O jornalista Handson Laércio, radialista e apresentador da cadeia TV Mearim, no Maranhão, foi baleado à saída do seu domicílio, no dia 14 de abril de 2010, quando se dirigia à rádio para a qual trabalha. Ao tentar proteger-se, foi atingido na mão.
Este atentado estaria relacionado com as denúncias feitas pelo jornalista sobre as forças da polícia num dos seus programas. De acordo com a sua colega Eva de Albuquerque, Handson Laércio estava habituado a receber ameaças constantes: ‘Ele sempre recebeu ameaças e nunca levou a sério’. Na véspera da agressão, o apresentador havia recebido um telefonema intimidatório. No entanto, não existem até ao momento provas que estabeleçam uma relação entre esta chamada e o atentado, devido ao elevado número de ameaças sofridas anteriormente.
Este tipo de agressões não é uma novidade no Brasil. O relatório de 2009 da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) aponta que estes ataques não só se encontram em aumento como são na maior parte das vezes perpetrados por funcionários estaduais ou por pessoas às suas ordens. No passado dia 27 de março, três policiais militares foram condenados por um tribunal de São Paulo pelo assassinato do jornalista Luiz Barbon Filho.
A situação dos jornalistas no país continua a ser preocupante, sendo estes alvos de ameaças e ataques frequentes. O Brasil ocupa atualmente o 71º lugar na classificação mundial da liberdade de imprensa elaborada por Repórteres sem Fronteiras.
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