A Associação Mundial de Jornais (WAN-IFRA) e o Fórum Mundial de Editores condenaram na quarta-feira (7/1) o atentado que matou 12 pessoas na sede da revista Charlie Hebdo, em Paris.
Veja a íntegra da nota, assinada pelo CEO da WAN-IFRA, Vincent Peyrègne:
“Nós condenamos da forma mais forte possível esta absurda atrocidade e nos colocamos ao lado do Charlie Hebdo e de toda a comunidade jornalística na França na busca de justiça para as vítimas.
Com 61 jornalistas mortos em 2014 e o ano novo começando sob condições tão terríveis, nós observamos que um ataque desta natureza atinge o coração das liberdades que a imprensa da França defende tão apaixonadamente. Não é apenas um ataque contra a imprensa, mas também contra a sociedade e os valores pelos quais todos lutamos.
Isso deve ser um alerta para todos nós nos impormos contra o crescente clima de ódio que ameaça fraturar nossa compreensão de democracia.”
Em Genebra, a organização La Presse Embléme Campagne (PEC) emitiu um comunicado no qual se disse horrorizada com o ataque em Paris. “O ano de 2015 começa infelizmente na mesma inclinação ascendente da violência de 2014, com ataques indiscriminados contra civis, incluindo jornalistas. Temos de encontrar a razão de um Oriente Médio transformado em um barril de pólvora pelas rivalidades regionais e intervenções externas”, disse o secretário-geral da PEC, Blaise Lempen.
A organização expressou ainda condolências a parentes das vítimas e à equipe do Charlie Hebdo e disse estar ao lado de outras associações de jornalistas, da imprensa e do governo francês para defender a liberdade de informação.
***
Repercussão: líderes mundiais condenam atentado na França
Diversos líderes mundiais, como os presidentes Barack Obama, dos EUA, Dilma Rousseff, do Brasil, e a chanceler alemã Angela Merkel condenaram nesta quarta-feira [7/1] o atentado que deixou 12 mortos na sede da revista satírica francesa Charlie Hebdo, em Paris. Veja a repercussão:
Dilma Rousseff (Brasil): “Esse ato de barbárie, além das lastimáveis perdas humanas, é um inaceitável ataque a um valor fundamental das sociedades democráticas – a liberdade de imprensa.”
Barack Obama (EUA): “Condeno energicamente esse ataque. Nossas orações estão com as vítimas e o povo da França nessa hora difícil.”
Mariano Rajoy (Espanha): “Mais do que nunca, a liberdade de imprensa é hoje um direito fundamental e irrenunciável. Reiteramos nossa repulsa categórica a qualquer ataque terrorismo, independentemente de suas motivações.”
Angela Merkel (Alemanha): “Esse ataque injustificável foi dirigido contra a liberdade de imprensa e expressão.”
David Cameron (Grã-Bretanha): “Estamos ao lado do povo francês na luta contra o terror e na defesa da liberdade de expressão.”
Matteo Renzi (Itália): “Estamos horrorizados e consternados pela matança em Paris.”
Jean-Claude Juncker (Comissão Europeia): “Estou profundamente chocado com o ataque brutal e desumano contra os escritórios do Charlie Hebdo. Este é um ato intolerável, uma barbárie que preocupa os europeus e qualquer ser humano. Meus pensamentos estão com as vítimas e suas famílias. Quero expressar, em meu nome e em nome da Comissão Europeia, a nossa solidariedade com a França.”