O New York Times irá reduzir à metade o número de artigos que usuários podem acessar gratuitamente em seu site, de 20 para apenas 10 por mês, noticia Mark Sweney [The Guardian, 20/3/12]. Um ano depois do lançamento de seu modelo de cobrança online, o jornalão atingiu a marca de mais de 454 mil assinantes.
A nova quantidade de artigos gratuitos passa a valer em abril. Depois de acessar 10 artigos, o internauta será avisado de que atingiu o limite mensal e será convidado a assinar um pacote digital. Mesmo com a redução, o jornal afirma que continuará “a permitir acesso a uma generosa quantidade de conteúdo gratuito em seu site e por meio de múltiplas plataformas digitais”. “Sabíamos que os leitores davam um alto valor a nosso jornalismo e antecipamos que eles responderiam positivamente a nossas assinaturas digitais”, declarou Arthur Sulzberger Jr., executivo-chefe da New York Times Company, sobre o sucesso da cobrança online.
Hoje, o NYTimes oferece três pacotes de acesso: 3,75 dólares por semana (em torno de 6,80 reais) para site e aplicativo para smartphones, 5 dólares (9 reais) para site e aplicativo para tablets, e 8,75 dólares (15,90 reais) para acesso a todos os produtos. Mas o sistema é mais poroso do que parece. Usuários que leem artigos a partir de links via email, mecanismos de busca ou mídias sociais “continuarão a ter acesso a estes artigos individuais, mesmo se tiverem atingido o limite máximo de artigos gratuitos”, afirmou o jornal. “Para algumas ferramentas de busca, usuários terão um limite diário de cinco links gratuitos para os artigos do NYTimes”. A seção das principais notícias do dia em aplicativos de tablets e smartphones permanecerá gratuita, e assinantes da versão impressa continuam a ter acesso ilimitado ao conteúdo digital. Em janeiro, o NYTimes aumentou o preço de capa da edição impressa de 2 dólares (3,64 reais) para 2,5 dólares (4,55 reais).