Sunday, 22 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Brasil já tem 60 empresas
de TV para celular e internet


Leia abaixo os textos de segunda-feira selecionados para a seção Entre Aspas.


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Folha de S. Paulo


Segunda-feira, 22 de dezembro de 2008


TELEVISÃO


Laura Mattos


País tem 64 empresas de TV para celular e internet


‘Não há, definitivamente, como falar de televisão e ignorar seu ‘casamento’ com outras mídias. O ‘Anuário Pay TV’, principal levantamento do Brasil sobre o mercado de televisão por assinatura, pela primeira vez cataloga empresas ligadas à produção e distribuição de conteúdo para internet e celular. E, diante dessa tendência, a publicação mudou até de nome, para ‘Anuário de Mídias Digitais’.


O guia de TV 2.0 (termo inspirado na internet 2.0, na qual a produção de conteúdo tem participação do usuário) traz 64 empresas desse novo e promissor nicho de mercado.


Até a Polícia Militar de São Paulo entrou na onda, com uma produção que vai de documentários a talk-show.


Companhias de telefonia estão na lista, como a Tim TV, Oi TV Móvel, Minha TV (da Claro) e Vivo Play. As grandes redes de televisão também investem cada vez mais nesse segmento.


Há, entre outras, a Globo Vídeos, Mais Band, MTV Overdrive, Mundo Record e SBT Central de Mídia.


De olho no negócio, estão ainda algumas das principais produtoras do país, antes concentradas apenas na produção televisiva, como Endemol Globo (do ‘Big Brother’), Freemantle (‘Ídolos’, ‘Aprendiz’) e Mixer (‘Mother’). E a Conspiração, do filme ‘2 Filhos de Francisco’, tem um departamento já para novas mídias.’


 


 


HQ


Pedro Cirne


Radical Chic e Gatão discutem a relação


‘Namoros, casamentos, sexo casual e relacionamentos amorosos em geral não são necessariamente fáceis ou simples. Há brigas, ciúmes, ruídos de comunicação e, é claro, o lado bom. O quadrinista carioca Miguel Paiva costuma refletir sobre as relações humanas, sempre com muito humor, em HQs que abordam as questões de pontos-de-vista diferentes: o masculino, com o ‘Gatão de Meia-Idade’; e o feminino, com ‘Radical Chic’. Neste fim de ano, saem seis volumes com histórias de Paiva.


Os lançamentos abrem duas coleções, uma voltada para a ruiva sexy Radical Chic e outra para o quarentão divorciado Gatão de Meia-Idade. Serão seis volumes em cada coleção, que deve ser completada no final do próximo semestre, novamente com seis lançamentos de uma vez.


A Radical Chic é a mais velha: surgiu em 1983, 12 anos antes do Gatão. ‘A Radical é mais emblemática. Ela não tem nome, família ou profissão definida. É mais um personagem simbólico do que da vida real. Simboliza, muito sutilmente, um modo definido de ser’, diz Paiva, expondo as diferenças entre suas criações. ‘O Gatão tem um lastro, uma história: é separado, tem uma família. Há uma abertura para pessoas da vida real.’


‘A área em que eu gosto de transitar é o comportamento, a sociedade, o dia-a-dia’, conta Paiva. ‘Estou sempre tentando me ligar com o cotidiano.’


E no cotidiano dos relacionamentos há um tema que ainda pode ser considerado tabu: o sexo. ‘É absurdo que ainda exista esse tabu em relação ao sexo’, comenta Paiva. ‘Acho que precisa ser abordado tanto quanto outros temas, como futebol, política etc.’


‘Sexo é fundamental: é a base dos nossos prazeres, das nossas relações, de tudo… Inclusive dos problemas’, diz. ‘Se eu falo de relação amorosa, vou ter que falar de sexo.’


Paiva não restringe seus temas a sexo e amor. Ele diz que busca novos assuntos para explorar, tanto para a Radical quanto para o Gatão. ‘É complicado perseguir o que ainda é tabu, o que ainda vai ser discutido. Acho que é isso o que dá graça.’


COLEÇÃO RADICAL CHIC


Autor: Miguel Paiva


Editora: Companhia Editora Nacional


Quanto: R$ 62 cada livro (146 págs. cada edição; estão sendo lançados ‘Sexo à Deriva’, ‘Corpo de Delito’ e ‘Mulheres que Pensam’)


COLEÇÃO GATÃO DE MEIA-IDADE


Autor: Miguel Paiva


Editora: Companhia Editora Nacional


Quanto: R$ 62 cada livro (146 págs. cada edição; estão sendo lançados ‘Primeiras Tiras’, ‘Vida em Cores’ e ‘Enquadrado’)’


 


 


MÍDIA & POLÍTICA


‘Jornalismo’ à la Goebbels


Guilherme Afif Domingos e Hélio Zylberstajn


‘PARA ALGUNS jornalistas é sempre assim. A notícia vale pela distorção que pode ser feita com ela. Foi o que ocorreu com a nossa proposta de utilizar a suspensão temporária do contrato de trabalho.


Esta Folha publicou em 18/12 um artigo de Ricardo Melo, com o título ‘AI-5 trabalhista’, no qual o autor classifica nossa proposta como parte de uma ‘quartelada’. Para fazer isso, cuidadosamente omite os elementos mais importantes. Vamos a eles.


A proposta cria a possibilidade de suspender o contrato de trabalho antes da demissão e da rescisão. Não suprime a rescisão nem elimina direitos trabalhistas. Nunca falamos em ‘flexibilizar’ direitos. A idéia é ‘dar um tempo’ antes de consumar o desligamento dos trabalhadores. Só isso.


Enquanto aguardasse a retomada das atividades, o trabalhador receberia o benefício do seguro-desemprego. Ao final do período de suspensão do contrato, a empresa poderia reativar o contrato (se o mercado estivesse favorável) ou poderia consumar a demissão, pagando todos os direitos aos demitidos.


O jornalista deixa de mencionar que a suspensão do contrato de trabalho só se efetivaria mediante negociação coletiva com o sindicato que representa a categoria. A proposta remete a questão para um dos institutos mais nobres da democracia, a negociação coletiva. Não poderia de forma alguma ser resultado de ato unilateral da empresa. Se os trabalhadores e o sindicato não desejassem a suspensão do contrato de trabalho, ela simplesmente não aconteceria.


Nossa proposta baliza a negociação da suspensão e determina que alguns itens devem obrigatoriamente fazer parte das discussões. Esses itens incluem o complemento do seguro-desemprego a ser pago pela empresa e o oferecimento de programas de treinamento e educação básica enquanto durar a suspensão do contrato. O mais importante é que os trabalhadores cujos contratos de trabalho fossem suspensos teriam prioridade na retomada das atividades da empresa.


Esses dispositivos reforçariam a posição dos trabalhadores na mesa de negociação, ensejando-lhes resultados mais favoráveis ao final. O jornalista sugere maldosamente que faríamos parte de conspiração com o objetivo de entregar os trabalhadores brasileiros à sanha exploradora de empresários inescrupulosos.


Nada disso. Pretendemos apenas contribuir para o debate e para a busca de soluções práticas para as dificuldades que de certo virão em 2009.


Pensamos que, diante da possibilidade concreta de demissões, os trabalhadores prefeririam manter seus vínculos com as empresas em que trabalham. Um adiamento da demissão, com a manutenção -mesmo que parcial- da renda e dos benefícios seria preferível ao desligamento.


Pensamos que as empresas também prefeririam manter seus trabalhadores em disponibilidade e prontos para serem reaproveitados, pois, assim, não perderiam capital humano e investimentos em treinamento. Chegamos até a calcular o volume de gastos adicionais com o seguro-desemprego decorrentes da implementação da nossa proposta e mostramos que os recursos existem e estão disponíveis nas reservas técnicas do patrimônio do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).


O fato concreto é que, nos países onde a negociação coletiva é mais desenvolvida, a suspensão do contrato de trabalho é conhecida como ‘layoff’ e faz parte da rotina das relações de trabalho. Está sendo adotada neste momento para enfrentar a crise no mercado de trabalho na Europa.


No Brasil, já ensaiamos soluções parecidas em períodos de dificuldades, mas ainda não as incorporamos à prática rotineira. Nossa proposta simplesmente preconiza que deveríamos oferecer uma base legal para que a suspensão temporária do contrato de trabalho seja acrescida ao repertório de soluções negociadas em períodos difíceis.


Não há registros de que empresas e sindicatos que negociam o ‘layoff’ nos países desenvolvidos sejam acusados de práticas antidemocráticas.


Pelo contrário, nesses países reina a democracia plena, que tem na negociação coletiva um dos seus pilares.


É muito estranho que, no Brasil, o jornalista pretenda identificar nossa proposta com um ato antidemocrático de triste memória. Utilizando suposições maldosas e grosseiras, desinforma os leitores e pratica um jornalismo que nos faz lembrar o estilo manipulador e mentiroso de Goebbels, o ministro da Propaganda nazista de Hitler.


GUILHERME AFIF DOMINGOS , 65, é secretário do Emprego e Relações do Trabalho do Estado de São Paulo.


HÉLIO ZYLBERSTAJN é professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP e presidente do Ibret (Instituto Brasileiro de Relações de Emprego e Trabalho).’


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O Estado de S. Paulo


Segunda-feira, 22 de dezembro de 2008


SAPATADA NO PRESIDENTE


O Estado de S. Paulo


Jornalista aguarda decisão da Corte


‘O primeiro-ministro do Iraque, Nuri al-Maliki, disse ontem que o destino do jornalista Muntazer al-Zaidi – que atirou seus sapatos contra o presidente americano, George W. Bush – está nas mãos da Justiça iraquiana. Detido, o jornalista aguarda a decisão do tribunal que, segundo a assessoria de imprensa do governo, seguirá seu curso natural. Se condenado, ele pode pegar até 15 anos de prisão. Para Maliki, que deu a ordem para prender Al-Zaidi, um jornalista deve se expressar com liberdade, mas sem perder os limites da ética.’


 


 


ECOS DA DITADURA


Luiz Eduardo Rocha Paiva


Imprensa livre e imparcial


‘A mídia constrói e a mídia destrói. Por aí se percebe o poder da imprensa e sua possibilidade de participar, significativamente, da edificação de uma sociedade esclarecida, aberta, madura e de forte espírito democrático. Tem importante papel social e deve ser conduzida mais como serviço que como empresa, com toda a responsabilidade daí decorrente.


A liberdade de imprensa é um dos pilares do regime democrático e os excessos porventura cometidos, contra grupos ou indivíduos, não podem servir de justificativa para limitá-la, como pretendem algumas autoridades. Que tal aperfeiçoar a Justiça, tornando-a mais ágil, de modo a ressarcir quem seja prejudicado por possíveis excessos?


A imprensa tem sido decisiva para desvendar o véu que encobre a falta de cidadania, a soberba onipotência, a corrupção e a impunidade, que compõem a face de grande parte da liderança nos altos escalões da República e comprometem a confiança nas instituições. Assim, contribui para a sociedade ir tomando consciência da necessidade de um choque de valores, para melhorar a si própria e mudar o perfil daquela liderança, o que só depende de sua vontade e de seu valor.


A imparcialidade é um dos atributos fundamentais a serem cultuados pela imprensa e se traduz pela abertura de iguais oportunidades à livre expressão de idéias, independentemente de posições ou pensamentos legitimamente adotados por um órgão. Por outro lado, mesmo amparada em leis que a protejam da mordaça política, só é livre a imprensa que não se submete ao poder econômico ou à censura do patrulhamento ideológico de qualquer matiz. A credibilidade e o respeito, assim conquistados, asseguram-lhe a autoridade moral e, em conseqüência, reforçam a defesa de sua liberdade.


Ao abrir, de forma equânime, espaços para a livre expressão do pensamento, a imprensa ajudará, também, a derrubar a ditadura do ‘politicamente correto’, expressão cujo entendimento distorcido inibe o contraditório e empobrece o debate de idéias, condições fundamentais ao aprimoramento da democracia. Hoje poucos têm coragem de se declarar de direita ou conservadores, pois temem ser rotulados de radicais, injusta e incorretamente, pelo patrulhamento ideológico ainda forte no Brasil. ‘O conservadorismo não é contrário às mudanças, como se costuma supor, mas entende o progresso útil como proveniente do saber anterior e acumulado e, portanto, plantado nas virtudes e nos valores do passado’ (O Livro das Idéias, Chris Rohmann).


Difícil, por exemplo, é ter espaço para apontar aspectos positivos do regime militar, que vão além do desenvolvimento alcançado, base da atual projeção internacional do Brasil. No regime militar se fortaleceram as instituições e os alicerces de nossa democracia. Os generais-presidentes sempre manifestaram o propósito de retornar à normalidade democrática, reconhecendo a excepcionalidade do regime. Tal objetivo foi paulatinamente conquistado, com retrocessos e avanços, pela ação legal e perseverante da sociedade, de seus representantes na oposição e na situação e de sucessivos governos, superando radicalismos à esquerda e à direita.


Se o regime durou mais do que devia é tema de debate, inclusive, para caracterizar a responsabilidade da esquerda radical ao deflagrar a luta armada, a fim de implantar a ‘democracia’ que aprendia em Cuba, na China, na URSS e em seus satélites, ‘templos das liberdades democráticas e dos direitos humanos’. Orientava suas ações o Manual do Guerrilheiro Urbano, de Carlos Marighella, que preconiza: ‘… o guerrilheiro deve tornar-se agressivo e violento, voltando-se para a sabotagem, terrorismo, expropriações, assaltos, seqüestros e execuções…’ Marighella foi líder da ALN, organização terrorista em que militou o atual secretário especial dos Direitos Humanos.


A Nação deve compreender que a esquerda radical optou pela luta armada por perceber que seria fatal para o processo de comunização do Brasil o fortalecimento das instituições democráticas. Sabia ser esse um objetivo do regime de 1964 e que o governo tinha apoio popular, poder e força para fazê-lo. Apoio popular que a esquerda revolucionária nunca recebeu e durou enquanto a economia foi bem, isto é, até os choques do petróleo nos anos 70 e seus desdobramentos na crise de endividamento dos anos 80, que abalaram o mundo todo, não só o Brasil.


Na história republicana, até 1964, podem ser listadas mais de uma dezena de graves revoltas e crises político-militares. Foram conflitos em que sempre havia chefes militares, envolvidos na política partidária, que arrastavam consigo parte da tropa, numa demonstração de que o País não amadurecera para a democracia. Vários chefes, ainda no serviço ativo, participavam da política partidária e não só como candidatos a cargos eletivos. Havendo ou não honestidade de propósitos, ficavam prejudicados o compromisso, que deveria ser exclusivamente com a Nação e o Estado, e a dedicação, que deveria estar integralmente voltada para a missão constitucional. O regime militar afastou as Forças Armadas e os militares da ativa da política partidária e, desde então, as crises políticas são resolvidas nos foros apropriados.


Passado um quarto de século do final do regime de 64, não se pensa nem se quer a volta ao passado. Portanto, deve-se facultar o acesso da sociedade a versões diferentes das há muito tempo veiculadas apenas pela esquerda sobre aquele período. Dessa forma, ela poderá tirar conclusões isentas e se aproximar da verdade histórica, extraindo ensinamentos em prol do fortalecimento da democracia.


A sociedade brasileira será imunizada contra radicalismos de quaisquer matizes na medida em que lhe seja aberto o acesso equânime a todas as correntes de pensamento, pois o conhecimento abrangente permite melhores avaliações, julgamentos e decisões. Por prezar tanto a própria liberdade, ela será o baluarte de uma imprensa livre e imparcial.


Luiz Eduardo Rocha Paiva, general da reserva, foi comandante da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (2004-6)’


 


 


MÍDIA & POLÍTICA


O Estado de S. Paulo


Jornal acusa Caracas de ajudar Irã


‘Efe e AFP – O Irã tem-se utilizado das boas relações com a Venezuela para burlar sanções impostas pela ONU, que têm como objetivo conter a expansão do programa nuclear iraniano, informou ontem o jornal italiano ‘La Stampa’.


Segundo o diário, Teerã está usando aviões da estatal venezuelana Conviasa para transportar computadores e peças de máquinas até a Síria. O material teria como finalidade a construção de mísseis com capacidade para transportar ogivas nucleares. As fontes do jornal seriam ‘serviços de inteligência de países ocidentais’.


Em retribuição pelo uso das aeronaves, o Irã colocaria à disposição do governo venezuelano oficiais de sua Guarda Revolucionária para o treinamento da polícia e do serviço secreto da Venezuela. A Guarda Revolucionária é uma unidade militar subordinada diretamente ao aiatolá Ali Khamenei, e independente das Forças Armadas do país. O programa de treinamento contaria também com a participação da polícia de elite iraniana, a unidade Al-Quds. De acordo com ‘La Stampa’, o material transportado pelos aviões é produzido pelo grupo industrial iraniano Shahid Bagheri, investigado pelo Conselho de Segurança da ONU por seu envolvimento no programa de mísseis do Irã.


Em resposta, o chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, acusou jornais dos EUA, da Itália e da Espanha de fazerem campanha contra Chávez. ‘O que é dito por esses jornais é recolhido e apresentado pelo resto da imprensa do mundo como se fosse verdade’.’


 


 


INTERNET


O Estado de S. Paulo


Warner Music rompe com o YouTube


‘Reuters, Nova York – A Warner Music Group solicitou no sábado que o YouTube retire todos os vídeos de música de seus artistas do site de compartilhamento de vídeos, depois de as duas empresas não terem chegado a um acordo em sua negociação contratual. A ordem poderá afetar centenas de milhares de videoclipes, pois inclui artistas que gravam pela Warner Music e canções publicadas pela sua editora Warner/Chappel, que englobam muitos artistas que não são contratados das gravadoras da Warner.


As negociações foram abandonadas no próprio sábado, porque a Warner queria uma participação maior nas receitas potenciais do YouTube. Não existe informação sobre qual seria essa participação. ‘Simplesmente não podemos aceitar condições que não conseguem compensar de forma apropriada e justa nossos artistas, compositores, gravadoras e editores pelo valor que eles oferecem’, disse a Warner em um comunicado.


O YouTube é altamente popular, com mais de 100 milhões de visitantes somente nos Estados Unidos em outubro, segundo a ComScore, empresa que mede a audiência da internet.


A Warner Music, que tem sob contrato artistas como Red Hot Chili Peppers, Ashley Tisdale e o rapper T.I., foi a primeira das grandes gravadoras a negociar um acordo com o YouTube em 2006. Seus executivos acreditam que o acordo deu legitimidade ao site aos olhos do Google, que comprou a empresa logo depois por US$ 1,65 bilhão.


Como parte da negociação original em 2006, a Warner, a Universal Music e a Sony Music conseguiram pequenas participações no YouTube, e lucraram quando a empresa foi adquirida pelo Google. As gravadoras normalmente recebem uma participação em qualquer faturamento publicitário associado ao vídeo e um pagamento a cada vez que um de seus vídeos é visto.


O pagamento por vídeo visto corresponde normalmente a uma fração de centavo de dólar e, com os milhões de pessoas que visitam o YouTube todo dia, deveria somar um montante considerável. Mas, de acordo com uma fonte próxima da Warner Music, o valor que a empresa tem recebido do YouTube é ‘extremamente baixo’. Os representantes do YouTube não comentaram a decisão.


A direção do YouTube executou, durante a maior parte de 2008, esforços para desenvolver fontes de receita a partir do site, em parte para manter satisfeitos seus parceiros de conteúdo. Foram longas as negociações da Warner sobre como melhor dividir o faturamento, até que as conversas chegaram a um impasse na sexta.


‘Apesar de nossos esforços constantes, não é sempre possível manter seus acordos inovadores’, informou o YouTube em seu blog, sobre a dificuldade de licenciar música. ‘Algumas vezes, se não conseguimos alcançar condições de negócio aceitáveis, devemos nos separar de parceiros de sucesso.’ A decisão da Warner pode fazer com que os outros parceiros, como Universal, Sony e EMI, fortaleçam a demanda por pagamentos mais altos.’


 


 


TELEVISÃO


Etienne Jacintho


Vem mais merchan


‘Quem assiste à novela A Favorita, da Globo, certamente já esbarrou em algum dos merchandisings do Itaú. Cassiano (Thiago Rodrigues) e Zé Bob (Carmo Dalla Vecchia) são alguns dos que já encenaram a favor da ação publicitária, que envolve de internet banking a fundos de investimentos. Segundo levantamento do Controle da Concorrência, que monitora inserções comerciais para o mercado publicitário, a novela exibiu nove merchandisings da empresa.


Até o fim do ano, mais três inserções da marca são esperadas na novela – a despeito da fama que o meio publicitário construiu sobre uma certa resistência do autor, João Emanuel Carneiro, em acolher merchandisings – procurado pelo Estado para comentar a questão, o autor não se manifestou.


A Favorita teve, nos últimos dois meses, cerca de 15 ações de merchandising – a antecessora, Duas Caras, somou 45 nos dois meses finais. A trama atual tem sido até modesta em inserções, mas cabe a ressalva de que a mocinha de Duas Caras, Maria Paula (Marjorie Estiano) trabalhava em uma rede de hipermercados (o Extra), o que multiplicava as chances de publicidade em cena.’


 


 


Cristina Padiglione


Canal Rural planta para zerar carbono


‘Oxalá a moda pegue: o Canal Rural acaba de renovar o certificado Carbono Neutro (com validade anual). A emissora paga patrocinará o plantio de mais de mil mudas de árvores de diferentes espécies no interior do Paraná. A conta foi feita com base na quantidade de carbono gerada pelas atividades do canal, como consumo de gasolina, diesel, energia elétrica e geração de resíduo orgânico. A idéia é neutralizar o prejuízo causado por isso ao meio ambiente. No ano passado, as árvores foram plantadas no Estado do Rio.


Bons meninos


Bem cotados na RedeTV!, onde emplacaram o programa Brothers, os irmãos Suplicy contracenam com Papai Noel na festa de fim de ano da emissora. O Bom Velhinho é Marcelo Carvalho, marido de Luciana Gimenez, também conhecido como vice-presidente da casa.


Entre-linhas


Hebe Camargo enfim renovou contrato com o SBT. Dizem que as cifras acordadas esbarram nos R$ 500 mil mensais.


Você é mais um a apostar no fim próximo do Big Brother? Então anote aí: o canal pay-per-view aberto para a 9ª edição do reality show da Globo já acumula quase 14 mil assinaturas, 900% a mais que no ano passado.


Protógenes Queiroz, o delegado que deflagrou a Operação Satiagraha, senta-se hoje na mesma cadeira ocupada por Gilmar Mendes, o presidente do STF, há uma semana: no Roda Viva, pela TV Cultura, às 22h10.’


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