Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

A cobertura da educação na mídia

O debate público sobre educação é pautado pelos governos das três esferas – federal, estadual e municipal. Esta constatação feita pela Ação Educativa e por vários outros atores da sociedade civil estimulou a criação do programa Observatório da Educação em 2002.


A idéia é incentivar e pluralizar o debate sobre educação. A expectativa é que o esforço de tornar públicas diferentes opiniões ofereça subsídio para a ação dos diversos segmentos sociais, no sentido de exigir e controlar a efetivação de direitos educativos. O objetivo último, então, é incidir na esfera pública para assegurar que a implementação das políticas educacionais promova a universalização do direito à educação pública de qualidade.


Para atingir tal objetivo, o Observatório tem utilizado diversas estratégias, sempre orientadas para colocar diferentes vozes, temas e enfoques no debate sobre educação. Neste percurso, tem se mostrado central a relação entre os diferentes atores envolvidos na construção da educação pública com os profissionais e veículos de comunicação.


Esta publicação [ver abaixo] apresenta algumas aprendizagens adquiridas pela equipe do Observatório da Educação no acompanhamento dessa relação – algumas vezes conflituosas, outras positivas –, no sentido de contribuírem para o avanço dos direitos educativos.


A publicação sistematiza dois anos de trabalho, incluindo reflexões sobre a cobertura da educação na mídia impressa, acompanhadas de recomendações práticas para os jornalistas. Também é apresentada a sistematização de um interessante encontro entre jornalistas, professores e estudantes para refletir sobre a cobertura educacional, realizado pelo Observatório da Educação em São Paulo, em agosto.


Participaram os professores José Luiz Feijó, Joana Oliveira e Marilse Araújo, os jornalistas Adriano Guerra (Andi), Cida de Oliveira (Revista Brasil), Fábio Mazzitelli (Diário de S. Paulo) e Maria Rehder (Jornal da Tarde), e os estudantes Angélica de Cássia Vieira, Bélit Tornezi Grisante e Jorge Luca Oliveira Souza. Essa conversa rendeu frutos, pautando um inédito debate sobre o silêncio do professorado no debate público sobre educação.


O que poderia ser interpretada como uma falha na conduta profissional dos jornalistas, por não ouvirem professores ao produzirem suas reportagens, no processo de diálogo revelou uma perversa realidade: as mestras e mestres são impedidos de falarem, seja por imposições administrativas, ou mesmo porque sua auto-estima anda tão abalada que não conseguem sequer refletir e discutir sobre o seu trabalho.


Reafirmando os interesses comuns na democratização dos meios de comunicação como forma de contribuir para o fortalecimento de direitos, contamos mais uma vez com a preciosa colaboração da Andi (Agência de Notícias pelo Direito da Infância), expressa pelas reflexões produzidas pela coordenadora de monitoramento de mídia Raílssa Alencar.


Ao final, na expectativa de estimular a continuidade das reflexões, e também possíveis polêmicas, relacionamos uma série de fontes de informação sobre o tema. Isto significa que consideramos este um trabalho em aberto, em construção. Assim, críticas, sugestões e considerações são muito bem-vindas ao Observatório da Educação.


Leia aqui (arquivo PDF) o texto completo.

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Da equipe do Observatório da Educação