Excelentes as observações de Nilson Lage [ver remissão abaixo] sobre a falta de ética de Larry Rohter ao levantar calúnia e emitir juízo de valor sobre os hábitos de Lula, presidente e cidadão brasileiro. Também cheguei a pensar que estava ficando doido, por discordar de grande parte da mídia sobre este assunto (aliás, ultimamente, no Brasil, o ato de discordar é cada vez mais confundido com loucura ou radicalismo, o que é preocupante).
O que não se pode ignorar neste e em outros factóides internacionais é que não existe neutralidade jornalística no mundo – especialmente nos EUA – quando estão em jogo interesses econômicos contrários aos seus, como é o caso do interesse brasileiro nos mercados da Ásia (China), da África e, eventualmente, do Oriente Médio. É muita petulância desse operário-presidente eleito querer diversificar nossas relações comerciais e afirmar nossa independência no cenário internacional!
Ora, não precisa ser inteligente para saber que, nestas situações, agir para desestabilizar governos com mentiras, calúnias e armas não é propriamente uma novidade para a turma de Washington.
O que me preocupa é o crescimento da intolerância em relação ao pensamento divergente, não lá – que após o 11 de setembro tudo é nóia e, portanto, encarado como ameaça à segurança nacional –, mas aqui mesmo. Estou me referindo a alguns de nossos coleguinhas que, ultimamente, sempre que alguém ousa divergir deles é tachado de governista ou, pior, adepto de teorias conspiratórias. É como se não se pudesse mais ligar dois neurônios ao ler uma notícia e ver outras intenções em suas entrelinhas… Parabéns, Nilson Lage, pela coragem de reafirmar seus valores éticos e prestar mais este relevante serviço ao nosso direito à liberdade!
Nivaldo Lemos, jornalista e publicitário, Rio de Janeiro
‘Pistoleiro da palavra’
Prezado jornalista Nilson Lage, ufa! Até que enfim uma matéria de um jornalista independente sobre um caso extremamente chato. A matéria desse ‘pistoleiro da palavra’ (conforme cunhou Neno Cavalcante, da Rede Diário do Ceará) é mais um jogo de mentirinhas bandidas, tão comuns no mundo ‘vencedor’, no mundo que ‘deu certo’, nas palavras dos coleguinhas jornalistas adoradores de cadáveres.
Não sei se no OI alguém disse que esse ‘jornalista’ estadunidense é um pistoleiro da palavra. Se não disseram, deveriam ter dito!
Nêdi Carlos da Rosa, autônomo, São Paulo
‘Carrascos’ da informação
O problema do povo ou de quem tenta fazer alguma coisa séria neste país é que alguns jornalistas, saídos dos bancos de uma faculdade, com experiência de vida zero, resolvem achar que, pela especialização, podem criticar e taxar toda e qualquer atitude dos ‘seres comuns’ como incompetente, suspeita, criminosa etc. etc. A mídia é intocável pelo ‘mentiroso’ direito de informar. A mídia hoje vive pelo e para o mercado. Preocupa-se em ‘faturar’ alto e para isso não mede os constrangimentos a que submetem as pessoas. Alcoolistas e drogados é que não faltam em nossa sociedade.
Possivelmente na mídia, os ‘carrascos’ da informação saíram todos de um santuário. Obviamente que atacar um deles, de preferência os de mau caráter, ofende até aqueles que sabemos serem pessoas honestas e sérias. Assim sendo, o cidadão comum e o presidente Lula, um ex-operário, não podem mesmo acusar um ‘jornalista-picareta’ de picareta, pois estarão ofendendo toda a classe.
Mas pode a imprensa acusar qualquer um do que bem entende, sem mesmo fazer prova, sob o manto discutível ‘do direito de informar’. Já fui vítima de jornalistas inescrupulosos que continuam por aí escrevendo o que bem entendem entre uma dose de uísque e uma carreirinha – nem por isso saí por aí difamando-os.
Jorge Quadros, policial, Brasília
Nunca se sabe
Parabéns pela matéria [remissão abaixo para ‘O estranho direito de ofender pessoas’, Nilson Lage], enfim alguém que esqueceu o corporativismo dos jornalistas que transformaram Lula, o chefe de Estado de uma nação, em agressor. Nunca se sabe o fundo político de uma matéria como a do NYT.
Alexandre Buhr, estudante, Recife
Estranha visão
Professor Nilson Lage, corretíssimas suas impressões sobre o affair, incluindo suas apreciações sobre o ministro Roberto Amaral. Ao lado do artigo de Jânio de Freitas da semana passada, foi o que li de mais sensato sobre essa estranha visão dos jornalistas sobre ética e liberdade de expressão. Saúde e um abraço.
Juvencio Arruda, documentarista, Belém