Thursday, 26 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Alerta vermelho

No último dia 30, a promotora geral da Venezuela propôs a limitação da liberdade de expressão naquele país, alegando que algumas notícias poderiam atentar contra a ordem pública e a saúde mental dos venezuelanos, inclusive penalizando os jornalistas e as empresas de comunicação que divulgarem tais notícias ‘danosas’ à Venezuela e ao ditador Hugo Chávez e seu dito governo esquerdista.

Não é a primeira vez que há embates contra a liberdade de imprensa e expressão na Venezuela e em outros países sul-americanos e como as revoluções são o resultado de vários movimentos, orquestrados ou não, não seria surpresa alguma se os ‘socialistas’ fizessem uma contra o perigo iminente que a divulgação das verdadeiras notícias e as contradições dos esquerdistas fechando assim todos os jornais, rádios e redes de televisão na América do sul. Afinal, para que a imprensa divulgar diariamente o que já se sabe sobre a esquerda e os esquerdistas? Ou seja, são camaleões, pois mudam de discurso e de opiniões dependendo da situação – que o diga o Lula aqui no Brasil, que deu para culpar a imprensa por tudo que é escândalo que aparece no seu governo.

Quando o governante começa a se incomodar com a opinião pública e a reclamar da imprensa em geral, a população deve ligar o ‘alerta vermelho’, pois esses regimes totalitários não sabem conviver com a pluralidade de opiniões e nem tampouco com as críticas da imprensa.

O perigo dos governos totalitários

Há, neste momento, vários governantes na América do sul posando de socialistas sem uma definição clara do que é socialismo, talvez nem saibam o que falam. Observem que todos eles não se contentam com apenas um mandato; querem várias reeleições e para tanto não medem esforços para modificar o texto constitucional de seus países para que a mesma seja permitida enquanto governam, o que se poderia considerar quebra na regra do jogo político. O exemplo – e que ‘belo’ exemplo – de Fidel Castro em Cuba, que governou por 49 anos, parece ser o desejo dos esquerdistas contemporâneos.

O vermelho usado pelos esquerdistas em suas bandeiras pedindo mudanças agora deve ser usado pela imprensa pedindo socorro à população para que reaja pacificamente e para que o totalitarismo não volte a ser uma ameaça global, como foi em décadas passadas.

Os esquerdistas adoram governos herméticos e endógenos, pois somente mostram o que querem e quando bem entendem. Na Coréia do Norte, por exemplo, há ameaça iminente de ataques de mísseis e ninguém sabe informações sobre aquela plaga, daí o perigo desses governos totalitários e que têm ojeriza à imprensa e à liberdade de expressão.

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Advogado e psicanalista, Fortaleza, CE