Manifestação de repúdio à Folha de S.Paulo, por ter se referido ao período de ditadura no Brasil como ‘ditabranda’, em editorial publicado no último dia 17/2 com o título ‘Limites a Chávez’, foi marcada para sábado (7/3), às 10h, em frente ao prédio do jornal, à rua Barão de Limeira, 425, no bairro dos Campos Elíseos, em São Paulo.
Uma das organizações que chama para a manifestação é o Movimento dos Sem Mídia, liderado por Eduardo Guimarães. Essa é uma das iniciativas que surgiram nos últimos dias como conseqüência daquela decisão editorial. O jornal chegou a publicar cartas de leitores que se mostraram indignados com a referência, mas em relação a dois deles, os professores Maria Victoria de Mesquita Benevides e Fábio Konder Comparato, da USP, fez uma nota em que os desqualificou, chamando-os de cínicos, ‘por nunca terem se manifestado contra as chamadas ditaduras de esquerda, como Cuba’. Dentro da própria Folha, houve manifestações públicas contrárias a atitude do jornal, como a do ombudsman, Carlos Eduardo Lins da Silva, no domingo (22/2), e a do editor de Brasil, Fernando Barros e Silva (24/2).
J&Cia constatou na internet mensagens de leitores indignados que não só repudiaram o texto como recomendavam o cancelamento maciço das assinaturas, como forma de protesto. J&Cia também apurou que a Folha deve voltar ao tema, de forma oficial, no próprio jornal, por orientação de sua direção.