O repórter de rádio mexicano Marco Aurelio Martínez Tijerina foi sequestrado na sexta-feira por desconhecidos armados e encontrado morto a tiro no dia seguinte na cidade de Montemorelos, estado de Nuevo León, segundo informações da imprensa local. As autoridades mexicanas devem investigar exaustivamente este ataque e processar todos os responsáveis, afirmou hoje o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ).
Martínez, de 45 anos, repórter da emissora de rádio XEDD La Tremenda em Montemorelos, foi sequestrado na tarde de sexta-feira por desconhecidos, segundo as matérias da imprensa. Os agressores, que estavam em três veículos, interceptaram Martínez quando ele dirigia em Montemorelos e o forçaram a entrar em um dos veículos, revelou a organização de imprensa Centro de Jornalismo e Ética Pública, CEPET.
A polícia encontrou seu corpo espancado no sábado, junto a uma estrada rural próxima da fronteira norte de Nuevo León. O jornalista foi atingido por um tiro na cabeça, informou a Agence France-Presse.
Martínez noticiava sobre diferentes temas locais, incluindo política, mas se mantinha distante da cobertura de temas perigosos, como criminalidade, segundo uma repórter da La Tremenda que pediu para que seu nome não fosse revelado por temor de represálias. Martínez, um jornalista com mais de uma década de experiência, também trabalhou como correspondente da TV Azteca e W Radio.
‘Estamos chocados com o assassinato do jornalista Marco Aurelio Martínez, mais uma vítima da onda de violência que atinge a imprensa no México’, afirmou Carlos Lauría, coordenador sênior do programa das Américas do CPJ. ‘Solicitamos às autoridades mexicanas que investiguem este crime e processem os responsáveis’.
As autoridades locais não identificaram nenhum suspeito, nem informaram os possíveis motivos por trás do crime. O CPJ continua investigando para determinar se a morte de Martínez está relacionada com seu trabalho.
O México é um dos países mais perigosos para a imprensa, segundo a pesquisa do CPJ. Mais de 30 jornalistas foram assassinados e desapareceram desde que o Presidente Felipe Calderón iniciou seu mandato, em 2006.