, Colômbia e Uzbequistão.
Apenas um em cada sete jornalistas exilados volta para casa, e aqueles que permanecem no exílio encaram poucas oportunidades no jornalismo, de acordo com as autoras do relatório, Elisabeth Witchel, coordenadora do Programa de Assistência ao Jornalista e a adjunta do Programa, Karen Phillips. Menos de um terço dos 209 jornalistas atualmente no exílio encontrou trabalho em sua profissão.
Programa de assistência
Joel Simon, diretor-executivo do CPJ, deplorou as condições que levaram ao êxodo de jornalistas em tantos países, e apelou aos governos para que investiguem e ofereçam proteção quando jornalistas são agredidos ou ameaçados. ‘O fato de dois em cada três jornalistas exilados precisarem se direcionar a outras profissões apenas conclui o trabalho daqueles que buscam silenciar a imprensa’ disse Simon.
O CPJ começou a acompanhar casos de jornalistas no exílio depois do lançamento de seu programa de assistência, em julho de 2001. O programa auxilia jornalistas em críticas condições resultantes de seu trabalho, incluindo aqueles que precisam se esconder ou se exilar para escapar de ameaças.
O relatório, que inclui histórias pessoais de jornalistas exilados, está disponível aqui (em inglês). [Nova York, 19 de junho de 2007].
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O CPJ é uma organização independente, sem fins lucrativos, sediada em Nova York, que se dedica a defender a liberdade de imprensa em todo o mundo