A Fundação de Liberdades Civis, fundada pelo magnata russo exilado Boris Berezovsky, anunciou que pagará US$ 1 milhão para quem ajudar a solucionar o assassinato do jornalista ucraniano Georgiy Gongadze. O anúncio foi feito um dia após o presidente da Ucrânia, Viktor Yushchenko, pedir ajuda sobre o caso à comunidade internacional.
‘Nós pedimos a testemunhas que tenham informações significativas sobre o caso que forneçam evidências para a investigação, e nós estaremos prontos a pagá-las e a preservar sua identidade’, afirmou o presidente da Fundação, Alexander Goldfarb. Ele ressaltou que a decisão vem ao encontro da política da organização em ajudar no desenvolvimento democrático de ex-países soviéticos.
Seqüestro e assassinato
Gongadze foi seqüestrado e morto há cinco anos. Seu corpo foi encontrado, queimado e decapitado, em uma floresta nos arredores de Kiev, com sinais de espancamento e estrangulamento. O caso é considerado o maior escândalo do governo do ex-presidente Leonid Kuchma.
Pouco tempo antes do assassinato, o jornalista havia denunciado um alto esquema de corrupção governamental. Uma fita de áudio gravada por um ex-segurança de Kuchma mostraria o então presidente ordenando que ‘se livrassem’ de Gongadze – acusação negada por Kuchma, que contesta a autenticidade da gravação.
Três suspeitos pelo crime já foram presos, mas até hoje o caso não teve solução. Ao tomar posse, no começo deste ano, o reformista Yushchenko prometeu investigar a fundo a morte do jornalista. Informações do MosNews [8/10/05].