É paradoxal a posição do Diário do Pará. Com razão, proclama seu orgulho de ser o único jornal da terra filiado ao Instituto Verificador de Circulação. Mas na hora de divulgar sua vendagem, recorre ao Ibope, que é fonte de pesquisa muito menos autorizada em matéria de impresso do que o IVC. O Ibope mede audiência, enquanto o IVC atesta a circulação realmente paga. O que deduzir dessa contradição? De que muitos exemplares do Diário circulam como cortesia ou por alguma forma de comercialização que o IVC, muito rigoroso na aferição, não concordaria em computar, provavelmente porque a receita da venda não cobre o custo de produzir o jornal. O Diário paga caro para manter-se no IVC, mas não usufrui seu principal serviço, que é o selo atestando a circulação vendida.
Quando teremos a divulgação do primeiro boletim do IVC sobre o jornal do deputado federal Jader Barbalho? É a pergunta que a empresa, se quiser impor respeito, precisa responder. Quanto mais cedo, melhor.
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Jornalista, editor do Jornal Pessoal, Belém, PA