O jornal equatoriano “La Hora”, considerado de oposição pelo governo, suspendeu nesta sexta-feira a impressão de uma de suas edições regionais alegando falta de liberdade de expressão, após uma lei aumentar o controle sobre os meios de comunicação no país.
O veículo, que imprime 41 mil exemplares, suspendeu sua circulação na província litorânea de Manabí, Sudoeste do país, após 16 anos de circulação, segundo seu diretor, Luis Eduardo Vivanco.
“Não há liberdade de imprensa. A censura e autocensura circulam sem pudores”, manifestou o “La Hora Manabita” em seu último editorial.
No entanto, o órgão estatal de regulação da imprensa rejeitou a versão do jornal. “O fechamento nada tem a ver com a lei, mas com uma estratégia comercial”, afirmou Paulina Mogrovejo, porta-voz do Conselho de Regulação da Informação.
Em julho, a revista “Hoy”, de Quito, também suspendeu sua impressão e migrou para a versão eletrônica, alegando restrições à sua liberdade. Em 2013, o “Vanguardia”, outra revista de oposição, deixou o mercado com o mesmo argumento.