Parte dos documentos secretos do governo americano tornados públicos pelo site WikiLeaks pode ter sido exibida a Osama bin Laden, líder da al-Qaida morto em operação de contraterrorismo dos EUA no Paquistão em 2011. A afirmação é de promotores militares que investigam o soldado Bradley Manning, acusado de divulgar os dados. O militar pode ser acusado de ter passado informações secretas para a rede terrorista al-Qaida, o que aumenta o risco de Manning ser condenado à prisão perpétua. Seu julgamento, previsto para junho, deve durar seis semanas.
Em 2010, Manning, que trabalhou como analista de inteligência no Iraque, teria entrado em contato com Julian Assange, fundador do WikiLeaks, e passado as informações, divulgadas pelo site. Há segredos envolvendo as guerras do Iraque, do Afeganistão e também questões diplomáticas ao redor do mundo.
Manning é julgado por um tribunal militar. Para evitar a prisão perpétua, o réu tem negociado a confissão de alguns crimes, mas a ajuda a um inimigo é considerada extremamente grave.
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[Gustavo Chacra é correspondente do Estado de S.Paulo em Nova York]