Organizações de mídia indianas temem que a imposição de novas regras de transmissão, pelo governo, possa prejudicar a democracia e a liberdade de expressão no país. As autoridades querem adicionar emendas ao ato que regula as transmissões das redes a cabo depois que diversos canais receberam críticas de agências de segurança pela cobertura do atentado em Mumbai, em novembro passado.
Para os órgãos que zelam pela segurança do país, as emissoras foram irresponsáveis ao passar informações cruciais aos seqüestradores que mantinham reféns em dois hotéis e em um centro judaico. O governo pretende dar à polícia poder para verificar e aprovar transmissões noticiosas em determinadas circunstâncias.
No mês passado, a Associação de Emissoras de Notícias concordou em adotar diretrizes próprias. Elas determinam que não pode haver contato direto dos jornalistas com criminosos ou com reféns, menção a detalhes de operações de segurança e imagens de pessoas mortas. Ainda assim, o governo não se convenceu de que as emissoras irão respeitar as regras por livre e espontânea vontade. O mercado televisivo indiano conta com mais de 60 canais de notícias – em inglês e línguas regionais – competindo pela atenção de anunciantes e telespectadores em 80 milhões de lares. Informações da Reuters [13/1/09].