Sunday, 22 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Banda larga deve chegar a todo o país até 2010

Leia abaixo a seleção de quarta-feira para a seção Entre Aspas.


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O Estado de S. Paulo


Quarta-feira, 7 de novembro de 2007


INTERNET
Gerusa Marques


Banda larga deve atingir todo o País até 2010


‘As concessionárias de telefonia fixa – entre elas Telefônica, Oi/Telemar e Brasil Telecom – terão de instalar redes de banda larga em todos os municípios brasileiros até o fim de 2010. O governo, no entanto, terá de investir recursos se quiser levar internet em alta velocidade até escolas, postos de saúde e delegacias de polícia, como previa o projeto inicial.


A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou ontem uma proposta para permitir que as empresas possam trocar a obrigação de instalar 8.462 Postos de Serviços de Telecomunicações (PSTs) pela construção de infra-estrutura de banda larga. Mas essa estrutura das teles chegará apenas até as centrais de telefonia e as ramificações das centrais até o cliente final terão de ser feitas por outras empresas.


Para entrar em vigor, a proposta ainda precisa ser aprovada pelo Palácio do Planalto até o fim do ano.


A medida está aquém do que havia antecipado o ministro das Comunicações, Hélio Costa. Ele dissera, no início do mês passado, que as empresas trocariam a meta dos PSTs pela instalação de banda larga em 208 mil pontos, incluindo 143 mil escolas. Segundo ele, tudo isso seria feito com os recursos que as empresas investiriam nos PSTs, orçados em cerca de R$ 1 bilhão.


O conselheiro da Anatel Pedro Jaime Ziller, relator do processo, disse que a proposta da agência foi feita com base em ofício do Ministério das Comunicações, encaminhado à Anatel no dia 19 de outubro. Ele esclareceu que no ofício não há menção aos 208 mil pontos e disse que a recomendação é pela troca dos PST apenas por infra-estrutura de banda larga.


Ziller explicou que os PSTs fazem parte das metas de universalização da telefonia fixa e, portanto, o governo não pode exigir das empresas a troca dos postos pela prestação do serviço de banda larga diretamente ao cliente. A conexão à internet em alta velocidade,disse ele, não é um serviço de telefonia fixa e, portanto, não pode ser considerado como meta de universalização.


Hoje, as redes das concessionárias, segundo Ziller, teriam capacidade de colocar a banda larga em apenas mil municípios. Para chegar ao interior, as empresas terão de aumentar a capacidade de suas redes de telefonia.


Ziller disse que o governo ainda está estudando uma forma de levar banda larga às escolas. ‘Como o governo vai colocar (a banda larga), se vai usar dinheiro do Fust (Fundo de Universalização das Telecomunicações), se vai fazer licitação, aí já passou da Anatel’, afirmou.


Hélio Costa informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que, para levar a banda larga até as escolas, serão necessários investimentos de cerca de R$ 200 milhões. Segundo a assessoria, esse dinheiro poderá sair de recursos do próprio ministério, do Fust ou das empresas, se for encontrado um caminho legal que permita o investimento privado.


O Fust arrecadou desde 2001 cerca de R$ 6 bilhões, mas os recursos não foram usados em nenhum programa. Para compor o Fust, cada empresa de telecomunicações contribui mensalmente com 1% da receita operacional bruta.


A proposta, segundo Ziller, ficará em consulta pública até o dia 19 deste mês. A previsão é de que o conselho volte a apreciar o assunto no dia 12 de dezembro e encaminhe a proposta definitiva ao Palácio do Planalto no dia 13 de dezembro. Para que a troca seja oficializada, é necessária a edição de um decreto presidencial modificando o Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU), que faz parte dos contratos de concessão da telefonia fixa. Esse decreto tem de ser editado até o dia 31 de dezembro.’


 


TELEVISÃO
Leila Reis


‘Não interessa fazer TV só de entretenimento’


‘Faz um ano e meio que o Sesc de São Paulo, a maior produtora de arte e cultura no Brasil, está fazendo TV, cuja programação é exibida por operadoras de TV por assinatura e em parceria com emissoras educativas. Nesta entrevista exclusiva ao Caderno 2, Danilo Santos de Miranda, diretor-regional do SescSP e comandante do SescTV, diz que sua meta é transformar 30% do que é produzido em suas unidades em programas e que sua ambição é buscar um novo jeito de fazer TV.


Qual o projeto de televisão do Sesc?


Desenvolver na TV o mesmo trabalho que o Sesc de São Paulo realiza no seu dia a dia, trazendo para o veículo uma reflexão das grandes questões humanas. Levar ao vídeo uma programação de caráter educativo e cultural dentro de uma linguagem adequada à TV.


Todo o conteúdo produzido pelo Sesc de São Paulo passa agora a ter um cuidado televisivo?


Por razões tecnológicas e pelo custo elevadíssimo, isso está fora de cogitação. A televisão não é a essência do nosso trabalho, mas mais um recurso para atingir o objetivo da instituição que é promover o bem-estar por meio de produções educativas e culturais. Nossa meta é transformar 30% do que é produzido nas unidades do Sesc em programação.


Qual é o investimento que essa meta exige?


Preciso de R$ 100 milhões para investir principalmente em equipamentos.


Qual investimento do Sesc em TV?


Investimos R$ 17 milhões por ano, que significa 4% do nosso faturamento. Somos pequenos, mas temos condições de produzir bom conteúdo que certamente interessará às TVs pagas, para aumentar a variedade da programação que distribuem.


Então o Sesc TV vai se sustentar por meio da venda de programas?


Não, será uma oportunidade para continuarmos dentro do processo. Não vou buscar na operação da TV a sua sobrevivência, porque as empresas já sustentam. Por isso, podemos fazer uma TV de caráter educativo e cultural. Na TV comercial, a Brahma tem de entrar na novela porque senão a emissora na paga a conta. Aqui não preciso fazer a minha operação baseada em publicidade, claro que sempre serão bem-vindas as empresas que quiserem dar apoio às nossas produções. O SescTV não tem anúncio. Unicef, Green Peace e outras entidades da sociedade civil anunciam de graça. Nem temos departamento comercial.


Além exibição de shows realizados no SescSP, qual é a tônica da produção mais recente da sua TV?


São pílulas, a que chamo de jaculatórias (pequenas orações), sobre diversas manifestações culturais: o processo de trabalho do Théâtre du Soleil, sobre o Saci (para contrapor a essa bobagem das escolas promoverem Halloweens), sobre a trilha de Mário de Andrade pelo Nordeste. Já fizemos mais de 100 pílulas de um minuto e meio.


Onde o SescTV pode ser visto?


No canal 92, da Net, no Sky, Tecsat e em mais 50 operadoras independentes. Temos parceria com TVs educativas de todo o Brasil, com a TVE e com a TV Cultura. Esses canais abrangem 18 milhões de telespectadores.


Qual é a sua ambição?


Dar espaço a experimentações que as outras emissoras, por compromissos comerciais, não dão. Não tem sentido fazer o mesmo que as outras TVs. Nossa ambição é renovar a linguagem da TV. Descobrir formatos que possam fazer da TV um veículo de formação. Se for para ser uma TV de puro entretenimento, estamos fora. Não temos pretensão de concorrer com rede nenhuma, somos apenas um peixinho nesse oceano povoado por baleias, tubarões e peixes imensos. Queremos contribuir para um novo modo de fazer TV.


Para você, qual é o pior defeito da TV aberta?


É a superficialidade no tratamento de questões sérias, sobretudo no que diz respeito à informação. A quantidade não pode substituir a profundidade. 90% da pauta dos noticiários da TV, do rádio e mesmo dos jornais é oficial, são notícias que emanam das autoridades. É uma falha grave, porque a maior geradora de informação e conhecimento é a sociedade.


Qual a contribuição que o Sesc SP tem a dar ao Brasil?


Tenho uma perspectiva artística e estética, quero buscar um jeito novo de fazer televisão no Brasil.’


 


CINEMA
Luiz Carlos Merten


A nova China, vista por seu maior crítico


‘Por paradoxal que pareça, Jia Zhang-ke vê na Revolução Cultural do maoísmo, nos anos 60, a origem de muita coisa que ainda se passa na China, mesmo após a opção do país pela economia de mercado e sua inclusão no mundo capitalista. ‘Acho que o período da Revolução Cultural ainda não é analisado como deveria. Os diretores da 5ª Geração, que viveram aqueles anos, estão muito isolados da minha geração. Quase não há troca entre a gente, mas eu acredito que muitas coisas que formam a China de hoje vêm justamente da Revolução Cultural. Os próprios censores, ainda muito ativos, são uma herança daquela época.’


Jia Zhang-ke sabe sobre o que está falando. Autor de uma obra que remonta ao longa Pickpocket, de 1997, ele fez depois Plataforma e The World (O Mundo), todos produzidos de forma independente, mas só a partir do terceiro seus filmes passaram a ter distribuição comercial no país. Seguiram-se o documentário Dong e Still Life, que ganhou o Leão de Ouro no Festival de Veneza do ano passado (e se chamou, no Brasil, Em Busca da Vida). ‘A China está próxima’, bradava o diretor italiano Marco Bellocchio nos anos 60, mas a China de Bellocchio, como a de Jean-Luc Godard em A Chinesa, era a do camarada Mao, o Grande Timoneiro. A China que Zhang-ke filma é o país continental que, num curto período de tempo, passou por transformações econômicas e sociais que não cessam de surpreender o Ocidente. O marco zero desta nova China são os acontecimentos da Praça da Paz Celestial, em junho de 1989.


O diretor chinês de 37 anos – tinha 19 anos, então – esteve rapidamente em São Paulo, na semana passada, para prestigiar a retrospectiva que lhe dedicou a 31ª Mostra Internacional de Cinema. Seis filmes poderão ser revistos hoje na repescagem (veja o quadro). Na sexta-feira, dia 2, à noite, Zhang-ke regressou à China. Nos quatro dias que permaneceu em São Paulo, ele conheceu um pouco da cidade – e, levado pela TV Globo a passear na Liberdade, comparou o bairro a Shangai. Também concedeu inúmeras entrevistas, não apenas sobre seu cinema, mas principalmente sobre a China, este dragão que assombra o Ocidente com o gigantismo de sua economia. Cada vez mais você ouve falar na China como o motor, com os EUA, da economia mundial. Estrategistas fazem projeções sobre o poderio militar da China e prevêem que a próxima guerra, se (ou quando) houver, será travada entre os dois países. Na entrevista que deu ao Estado, na terça-feira, dia 30, Jia Zhang-Ke disse que o Ocidente não precisa ter medo da China. ‘Filmo as transformações do ângulo das pessoas comuns e o que posso dizer é que nós, chineses, estamos tão perplexos como os ocidentais em relação a tudo que nos acontece.’


Apesar do título, Pickpocket não tem nada a ver com o filme homônimo do francês Robert Bresson, de 1959. ‘Conheço o filme de Bresson, um autor a quem admiro muito, mas o meu foi sugerido pelo que ocorreu com um amigo. Foi feito com base na observação da própria China e não com referências de cinéfilo.’ Na trama de Pickpocket, ladrãozinho tenta sobreviver em um mundo que muda rapidamente à sua volta. Os companheiros de crime estão se recuperando e casando, mas ele hesita neste novo caminho. A conseqüência é que a namorada o abandona e a polícia continua em seu encalço. Passaram-se dez anos, apenas, mas bastou esta década prodigiosa para que Jia Zhang-ke se transformasse num ‘caso’ no cinema chinês e um dos mais aclamados diretores do mundo. Ele conta que nasceu em Fenyang, em Shanxi, uma província no interior da China. Lá não havia escolas de cinema nem uma vida cultural particularmente excitante. O cinema só surgiu mais tarde, e a vocação mais tarde ainda.


Foi só em 1994 que o cinema, até então rigidamente controlado como instrumento de propaganda, passou a ser encarado como atividade econômica. Formaram-se produtoras independentes, que começaram sua atividade fazendo filmes baratos, usando tecnologia de ponta. Foi assim que Zhang-ke iniciou sua carreira. Com Plataforma, em 2000, sua projeção fora da China já lhe permitiu ganhar apoio financeiro na França e no Japão para contar a história de um grupo de teatro que encara o desafio de expressar as mudanças ocorridas na China nos anos 80, desde a herança de Mao até a influência da cultura ocidental por meio da abertura para o capitalismo. Zhang-Ke podia estar falando de um grupo de teatro, mas este tema se tornou dominante em seu cinema. Mesmo assim, ele admite que as coisas foram ocorrendo intuitivamente. ‘Nunca estabeleci como projeto racional – vou fazer assim. Foi a observação do mundo ao meu redor que determinou as escolhas e uma foi levando à outra.’


No caso de O Mundo (The World), de 2005, ele conta que o parque temático do filme teve ampla cobertura da mídia ao ser inaugurado e que ele próprio o visitara, sem perceber que havia ali material para uma ficção dramática. Foi só bem depois de Plataforma, refletindo sobre as mudanças que flagrara, que ele começou a considerar a possibilidade de realização de um filme. ‘O parque é a expressão dessa China inserida na globalização. Encontram-se ali estações que reproduzem alguns dos monumentos mais conhecidos do mundo, nos mais diferentes países. Há uma exterioridade brilhante, de potência econômica, mas olhando de perto você flagra os problemas de todas aquelas pessoas cujas vidas foram bagunçadas e que sofrem com as transformações ocorridas.’


Essa mesma vontade de olhar o progresso por meio de seu reverso, a exclusão social e o sofrimento de pessoas cujas vidas são desconsideradas, o levou a fazer primeiro Dong e, depois, Still Life, que são projetos complementares. Em maio de 2006, a China inaugurou a usina de Três Gargantas, no rio Yang-tsé, que passa a ser a maior hidrelétrica do mundo, superando Itaipu (e mesmo que ainda opere com metade de sua capacidade). A grandiosidade do projeto imediatamente impulsionou Zhang-ke a fazer um filme, mas ele optou por um documentário, fazendo Dong, em que acompanha o pintor Liu Xiaodong, primeiro fazendo um grande painel que retrata 11 moradores da área inundada pela represa. Com a assessoria do próprio Xiaodong, Zhang-ke percebeu que seu filme estava muito masculino, centrado somente nos homens. Quando o pintor, seis meses mais tarde, resolveu que iria pintar outro grupo de meninas na Tailândia, Zhang-ke o acompanhou com sua câmera na viagem a Bangcoc.


Um dos personagens retratados por Liu Xiaodong terminou se transformando numa das figuras de Still Life, que Zhang-ke, até num processo natural, realizou imediatamente, a seguir. Não lhe bastava o documentário. Ele sentiu que necessitava fazer uma ficção para dar conta da amplitude do assunto. Still Life começa com esta barca que chega à área que será inundada, trazendo um homem que busca suas origens. O minerador busca seu passado. Encontra a enfermeira que também procura o marido somente para lhe anunciar que quer se divorciar. A barca chama-se The World (O Mundo), como a ficção precedente. ‘Isso ocorre com freqüência em meu cinema’, admite o diretor. ‘Gosto de retomar personagens e até situações, gosto de mostrar pessoas cuja vida colide neste choque entre passado e presente.’ A curiosidade é que Dong, além de ser parte do nome do pintor, quer dizer ‘Oriente’. O nome chinês de Still Life, por sua vez, é A Boa Alma das Três Gargantas e o que Zhang-ke percebeu, realizando o episódio tailandês de Dong, é que a natureza é muito destrutiva neste país assolado por tsunamis. A partir daí, ele se deu conta de que seria possível transformar o que ocorre na Ásia a partir deste duplo processo de destruição, do homem e da natureza.


A área que foi inundada para dar origem à grande represa era um dos mais belos cartões-postais da China. Não foi só a beleza natural que foi destruída em nome do progresso. Quando foi documentar a área, Zhang-ke chegou a uma cidade em pleno processo de destruição, Fengie. Tudo estava sendo abandonado e as pessoas não sabiam direito o que ia ocorrer com elas. Foi este verdadeiro apocalipse que o inspirou na realização de Still Life, título que, em inglês, designa Natureza Morta. Veio daí a divisão em capítulos – o cigarro, o vinho, os bombons, o chá. O ator que faz o mineiro é primo de Zhang-ke (e esta também é sua profissão na vida). Han Sanming já havia aparecido em Plataforma. A enfermeira é interpretada pela atriz-fetiche do diretor, Zhao Tao, que aparece em O Mundo. Os rostos familiares se repetem porque Zhang-ke, no fundo, quer que o espectador estabeleça pontes e veja que cada filme é parte do mesmo processo, pelo qual ele retrata seu país de forma ampla.


Como John Huston, que dizia não ter consciência de possuir um estilo, adaptando a forma de cada filme à história que queria contar, Jia Zhang-ke não quer ser escravo de uma forma de filmar, mesmo que a pintura tradicional chinesa seja uma referência visual importante para ele. Zhang-ke conhece o trabalho dos cineastas da 5ª Geração – Zhang Yimou e Chen Kaige -, mas não se identifica com eles. Diz que a própria divisão do cinema chinês em gerações é um tanto arbitrária, criada pelos críticos mas sem muita importância na prática do cinema chinês. Ele reverencia Hou Hsiao-hsien, o diretor de A Viagem do Balão Vermelho -, mas seu mestre, o cineasta que mais admira, é do Japão – Yasujiro Ozu, que flagrou as transformações na sociedade japonesa tradicional, instalado na posição do observador sentado no tatame. ‘Identifico-me muito com algumas situações do cinema de Ozu, com sua visão da família. A evolução na sua maneira de ver o mundo não é necessariamente estilística, mas se reflete no seu estilo. Acho que é o que também ocorre no meu cinema’, ele diz, anunciando que o próximo filme, algo como City (Cidade) 24 vai tratar dos últimos 50 anos da vida chinesa por meio de uma fábrica fundada em 1957.’


 


TELEVISÃO
Keila Jimenez


MJ pune policialesco


‘O Ministério da Justiça conseguiu enquadrar uma atração que há tempos estava tirando o sono da classificação indicativa. Trata-se do policialesco Tolerância Zero – só pelo nome já dá para imaginar o conteúdo – exibido diariamente do meio-dia às 14 horas, na TV Atalaia, afiliada da Record em Sergipe.


Segundo o MJ, que notificou em setembro a TV Atalaia, o programa vinha cometendo vários abusos. Além de apresentar cenas impróprias ao horário, como cadáveres e imagens de lesões corporais, o programa incitava a violência contra presos e incentivava a prática de tortura. A atração também foi condenada pelo MJ – que recebeu várias reclamações de telespectadores – por veicular palavras de baixo calão e imagens chocantes, nocivas para crianças e adolescentes.


Diante da notificação, a TV Atalaia se comprometeu a adequar o conteúdo do Tolerância Zero ao horário, e exibir em seus intervalos comerciais inserções de 30 segundos com vinhetas temáticas sobre os direitos humanos e sobre classificação indicativa.


As vinhetas devem ir ao ar a partir de hoje e até o dia 21 de dezembro.’


 


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Folha de S. Paulo


Quarta-feira, 7 de novembro de 2007


COPA 2014
Ruy Castro


Rumor de facas


‘RIO DE JANEIRO – Os jornais britânicos acham que a violência será um dos grandes obstáculos à realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Nossos jornais também. Com sete anos de antecedência, eles já estão em cima do problema e, pelo tom dos editoriais, sem grandes esperanças de que as coisas se resolvam até lá. Talvez fosse o caso de adotarmos o modelo inglês para tentar aliviar a situação.


Somente nas ruas de Londres, há 1,2 milhão de câmeras de televisão de circuito fechado penduradas em postes e marquises. Como são 7,5 milhões de habitantes, temos uma câmera para seis habitantes. Isso não inclui as câmeras em elevadores, portarias, shoppings, bancos, estádios, pubs, casas de apostas e, talvez, dentro dos táxis. É a cidade mais vigiada do mundo. Os londrinos sabem que, não importa onde e o que estejam fazendo, há um olho à espreita. Os indianos, negros, árabes, asiáticos e jovens em geral sabem melhor ainda.


Isso não impede que, segundo a polícia, 52 adolescentes por semana sejam vítimas de crimes com facas, e que os assassinatos por arma branca em Londres sejam três vezes maiores que os por arma de fogo. As lojas vendem coletes à prova de faca e os clientes são pais temerosos de que seus filhos de 10 a 16 anos sejam atacados a caminho da escola. Mas 42% dos infratores são outros garotos dessa idade.


A Scotland Yard calcula que, além desses delinqüentes amadores, haja 175 gangues juvenis atuando neste momento em Londres. E elas não se passam por facas ou canivetes. Corre um florescente comércio de armas de fogo oriundas de contrabando, financiado pelo tráfico de drogas. Em certos bairros, como Brixton, no sul de Londres, a polícia pensa antes de entrar -e não entra.


Não olhe agora, mas estou preocupado com a Copa na Inglaterra em 2018.’


 


SEMINÁRIOS
Folha de S. Paulo


Evento da ANJ discute futuro dos jornais e a internet


‘A ANJ (Associação Nacional de Jornais) realiza na próxima terça-feira, dia 13, o seminário ‘Os jornais e a internet – para onde aponta o futuro?’. O evento acontece das 9h às 17h30, no auditório da Folha (alameda Barão de Limeira, 425, 9º andar).


Poderão assistir às palestras repórteres, estudantes e profissionais das áreas de comunicação e tecnologia. As inscrições devem ser feitas no site da ANJ (www.anj.org.br), até sexta-feira.’


 


TODA MÍDIA
Nelson de Sá


Seis ou mais


‘Rodando ao longo da tarde e noite pelos telejornais, canais de notícias, rádios e sites, foi possível contar seis operações da Polícia Federal, todas ontem. Seus nomes: Kaspar 2, Mecenas, Cartão Vermelho, Rodin, Calcanhar de Aquiles e Vento Sul. O espetáculo agora fragmentado confundiu a cobertura, que conseguiu destacar uma foto do dinheiro na web, da primeira, e imagens da prisão de um cartola na TV, da terceira. Do ‘JN’, procurando não errar, ‘Corruptos das mais variadas espécies são presos em diversas operações’.


Sob nova direção, a PF agora também evita divulgar nomes, ao menos de um dos supostos esquemas, o dos ‘bancos suíços’. A identificação do diretor do UBS preso, a exemplo do que aconteceu no caso da Cisco, mobilizou os sites e blogs e, no exterior, a Bloomberg.


ESQUADRÕES DA MORTE


Outra operação que ecoou, ao menos no exterior, foi em Pernambuco, da polícia estadual. No título de Raymond Colitt na agência Reuters, ‘Brasil desbarata esquadrões da morte depois de onda de assassinatos’. Entre os 34 presos, ‘policiais, advogados e comerciantes’. A operação ‘coincide com visita esta semana do Relator de Execuções Extrajudiciais da ONU’, para verificar torturas e mortes.


ETANOL DO BEM


Começou uma reação às críticas ao etanol. Ontem em artigo no ‘Financial Times’, diretor de Harvard destacou que são ‘claros’ os impactos positivos da bioenergia na economia global, ‘inclusive a redução do poder da Opep de definir preços’ e até ‘o fim do protecionismo agrícola’.


E DO MAL


Por outro lado, o Credit Suisse fez relatório e o ‘Wall Street Journal’ noticiou que os preços agrícolas devem seguir em alta pela demanda global crescente por alimento -e por estarem se tornando ‘mais centrais ao mercado de energia’, também global.


PISTÕES NOVOS


Sob o título ‘Novos pistões estão dirigindo o crescimento global’, coluna do ‘WSJ’ de ontem tomou a valorização da PetroChina por confirmação de que ‘os chamados Brics, Brasil, Rússia, Índia e China’, é que poderão agora salvar os EUA ‘da lama’ de sua crise financeira -e não o contrário, como ‘costumava ser’.


Se o quadro se confirmar, arrisca, ‘terão mais voz nos negócios financeiros globais’.


APOSTA E RISCO


Já o ‘FT’ tratou em coluna da ‘aposta do Santander no Brasil’, país que ‘pode ser o queridinho emergente, mas ainda traz considerável risco’.


GISELE & BEN


A suposta rejeição do dólar por Gisele Bündchen correu mundo, ontem. Foi tema do blog dos editores da ‘Foreign Policy’ ao popularesco ‘Sun’, mais o ‘New York Times’, o ‘Guardian’, a ‘Vogue’ etc. Ela se viu atacada até por âncora da republicana Fox News.


Mas o melhor foi o editorial do ‘WSJ’, ‘Gisele dá fora em Ben’. ‘Ben Bernanke é homem casado’, abre o texto, ‘mas, se não fosse, ao menos uma mulher não ia querer saber dos charmes de sua política no Fed: Gisele Bündchen’. Ser ‘desprezado por modelos’ é ‘sinal sinistro’ ao dólar.


O que causou tal repercussão foi texto da Bloomberg, a partir de nota de Lauro Jardim, dois meses atrás. O canal CNBC ouviu da agente de Gisele que a história é ‘falsa’ e ‘algum idiota no Brasil deu algo só para fazer notícia’.’


 


INTERNET
Folha de S. Paulo


Yahoo pede desculpas por dissidente chinês preso


‘Em meio a acusações de deputados dos Estados Unidos por sua participação na repressão de opositores na China, dois diretores da empresa californiana de internet Yahoo se desculparam ontem a parentes de dissidentes presos por Pequim. ‘Peço desculpas pessoalmente pelo que eles e suas famílias estão passando’, disse Jerry Yang, diretor executivo da empresa, em depoimento no Congresso americano.


Yang foi criticado duramente em 2004, quando entregou ao governo chinês informações sobre a identidade do jornalista opositor Shi Tao com base em seu endereço de e-mail. Shi foi preso e hoje cumpre uma sentença de dez anos na China.


Em 2006, Yang depôs ao Congresso americano sobre o caso e afirmou que não sabia a natureza da acusação contra Shi antes de sua prisão por Pequim. Ontem, porém, ele foi chamado novamente a depor pelo líder democrata da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes, Tom Lantos, que o acusa de ter mentido nas declarações.


A acusação de Lantos tem base na revelação de que, antes da prisão, funcionários da Yahoo na China receberam uma ordem de Pequim explicando que o caso envolvia ‘segredos de Estado’ -termo usado para descrever dissidentes políticos.


Lantos ordenou que Yang e Michael Callahan, conselheiro geral da empresa, se desculpassem à mãe de Shi, que estava sentada atrás dos dois na sala.


Apesar das desculpas, Callahan defendeu a empresa. ‘Não posso pedir a nossos funcionários locais que rejeitem exigências legais e coloquem sua própria segurança em risco, mesmo se discordar delas.’’


 


TELEVISÃO
Daniel Castro


Redes já prevêem ibope zero com TV digital


‘Anunciada como uma revolução, a TV digital se aproxima de seu lançamento oficial sem grande entusiasmo. Pelo contrário, há pessimismo. Reservadamente, executivos das fábricas de TVs admitem que as vendas de aparelhos digitais serão insignificantes em 2007. Dirigentes de emissoras já prevêem uma audiência de ‘zero’ ponto.


O novo sistema será lançado em São Paulo no próximo dia 2. Mas, no último final de semana, ainda não se encontrava nas grandes lojas os set top boxes, caixas indispensáveis para tornar os televisores analógicos compatíveis com o sinal digital.


Essas caixas, prometidas pelo governo a cerca de R$ 150, custarão mais de R$ 800. Haverá uma versão de R$ 250, porém só serve para TVs de até 14 polegadas e não terá o único benefício inicial da TV digital, a alta definição. A indústria reclama da falta de iniciativa do governo para baixar impostos.


Nos bastidores das redes, a TV digital já está sendo chamada de ‘mico digital’ e ‘a TV que ninguém vê’. A transmissão em pool de um espetáculo de TV, na estréia do dia 2, deverá ser restrita a um vídeo de cinco minutos. Redes como a Record e o SBT ainda não produzem em alta definição, porque não terão telespectadores inicialmente.


Marcelo Meira, vice-presidente da Band, diz que continua otimista com a TV digital. Mas avisa que a Band só terá todo o horário nobre em alta definição no final de janeiro.


BOCEJO 1 Com 26,6 pontos na Grande SP, ‘Desejo Proibido’ é a pior estréia da faixa das 18h da Globo na década. Ficou atrás de ‘Agora É que São Elas’, que estreou em 2003 com 28,1 pontos e ‘liderava’ o ranking negativo do horário. A última novela das seis, ‘Eterna Magia’, entrou no ar com 30 pontos.


BOCEJO 2 O desempenho de ‘Desejo’ se deve mais à audiência de ‘Eterna Magia’ do que à mesmice de sua história. Na Globo, é grande a expectativa. Se o ibope cair, poderá ser catastrófico.


DECEPÇÃO A nova versão de ‘Vila Sésamo’ ainda não empolgou. A primeira semana do programa exibido pela Cultura marcou 1,0 e 1,2 ponto, respectivamente nas edições das 8h e das 14h.


NOVOS GAMES 1 Além de ‘Power of Ten’, game que promete prêmio de US$ 10 milhões nos EUA, o ‘Domingão do Faustão’ terá dois novos jogos em 2008.


NOVOS GAMES 2 Em um deles, pessoas de uma mesma profissão (como bombeiros, secretárias, padeiros, pizzaiolos etc.) se enfrentarão em um concurso musical. Nas primeiras rodadas, as disputas serão entre calouros da mesma profissão. O segundo game será uma versão de um produto de sucesso no Japão.


NACIONAL A Record manteve em outubro a vice-liderança no Ibope nacional na faixa das 7h à 0h, que tomou do SBT em agosto. Marcou 6,3 pontos, contra 6,0 da concorrente. A Globo registrou 19,2 pontos no país.’


 


Cristina Fibe


‘Ugly Betty’ americana estréia hoje


‘Sucesso nos EUA, a série ‘Ugly Betty’ chega ao Brasil sob o título original, talvez para não ser confundida com a novela colombiana que inspirou a adaptação (‘Betty, a Feia’, que foi exibida aqui pela RedeTV!).


A versão norte-americana, co-produzida pela atriz mexicana Salma Hayek (que também participa ocasionalmente da série), estreou nos EUA em setembro de 2006 -lá, já está na segunda temporada e recebeu três prêmios Emmy e dois Globos de Ouro.


America Ferrera, responsável por alguns desses troféus -Emmy e Globo de Ouro de melhor atriz-, vive Betty Soares, a deslocada, desajeitada e, é claro, feia aspirante a jornalista que vai parar na revista de moda ‘Mode Magazine’, que ela mal sabe do que se trata.


Assim como no filme ‘O Diabo Veste Prada’ (de David Frankel, lançado nos EUA em junho de 2006), a protagonista passará por diversas humilhações no trabalho, desta vez vindas de um chefe homem que adorava se distrair com suas belas ex-assistentes.


As situações do filme são levadas ao extremo na série -Betty não tem o charme de Anne Hathaway e não se veste nada bem, como se vê neste episódio inicial, em que ela vai trabalhar pela primeira vez com um impagável poncho vermelho em que está escrito, em amarelo, ‘Guadalajara’.


UGLY BETTY


Quando: hoje, às 20h


Onde: Sony’


 


BIOGRAFIA
Raquel Cozer


Obra expõe face amarga do criador de Snoopy


‘Do telhado de sua casinha, no início dos anos 70, Snoopy batucava na máquina de escrever: ‘Docinho, sentiu minha falta?’.


As cartas de amor eram o começo da prolífica fase do beagle como escritor nas tiras da série ‘Peanuts’. Eram também declarações do cartunista americano Charles Schulz (1922-2000) para uma moça por quem se apaixonara antes de se separar da primeira mulher.


A transposição do romance de Schulz para os desenhos foi apenas uma das descobertas que o escritor norte-americano David Michaelis, 50, fez após seis anos mergulhado na vida e na obra do criador de Snoopy e Charlie Brown. Ela está em meio às 650 páginas da biografia ‘Schulz and Peanuts: A Biography’, lançada mês passado nos EUA e sem previsão de lançamento no Brasil.


O cartunista, que completaria 85 anos no próximo dia 26, tinha o costume de reproduzir situações exatas de sua vida nos desenhos. ‘Ele nunca escondeu que havia muito de si nas histórias, mas é surpreendente a quantidade de recados que deixou nas tiras’, diz o autor à Folha, por telefone, de Nova York.


Michaelis entrevistou mais de 200 parentes e amigos e se debruçou nas 17.897 tiras criadas pelo artista ao longo de 50 anos, hoje nos arquivos da United Media, que detém os direitos de ‘Peanuts’.


O Schulz que resultou dessa pesquisa é amargo e sarcástico, capaz de guardar rancores por décadas. Michaelis constatou casos já conhecidos, como o de que Donna Johnson, uma ex-colega que rejeitou um pedido de casamento de Schulz, inspirou a Garotinha Ruiva, o amor não-correspondido de Charlie.


Mas descobriu, também, outras motivações. Lucy, sempre mandona e egoísta, dividia com Charlie Brown muito do que o cartunista vivia em casa com sua primeira mulher, Joyce. O casamento dava o tom da relação de Lucy com Schroeder -ela, sempre pedindo atenção; ele, envolvido com sua arte.


Tais conclusões causaram mal-estar na família de Schulz, que ajudara Michaelis desde o primeiro contato, em 2000, três meses após a morte do cartunista. Ao responder ao e-mail do escritor, a viúva, Jean Clyde, contou que uma das últimas leituras de Schulz fora a biografia do ilustrador N.C. Wyeth -de autoria de Michaelis. ‘Era o voto de confiança de que precisava’, avalia.


Distanciamento


Jean garantiu acesso a cartas e documentos. Mas, quando o livro ficou pronto, ela e outros parentes renegaram a imagem que encontraram. Schulz, argumentaram, era alegre e divertido. ‘Dei a eles a chance de fazer correções, mas o fato é que a família não tem distanciamento para julgar a vida de alguém que ama’, diz Michaelis.


Filho de um barbeiro alemão e de uma dona-de-casa de família norueguesa, Schulz levou para as tiras o cenário de distanciamento no qual foi criado.


Em ‘Peanuts’, a indiferença, mais do que a rejeição, é a resposta mais comum ao amor.


Nada que, segundo Michaelis, não pudesse ser reconhecido na atitude de Dena, mãe de Schulz, a quem a biografia descreve como uma pessoa ‘distante, evasiva’. Dena morreu com câncer um dia antes de Schulz, convocado para a Segunda Guerra, partir para o quartel. Sua última -e traumática- frase para o filho, ‘Nós provavelmente nunca mais vamos nos ver’, seria reproduzida num diálogo em que Marcie e Patty Pimentinha falam sobre Charlie Brown.


SCHULZ AND PEANUTS: A BIOGRAPHY


Autor: David Michaelis


Editora: HarperCollins (importado)


Quanto: US$ 21 (cerca de R$ 37), mais taxas, em www.amazon.com; 655 págs.’


 


INTERNET
Folha de S. Paulo


NBC e News Corp lançam site de séries


‘Imagine ter acesso a seriados como ‘Simpsons’, ‘Lost’ e ‘Heroes’ na internet, de forma legal. É isso o que o Hulu, que está em fase de testes, promete. A versão completa do site está programada para ser lançada em poucos meses. A empreitada tem à frente News Corp (dona da Fox e do MySpace) e NBC Universal. No cardápio do Hulu estão filmes profissionais dessas e de outras empresas, como a Sony, por exemplo.


As declarações de envolvidos com o novo site de vídeos tentam cativar anunciantes. ‘É muito mais fácil você pôr sua propaganda em um episódio de ‘The Office’ do que em um gato andando de skate’, disse à Associated Press Jeff Zucker, presidente da NBC Universal.


Nos EUA, produtores audiovisuais tradicionais querem conquistar a crescente audiência de vídeos on-line. Um pesquisa da Pew Internet mostrou que 57% dos internautas adultos norte-americanos assistem a filmes na internet e que 19% fazem isso cotidianamente.


Para conquistar esse público que gosta de ver filmes no computador, o Hulu terá séries populares com episódios completos, como ‘Heroes’.


Apesar do sucesso do conteúdo gerado por usuário, 62% dos norte-americanos preferem produções profissionais nos vídeos on-line, segundo a pesquisa da Pew Internet.


Existe outro motivo para a migração de suporte: o combate à pirataria. Uma série como ‘Lost’, por exemplo, é colocada em sites piratas poucas horas depois de transmitida por meios convencionais.


A Folha conseguiu um convite para testar o Hulu. Todos os vídeos testados não estavam acessíveis do Brasil -nem mesmo clipes de 30 segundos.


‘YouTube killer’


Logo que foi anunciado, o Hulu ganhou o apelido de ‘YouTube killer’ (assassino do YouTube, em tradução literal). A expressão é usada para referir-se a novos produtos que ameaçam o grande nome do mercado em que concorrem.


Mas Zucker disse que o site não é um competidor direto do YouTube. ‘O Hulu é sobre vídeos de qualidade’, provocou.


De qualquer forma, um acordo entre NBC e YouTube, feito em junho do ano passado, chegou ao fim por causa do Hulu. Greg Sandoval escreveu no blog do site de notícias sobre tecnologias News.com que o fim do acordo é importante, pois mostra que ex-parceiros do YouTube estão satisfeitos a ponto de desejarem distribuir eles mesmos seu conteúdo on-line.’


 


Daniel Arrais


Tempresto organiza troca de livros


‘Quem empresta livro sabe: a chance de o título não voltar para a estante é enorme. Em uma tentativa de organizar as trocas e possibilitar a leitura de novas obras, surge o site Tempresto (www.tempresto.com.br).


Para usar o serviço, é necessário criar um login e uma senha. Após o cadastro, o usuário relaciona os livros que possui, incluindo dados como título, número de páginas, sinopse e foto da capa. Em seguida, realiza buscas por nome de livros ou perfil de usuários.


Depois da escolha, o internauta combina a troca por meio de recados. O site faz a ponte, mas não se responsabiliza pela devolução ou retorno de livros com defeitos.


Sebos


Para quem gosta de livros antigos e prefere fazer uma economia, sebos on-line oferecem boas páginas de seus acervos.


A Estante Virtual (www.estantevirtual.com.br) reúne acervo de cerca de 650 sebos, livreiros e usuários. Uma ferramenta de busca permite encontrar livros por título, autor, editora ou descrição.


No Sebo do Bac (www.sebodobac.com) a compra pode ser feita até pelo MSN. No Sebol (www.sebol.com.br), não é preciso fazer cadastro. Compra, venda e troca são realizadas entre os usuários.


Outros sebos, como o Nova Floresta (www.novafloresta.com.br), o RS Raridades (rsraridades.com.br/loja) e a Livraria Memorial (www.livrariamemorial.com.br), agregam livros raros e esgotados. Confira lista com outros sebos no blog Circuito Integrado (www.folha.com.br/circuitointegrado).’


 


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