Achei muito interessante o tema proposto para votação na urna eletrônica do Observatório, ‘Quem deve discutir a atuação da imprensa? Os políticos / Os jornalistas / A sociedade’ [Nota do OI: às 10h32h de segunda-feira, 8/5, 88% dos 1.497 votantes indicavam a sociedade].
Se a imprensa deve analisar a si mesma, então o aluno pode corrigir suas provas e dar sua nota, e o Congresso está mais do que certo em deixar em suas próprias mãos a avaliação de seu ‘pífio’ desempenho. A imprensa tem ganhado a cada dia uma força com a qual ainda não sabe lidar. A maioria tem medo da imprensa, menos os anônimos que, em sua grande maioria, estão livres da contaminação da desinformação proposital promovida hoje em dia e da contra-informação encomendada por quem pode pagar.
Repórteres, editores e um sem-fim de agregados à imprensa mostram ser os guardiões da verdade, mas o que se vê é um jogo por audiência onde se vende o que for preciso para vencer a concorrência.
Doa a quem doer
Generalizações à parte, em todos os lugares há gente boa e ruim, mal e bem-intencionada. O problema é que quando se detém a formação de opinião não se pode pensar em ficar impune. A lei da semeadura pode levar um tempo, mas quando se efetua… a colheita é farta, sempre obedecendo à espécie plantada. O que nossa imprensa tem plantado? Que país devemos esperar como colheita? Nossos filhos vão crescer no país que a mídia está ajudando a ‘construir’.
Será que se consegue ser imparcial a ponto de admitir o próprio erro? Por que não se dedica o mesmo espaço às correções? No caso do dono da escola que foi destroçado moralmente, por que não se faz um grande programa de recuperação da imagem dele? Ele é só um exemplo do egoísmo que cada um de nós cultiva com carinho para dar prosseguimento à lei da vantagem. É hora de deixar a hipocrisia de lado e falar a verdade, doa a quem doer.
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Empreiteiro, Praia Grande, SP