A jornalista Claudia Acuña passou a ser perseguida pela polícia e a justiça argentinas, segundo a organização Repórteres Sem Fronteiras [17/7/07], depois de denunciar a existência de uma rede de prostituição em Buenos Aires controlada por autoridades locais.
Fundadora da agência de notícias La Vaca e do jornal MU, Claudia está sendo processada por conta de suas alegações e foi multada em três mil pesos, resultado de seu ativismo em prol das prostitutas. Desde a semana passada, ela notou que policiais passaram a checar a identidade de pessoas que tentavam visitar sua casa.
Livro
As apurações de Claudia sobre prostituição na capital argentina levaram à publicação do livro Ninguna mujer nace para puta (Nenhuma mulher nasce para ser prostituta, tradução livre), em que a jornalista denuncia a exploração sexual de mulheres e o assédio que sofrem de autoridades policiais, judiciais e políticas.
‘É curioso que, quando um caso deste tipo [da rede de prostituição] é exposto, as autoridades miram no jornalista em vez de investigar as alegações’, afirmou a RSF. ‘As revelações de Claudia irritaram tanto assim? Aparentemente sim, a julgar o tratamento ultrajante que ela recebeu da polícia e de autoridades judiciais’.