Thursday, 21 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Impunidade e violência

A constituição de uma Comissão Nacional da Verdade, iniciativa altamente meritória da presidente Dilma Rousseff, chegou com incalculável atraso. O leitor concordará com essa afirmação se aceitar a premissa a seguir: é um equívoco supor que uma das principais razões para a existência da Comissão é evitar que se repitam os fatos de que se ocupou. Por uma razão brutalmente simples: eles nunca cessaram. A tortura e o assassinato de presos (ou “suspeitos”) não foram interrompidos com a redemocratização (e não tinham começado com a ditadura de 1964-85). Tornaram-se mais intensos e generalizados no país nos últimos 29 anos. São graves violações dos direitos humanos.

Na segunda metade dos anos 1980 perguntei ao então comandante da Polícia Militar do Rio de Janeiro, coronel Carlos Magno Nazareth Cerqueira, a que atribuía a banalização do homicídio como método de solução de conflitos entre bandidos, em ações criminosas e nas relações entre policiais e bandidos. Cerqueira respondeu que era uma herança dos métodos da ditadura: “A repressão política julgava, condenava e executava, por fora da lei. Ninguém foi punido por isso. A partir do momento em que o Estado agia assim, os bandidos se sentiram inteiramente liberados para matar qualquer um, em qualquer circunstância”.

Curió e outras patentes

Essa tese não é universalmente aceita por estudiosos da segurança pública. Certamente não é a única causa da violência no Brasil. A ela se acrescenta o fato, apontado pelo repórter Leonencio Nossa no livro Mata!: o Major Curió e as guerrilhas no Araguaia, de que oficiais ligados à repressão do regime militar foram convocados para chefiar a (in)segurança pública em vários estados (ver “Guerra e guerrilhas do Araguaia”).

O caso mais notório foi o do general Nilton Cerqueira, o homem que matou Carlos Lamarca no interior da Bahia, em 1971, e viria a ser secretário de Segurança no governo de Marcello Alencar (PSDB, 1995-98), no Rio. Esse instituiu até mesmo um bônus por bandido morto, apelidado “gratificação faroeste”.

Não apenas não houve punição para assassinos e torturadores, nem investigações para apurar como de fato ocorreram as mortes então descritas como “em combate”, ou “durante fuga”. Tudo continuou como estava, ou piorou, com a exceção de que integrantes de partidos clandestinos antiditatoriais não eram mais presos nem assassinados e torturados em quartéis. (Mas houve pessoas assassinadas e mutiladas depois da anistia, entre elas Lyda Monteiro da Silva, secretária do então presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Eduardo Seabra Fagundes, morta em 1980, no Rio de Janeiro, por carta-bomba enviada pelo mesmo sargento que morreu na tentativa de explodir o Riocentro durante show de Primeiro de Maio de 1981, Guilherme Pereira do Rosário.) Aliás, tais partidos já tinham deixado de existir.

30 anos selvagens

Assim, pode-se dizer que, seja qual for o teor do relatório da Comissão Nacional da Verdade, e sejam quais forem seus desdobramentos, ela não teria como desfazer as consequências negativas para a vida nacional da impunidade de criminosos que ocupavam a máquina do Estado. Ocupavam toda a hierarquia do Estado, desde o torturador menos graduado até o general-presidente da República que lhe dava cobertura política e institucional e contava com ele para “combater a subversão”.

O que a Comissão revelará nesta segunda semana de dezembro pode ser tomado como explicação tardia para a impunidade da selvageria: que a tortura e o assassinato tinham cobertura política tão sólida que impediram, até agora, as investigações sobre o que se passou em dependências do Estado brasileiro, quartéis ou delegacias, ou ainda outras dependências, os “aparelhos” montados pela repressão.

El Salvador

Existe um país, um pequeno, pobre e martirizado país centro-americano, em que a impunidade dos militares e policiais da repressão, ao lado do espólio de armas e munição da guerra, está no cerne da inenarrável violência atual: El Salvador, onde o confronto político degenerou em guerra civil entre 1980 e 1992.

O drama salvadorenho foi descrito de modo sintético, no Festival Piauí de Jornalismo (ver “‘Modelos’, conteúdo, forma”), pelo jornalista Carlos Dada, um dos fundadores do El Faro, que ostenta o galardão de “primeiro jornal digital latino-americano” (entrou na rede em maio de 1998). Esse pioneirismo derrubou uma alta dose de improbabilidade. Nos 21 mil km2 de El Salvador vivem 7 milhões de pessoas, cuja renda média per capita não passa de US$ 5,8 mil anuais (95ª posição no mundo). O país não tem moeda própria: usa o dólar americano. Dois milhões de salvadorenhos vivem no exterior, a maioria nos Estados Unidos.

No dia 16 de novembro, Dada participou de uma mesa mediada por Claudia Antunes, editora na piauí, e João Gabriel de Lima, redator-chefe da Época.

Foto de Tuca Vieira

Carlos Dada foi um dos criadores do El Faro

Ao abrir a rodada, Claudia disse que muitos dos temas de que se ocupa El Faro tangenciam questões da atualidade brasileira, embora as realidades dos dois países sejam muito diferentes: narcotráfico, migração, falta de transparência na política.

“O significado em português de faro se aplica bem ao jornalismo que El Faro pratica”, disse Claudia. “Jornalismo de investigação, aliado a uma escrita que na América espanhola se conhece como crônica e nós aqui chamamos de algo como ‘jornalismo narrativo’. É um veículo da internet, que tem textos longos, bem-cuidados textos longos.” Dada foi durante muito tempo diretor do El Faro e agora passa uma temporada de dois anos nos Estados Unidos, num projeto sabático.

O que aconteceu em El Salvador ajuda a pensar o Brasil. Dada falou entre outros tópicos de uma importante reportagem que publicou em 2010, uma entrevista com um dos chefes dos esquadrões da morte da extrema direita salvadorenha, o ex-capitão aviador Álvaro Rafael Saravia, que se transformou num foragido miserável, escondido num grotão perdido, mais miserável ainda, de algum país centro-americano. Voltaremos a essa reportagem.

Saravia participou do assassinato do arcebispo de San Salvador, monsenhor Óscar Romero, em 1980, episódio deflagrador da guerra civil. Seu chefe, o chefe de todos os esquadrões, era o major Roberto d’Aubuisson (1944-1992). D’Aubuisson tinha o apelido de Bob Maçarico, alusão a seu método preferido em sessões de tortura de presos da principal organização oponente, a Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN), atualmente no poder. D’Aubuisson presidiu a Assembleia Nacional Constituinte de 1983. Criou um partido, a Arena (Aliança Republicana Nacionalista), que deteve o poder em El Salvador entre 1989 e 2009. Alguém tem dificuldade de entender por que os criminosos do período da guerra civil permaneceram impunes?

Guerra de quadrilhas

Hoje, El Salvador é considerado o terceiro país mais violento do mundo. Não se sabe o número exato de integrantes de quadrilhas que dominam muitas áreas do país. Algo entre 100 mil e 200 mil jovens, homens e, minoria, mulheres.

Dada contou uma história que ilustra a situação. “Alguns dias atrás, um repórter e um fotógrafo do El Faro vinham de uma cobertura numa cidade pequena chamada Zacatecoluca e na beira da estrada encontraram um homem de mais ou menos 35 anos, sangrando, sozinho”, narrou. “Pararam para ver o que tinha acontecido com ele. Tinha levado três tiros. Saíram do carro e pediram ajuda. Ninguém parou. Resolveram colocá-lo no carro. A caminho do hospital lhe perguntaram quem era, por que estava baleado, qual era o problema. Ele era líder de uma das quadrilhas locais.”

Fotos de Fred Ramos

Baleado, na beira da estrada

 


A caminho do hospital

“Tratava-se de uma guerra entre duas quadrilhas muito grandes”, prosseguiu Dada. “Deixaram-no no hospital. O homem morreu alguns dias depois. Isso ilustra o que é o nosso país, quais são os nossos objetivos e a que necessidades responde o nosso jornalismo.”

Os Acordos de Paz de 1992 são considerados um exemplo mundial de reconciliação porque fizeram cessar imediatamente a violência política. “O que é difícil entender”, disse Dada, “é que a violência continuou, se converteu em violência social e criminosa. O sistema político tem sido incapaz de enfrentar essa questão.”

Cá como lá

No caso brasileiro, sabe-se que houve um dos processos mais vertiginosos e perversamente conduzidos de urbanização da população que se conhecem na História, intensa favelização, ainda em curso, e uma transição da maconha para a cocaína “subvencionada” por grandes traficantes na primeira metade da década de 1980; que nas últimas décadas a população atingiu o pico da proporção de jovens – demograficamente, os principais protagonistas e vítimas da violência –, da qual hoje se afasta rapidamente; que as polícias são historicamente corruptas; que foram militarizadas (isto é, que a Polícia Militar saiu dos quartéis e passou a reprimir o chamado crime comum, não apenas desordens sociais) e que, nesse processo, as polícias como um todo, comandadas pelo Exército, passaram a tratar o povo como suspeito de ser “inimigo interno”.

Tudo isso se sabe e ainda assim também cabe perplexidade diante da evidência de que “o sistema político tem sido incapaz de enfrentar a violência social e criminosa”, para citar Dada.

Literatura de não-ficção

El Faro tem cerca de 200 mil acessos semanais, audiência muito grande para um país como El Salvador; vêm de fora do país, principalmente dos Estados Unidos, 25% dos acessos. A pauta do jornal se estabelece a partir de perguntas como: o que El Salvador tem em comum com Honduras e Guatemala que os faz estar entre os cinco países mais violentos do mundo?

O jornal não tem periodicidade fixa. “Somos bastante estranhos, nesse particular”, constatou Dada. “Às vezes publicamos três notícias num dia, às vezes uma numa semana. Sustentamos trabalhos de apuração que às vezes levam três, quatro meses, e às vezes se estendem a três ou quatro países.”

Outro princípio de funcionamento do jornal é que, uma vez feita a apuração, extensivamente e a fundo, procura-se garantir o tempo necessário para escrevê-la com recursos de narrativa ficcional, “praticando algo que se pode chamar de literatura de não-ficção”.

O jornalista apontou o relato de crimes de guerra como um dos pilares da cobertura do El Faro: “Os crimes de guerra são importantes para nós porque a Lei de Anistia os deixou sem castigo e, portanto, os criminosos de guerra em El Salvador continuam gozando de poder político ou econômico, de uma força muito grande na sociedade [alguma semelhança com o Brasil?], e as vítimas não tiveram direito a que lhes fosse devolvida sua dignidade”.

“Esse processo de anistia resultou na consolidação de uma cultura de impunidade”, argumentou. “Nós consideramos que é nossa missão jornalística deixar assinalado quem foram os responsáveis por alguns dos eventos mais horríveis ocorridos em El Salvador. Hoje faz 25 anos do assassinato de seis jesuítas na Universidade Católica. A reportagem que evoca a data é um exemplo do que fazemos” (ver aqui; em espanhol).

Assim mataram o arcebispo

Outro exemplo é o de uma matéria que impulsionou muito a leitura do El Faro, feita por Dada. Ele entrevistou um dos chefes do atentado em que um atirador de elite executou o arcebispo Romero. “Trinta anos depois, era importante para nós falar desse crime, mostrar suas origens e implicações na nossa realidade atual”, explicou. “Nós vivemos, depois dos Acordos de Paz, num país com um discurso político que nos dizia: ‘Não podemos falar do passado, porque o processo de reconciliação requer que se olhe para frente e não para trás. Somos muito críticos desse discurso. Acreditamos que, ao contrário, é preciso estabelecer claras responsabilidades não só criminais, como pelo processo que nos levou a um episódio tão sombrio da nossa história.”

Diante da prevalência desse discurso, foi surpresa para a equipe do El Faro que a audiência da reportagem “Así matamos a monseñor Romero”, publicada em março de 2010, tenha chegado a 250 mil acessos em 24 horas. “Isso nos fez ver que, na realidade, não era tão certo que as pessoas não quisessem saber”, disse Dada.

        

 

Um foragido miserável

O jornalista relatou como foi feita a matéria. Em 2004, estava vivendo no norte da Califórnia e viu que havia um processo contra Álvaro Saravia. “Ele tinha sido o braço direito de Roberto d’Aubuisson, o líder dos esquadrões da morte em El Salvador e o fundador do que era então o principal partido político salvadorenho, a Arena”, narrou Dada. “Nunca havia se apresentado à Justiça. Tentei encontrá-lo em Modesto, pequena cidade onde ele vivia. As pistas conduziram a Chicago. Fui para Chicago, mas parecia que ele tinha sido engolido pela terra. Então, falei com a advogada que o representava: ‘Esse senhor não pode continuar fugindo toda a sua vida. Algum dia se comunicará com a senhora para procurar a Justiça e fazer algum tipo de negociação que lhe permita obter algum benefício. Só peço que, quando isso acontecer, a senhora lhe diga que gostaria muito de falar com ele’. Para minha surpresa, a mulher lhe disse que eu estava tentando encontrá-lo e ele concordou em falar comigo. Estava escondido na América Central.”

Durante dois anos, Dada visitou Saravia em seu refúgio. Conseguiu extrair dele muitas horas de confissão sobre o funcionamento dos esquadrões da morte, de como havia sido montado o assassinato de monsenhor Romero. A partir dessas informações, começou a checar tudo com outras fontes.

João Gabriel de Lima elogiou a reportagem, chamando a atenção para a qualidade do texto e o fato de Dada ter ouvido mais de 50 fontes. E perguntou ao jornalista: “A matéria é toda conduzida a partir do personagem principal, que é o vilão. Apesar de ter 50 fontes e todo o contexto, basicamente é a história de um homem mau, que era do esquadrão da morte. De certa maneira, a reportagem se interessa pela psicologia dele, as razões, a trajetória, em como ele chegou a esse ponto. Como você estruturou o texto? Esse tratamento foi intencional?”

Dada respondeu que “foi intencional depois de várias tentativas de estruturar o trabalho...”, e que ficou muito mais na primeira pessoa do que planejado. “Ganhei mais espaço para detalhes e para falar de minhas próprias impressões. Era um vilão, mas um vilão caído. De todos os que participaram do assassinato, está nas piores condições. Foi abandonado. E caiu de graça, porque agora seus inimigos estão se aproveitando de um mundo de podridão que ele ajudou a criar. E isso permite descaricaturar o esquema dos personagens maus e bons.”

O jornalista prosseguiu: “De alguma maneira, para mim foi um exercício de humanizar uma pessoa que representava tudo que eu detestava. Me permitiu também fazer uma reflexão mais profunda sobre a natureza dos assassinos, desses personagens. E isso me ajudou a compreender melhor como funciona a violência”.

A dor é atual

Na opinião de Dada, falar do passado, nos países da América Latina, é falar da dor presente, não é falar da história. Muita gente não pôde enterrar seus entes queridos. Ele mostrou uma série de fotos com que El Faro ganhou em 2013 o prêmio World Press Photo, de roupas mantidas na seção de arqueologia do Instituto Médico Legal de San Salvador numa tentativa de identificação de mortos cujos restos corporais foram completamente destruídos.

As fotos, feitas por Fred Ramos, estão numa matéria da piauí de dezembro, número 99, de onde foi copiada a ilustração abaixo.

(Ver aqui outras imagens.)

 

As maras

Sobre as maras, as quadrilhas juvenis que dominam numerosas áreas do país, Dada historiou que elas nasceram em Los Angeles, entre a diáspora salvadorenha. A primeira foi a Barrio 18, que tomou o nome da área onde surgiu, na cidade californiana. E ainda existe lá, assim como em muitas outras cidades americanas e de países onde há comunidades de salvadorenhos. A Mara Salvatrucha, hoje a mais conhecida organização, nasceu como dissidência da Barrio 18.

Existe uma seção do El Faro chamada “Sala Negra”, que se dedica a apurar matérias sobre violência e criminalidade, hoje sobretudo o narcotráfico, considerada por Dada o maior problema dos países centro-americanos. “O narcotráfico está permeando a vida de todo mundo numa região com muito poucos recursos para combater o crime organizado.”

Numa entrevista de televisão (ver abaixo remissões para algumas entrevistas), Dada disse que “a independência te permite falar com liberdade de todos os atores envolvidos no crime organizado. Falar da política corrupta, de funcionários corruptos do Estado. O crime organizado também envolve empresas privadas. Há muitos empresários lavando dinheiro do crime organizado. A independência é a única forma de cobrir com honestidade a dinâmica do crime organizado.”

Um dia após o outro

Claudia Antunes relatou uma transição da imagem do jornal, ligada a mudanças políticas no país: “Durante muito tempo depois da guerra civil, El Salvador teve governos ultraconservadores. O mesmo partido, Arena, ao qual o mandante do assassinato de monsenhor Romero era ligado, venceu sucessivas eleições e governou até a vitória, em 2009, do candidato da Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional, Mauricio Funes. Quando vocês começaram a investigar as ocorrências da guerra civil e a corrupção nos primeiros governos após a paz, vocês eram detestados pela direita, e, até pelos valores humanistas que defendiam, eram considerados um veículo de esquerda.”

Claudia prosseguiu: “A coisa se complicou um pouco quando a esquerda chegou ao poder e vocês começaram a fazer reportagens sobre falta de transparência. Algumas famosas, por exemplo a que mostrou o acordo entre o governo de Funes e os principais chefes das maras, para tentar diminuir a violência, e a reportagem que vocês fizeram sobre os contratos entre Funes e [o marqueteiro] João Santana, depois da campanha do Funes, já como presidente, de 2009 até 2013 [ele elegeu o sucessor]. Talvez você possa falar um pouco dessas reportagens e do tema da transparência como prioridade da cobertura do El Faro.”

Dada respondeu que durante todos os anos da administração da Arena a equipe do El Faro recebeu muitíssimas críticas pelo seu trabalho, foi tachada de comunista, de gente de esquerda, inimigos da imprensa privada, inimigos do desenvolvimento de El Salvador, porque estariam empanando o brilho do trabalho dos que dirigiriam o país.

Quando a esquerda ganhou, e foi a primeira vez que uma força de esquerda ganhou em El Salvador, isso foi uma catarse para muitíssima gente, algo visto como uma possibilidade de mudança real da realidade econômica e social de El Salvador. Continuaram fazendo seu jornalismo. Depois que publicaram matérias críticas aos governos da FMLN, sentiram o que é o ódio por parte da esquerda. “Somos chamados, nas redes sociais, de ‘areneros’, ‘esquadroneros’, ligados à CIA”, disse Dada.

Os ódios rivalizam em ferocidade. A diferença é que o da direita era manifestado oficialmente, e o da esquerda, hoje, flui em redes sociais. São reações que não ajudam os cidadãos a refletir e a se aproximar da realidade. Talvez seja essa sua principal finalidade, jamais explicitada.

>> Veja a seguir vídeos com Carlos Dada

Em espanhol:

8/2/2008

https://www.youtube.com/watch?v=3K2zUQZ2eLQ

6/6/2008

https://www.youtube.com/watch?v=90Q0c5UXuAs

https://www.youtube.com/watch?v=TOArRjXpTpc

26/6/2008

https://www.youtube.com/watch?v=BQy5bUbHvrg

24/3/2012

https://www.youtube.com/watch?v=ELYMEDL-Xaw

Em inglês:

Para The Texas Observer: https://www.youtube.com/watch?v=DCacg3U3Vv4