O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) divulgou em Washington (EUA), no dia 11/3, seu relatório anual, ‘Ataques à imprensa em 2003’, que apresenta o panorama da liberdade de imprensa no mundo: 36 jornalistas mortos e 136 presos até o fim do ano. Pelo quinto ano consecutivo, a China é o país com o maior número de jornalistas presos [ver abaixo link para a íntegra em espanhol].
No ato de lançamento, a diretora do CPJ Gwen Ifill, moderadora e editora-chefe do programa Washington Week e chefe dos correspondentes do noticiário NewsHour with Jim Lehrer, da rede pública americana PBS, declarou:
‘Sentados aqui em Washington, cobrindo os conflitos do mundo de longe, é muito fácil perder de vista o fato de que os repórteres arriscam a vida por cada palavra que escrevem, por cada frase descritiva que pronunciam e por cada reportagem que fazem’. O relatório documenta casos de repressão aos meios de comunicação em 95 países, que incluem assassinato, agressão, prisão, censura e perseguição judicial. Ao documentar estes casos, o CPJ registra os seguintes fatos:
**
O número de 36 jornalistas mortos no cumprimento de seu trabalho em 2003 representa um brusco aumento em comparação com 2002, quando 19 jornalistas morreram no exercício da profissão. A guerra do Iraque, na qual 13 jornalistas (a terça parte das baixas jornalísticas do ano) morreram em atos hostis, foi a principal razão deste aumento.**
Pelo segundo ano consecutivo, 136 jornalistas foram presos por seu trabalho em todo o mundo. Pelo quinto ano consecutivo, a China foi o país com o maior número de jornalistas encarcerados, com um total de 39 jornalistas na prisão, seguida por Cuba, onde a maciça campanha contra a imprensa independente levou à prisão 29 jornalistas.******
O texto integral do relatório – em espanhol – está em (http://www.cpj.org/attacks03/lang/AtaquesPrensa2003.pdf). Os exemplares do livro (em inglês) podem ser encomendados na Brookings Institution Press (http://brookings.nap.edu/). O CPJ (www.cpj.org) é uma organização independente, sem fins lucrativos, radicada em Nova York, que se dedica a defender a liberdade de imprensa em todas as partes do mundo