Sem reserva moral que seja exemplo, sem credibilidade e jogado num lamaçal de corrupção X impunidade, o Congresso Nacional, falando especificamente do Senado, está paralisado em termos de projetos voltados para a sociedade e, ao mesmo tempo, em movimento retilíneo uniforme quando o assunto é limpeza dos bueiros do subterrâneo da Casa.
Vivendo das ‘surpresas’ administrativas e das exposições negativas das ações parlamentares, pouco ou quase nada se faz de concreto e produtivo, em termos de trabalho.
Aliás, trabalho é uma palavra que não existe na cartilha desses tais representantes do povo. Isso porque a atuação dos senadores está voltada para resolver problemas internos, imagem corporativa e uma busca desesperada em mostrar para mídia que o Senado funciona. Mas, o que é mesmo que o Senado faz?
Faltando ainda um ano e poucos meses para as eleições de 2010, parece mesmo que os políticos, marqueteiros de plantão e até mesmo uma parte da imprensa não entenderam que o próximo pleito não é feito apenas para a escolha do presidente da República.
É bom estarmos antenados e de olhos bem abertos para as possíveis candidaturas ao Congresso Nacional. A eleição pode renovar mandatos (deveriam ser ‘mandados’) de elementos, podemos até dizer, de alta periculosidade, que se perpetuam no poder fazendo o que sempre fizeram: nada.
Uma reformulação operacional e administrativa
O debate sobre esta temática tem que ser provocativo, sim. Porque teremos de escolher, selecionar entre ruins e ruins. E, portanto, cabe a nós exercitarmos a reflexão visando a limpar essa escória que está impregnada no Congresso Nacional.
Numa Casa renovada, projetos parados, engavetados e adormecidos voltam à mesa. O Congresso precisa trabalhar. Estamos pagando essas pessoas para viveram inoperantes profissionalmente.
O momento é de acordar. A eleição de 2010 tem que trazer novos quadros que possibilitem uma oxigenação política, para não dizer uma lavagem geral na corte.
A renovação pede ainda uma reformulação operacional/administrativa do próprio Congresso para que as práticas abusivas, imorais (tipo a história das passagens aéreas, os atos administrativos totalitário, entre outros) sejam punidas e banidas.
Dessa forma, uma nova Casa do Povo nascerá para consolidar a democracia. Sem a qual a imprensa não é livre e a sociedade está morta na sua possibilidade de escolha.
De certa forma, estamos vivendo isso mesmo.
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Socióloga e jornalista, especialista no Ensino da Comunicação Social, professora do curso de Jornalismo em Multimeios da Universidade do Estado da Bahia (UNEB Campus III – Juazeiro), nas disciplinas Jornalismo Online, Temas Especiais, Administração de Empresa Jornalística e TCC e professora do curso Com. Social Hab. Publicidade e Propaganda da Faculdade São Francisco de Juazeiro nas disciplinas Comunicação Institucional, Sociologia, TCC e Mídia