‘Foi manchete no ‘Los Angeles Times’ e no ‘Washington Post’ e depois na Globo News e demais canais de notícias pelo mundo.
O secretário-geral Kofi Annan lançou seu plano de mudanças para a ONU. Propõe, no que mais chamou a atenção do ‘WP’, um tratado antiterror ‘rigoroso’ e a ‘revisão geral da desacreditada comissão de direitos humanos’.
Também em destaque nos jornais americanos, a ampliação do Conselho de Segurança ‘antes do fim do ano’:
– Annan deu apoio ao esforço de Índia, Brasil, Alemanha e Japão, que querem cadeiras permanentes, para que um acordo [sobre o Conselho] não possa ser bloqueado por um membro isolado da ONU que se oponha a suas candidaturas.
O ‘New York Times’, no site, nem citou tal apoio, mas a Globo News fez festa:
– Annan defendeu a ampliação do Conselho e reconheceu o peso crescente do Brasil no cenário internacional, no momento em que o país pleiteia uma cadeira permanente.
DE WASHINGTON AO CAIRO
Enquanto não sai a cadeira na ONU, os tempos são de contatos entre o governo brasileiro e o americano.
O ministro José Dirceu, segundo o site de Claudio Humberto, conversou dias atrás com o vice dos EUA, o ‘falcão’ Dick Cheney, por telefone. E hoje, anunciou o ‘Financial Times’, começa a visita do também ‘falcão’ Donald Rumsfeld, secretário da Defesa, a Brasil e Argentina. Vai defender, diz o jornal, ‘sua campanha por apoio regional à política contra o terror e as drogas’.
De um lado, José Dirceu. Do outro, Celso Amorim.
A BBC Brasil segue o chanceler pelo Oriente. Um enviado ao Cairo, no Egito, entrevistou na semana passada empresários árabes e brasileiros sobre as ‘oportunidades comerciais’, a dois meses da cúpula de países do Oriente Médio e América Latina, no Brasil.
E outro enviado da BBC Brasil relatou de Nova Délhi, na Índia, o plano anunciado pelo G20, grupo de países em desenvolvimento coordenado por Amorim, propondo o fim dos subsídios agrícolas em cinco anos.
Memória
Nos EUA e pelo mundo, não querem deixar que Dorothy Stang seja esquecida.
Na semana passada, o britânico ‘Guardian’ abriu e encerrou a sua reportagem do encontro de ministros do G8, sobre meio ambiente, citando a luta e o ideal da missionária americana.
E ontem o ‘New York Times’ publicou longa reportagem sobre o irmão de Dorothy, de Denver, Colorado, que tomou como ‘missão’ evitar que distorçam a ‘memória’ de Dorothy. Por exemplo, ao contrário de João Paulo 2º, ‘ela nunca se afastou’ da teologia da libertação.
Despertar
É tudo tão descarado, com Severino Cavalcanti, que as histórias não param. Na CBN, lá estava ele justificando os R$ 30 bi em gastos públicos. Os projetos ‘dormiam’, ele os despertou.
Sobre a indicação do filho para um emprego federal, declarou na Globo Online que José Cavalcanti ‘cursou universidade, defendeu tese’, portanto:
– Faço o que a sociedade quer e a imprensa também.
E tem mais. Nos sites das agências Nordeste e Estado, avisou que não aceita ministério ‘sem expressão’. Exige Comunicações ‘ou equivalente’.
SEM BOLHA
Os blogs brasileiros Blue Bus e Nomínimo Weblog destacaram nova pesquisa da Nielsen sobre a web mundial, no final da semana. Não são boas notícias para os entusiastas da ‘nova bolha’. O tempo médio gasto pelos americanos ‘on-line’ caiu 2% em um ano. Entre os países que tiveram ‘crescimento mínimo ou nenhum estão Brasil, Alemanha, Espanha e Reino Unido’.
Em compensação, Hong Kong, na China, saltou 25% -e os franceses saltaram 19% e já gastam mais tempo ‘on-line’ por mês do que americanos e brasileiros.
nielsen-netratings/Reprodução
MAIS SOFTWARE LIVRE
Ex-ministro de FHC, Luiz Carlos Bresser-Pereira deu, em seu blog, apoio crítico ao software livre de Lula:
– No quadro de mais um governo sem estratégia nacional de desenvolvimento, merece apoio o trabalho do Instituto de Tecnologia da Informação de definir uma política de substituição de softwares pagos por livres no governo. As economias já realizadas são estimadas em R$ 28 milhões e poderão ser muito maiores.’
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‘Os interlocutores’, copyright Folha de S. Paulo, 18/03/05
‘Saiu o novo representante comercial dos EUA, o homem que vai negociar a Alca com o Brasil.
É deputado por Ohio, elogiado pela associação das indústrias dos EUA, segundo a BBC Brasil, por seus votos quase sempre (85%) favoráveis aos ‘interesses da indústria’.
O próprio George W. Bush, segundo o site da Casa Branca, saudou ‘o incansável defensor dos empresários da América’, que ‘sabe que os fazendeiros americanos podem competir em qualquer lugar se as regras forem justas’.
Entre as tarefas do incansável protetor da América, Bush citou pela ordem os acordos bilaterais e, depois, a Alca.
Foi o ‘Wall Street Journal’ que deu anteontem a indicação do ultraconservador Paul Wolfowitz, pelo presidente Bush, ao Banco Mundial.
E ontem um editorial, sempre ultraconservador, do ‘WSJ’ deu indicações do que Wolfowitz vai encontrar na instituição e o que ele pode fazer.
Para começar, ‘70% dos fundos do Banco Mundial vão para 11 países que já têm acesso fácil ao mercado de capitais, como o Brasil e a China’.
E outros países, sem o mesmo acesso, ‘seguem pobres’ devido à corrupção ou desordem com os fundos. Mas a partir de agora ‘os Mugabes do mundo’ vão se ver com ‘o homem que encarou Saddam Hussein’.
Coincidindo com as duas indicações, o ‘Miami Herald’ publicou artigo questionando o desejo dos EUA por uma ‘parceria de verdade’ com a América Latina em geral e com o Brasil em particular.
Isso, por mais que a secretária Condoleezza Rice esteja ‘usando o cargo para chamar a atenção para as necessidades dos pobres da região’.
JÁ A Comissão de Proteção a Jornalistas enviou uma carta ao ditador Fidel Castro, destacada no site da entidade, no ‘Miami Herald’ e em outros, cobrando a libertação de 23 jornalistas ‘imediatamente’. Entre os mais de 100 signatários, o mexicano Carlos Fuentes, o argentino Tomás Eloy Martinez e o brasileiro Rosenthal Calmon Alves
AOS POBRES
Os sites do ‘New York Times’ e outros jornais -além de vários e-mails recebidos- informavam ontem que o Media Lab, do Massachusetts Institute of Technology (MIT) dos EUA, enviou uma carta ao governo brasileiro ‘recomendando instalar software livre, em vez daquele oferecido pela Microsoft, em milhares de computadores que serão vendidos aos pobres’.
Segundo o texto no ‘NYT’, ‘Lula e vários ministros podem decidir ainda nesta semana’ sobre a questão. E as pressões estão soltas.
Bode severino
A Folha Online destacou que a Câmara de Severino Cavalcanti mudou o relator e adiou a instalação da ‘CPI do setor elétrico’. E um blogueiro já saiu dizendo que a CPI foi o ‘bode na sala’, nas negociações pelo Ministério das Comunicações.
Boiada severina
Mas a Câmara severina a cada momento tem um novo ‘bode’. O Jornal Nacional usou outra metáfora, ao falar dos delegados com salário de desembargador e outras leis: ‘estouro da boiada’. Mais da Globo:
– É festa com dinheiro público. Quem paga a conta?
O inverso
Em contraste, como noticiaram UOL e outros:
– Um dia depois de a Câmara anunciar o aumento das verbas de gabinete, o Senado optou pelo caminho inverso.
Mas o Senado de Renan Calheiros também lançou seu ‘bode’ em pele de CPI.
Barracas
As várias Globos prosseguem na cobertura do ‘caos’ na saúde do Rio, com cenas de hospitais em barracas militares.
Mas o prefeito Cesar Maia ameaça reagir, afinal, e já teria pedido de volta dois hospitais sob intervenção.
DOIS AGENTES
A Febem ainda nem saiu da TV e já vem o Cadeião de Pinheiros.
Foi destaque ontem por toda parte, a começar do policialesco Brasil Urgente, da Bandeirantes, do SPTV, da Globo, e dos respectivos canais de notícias, a morte dos ‘dois agentes penitenciários’ durante uma rebelião de presos, em São Paulo.
A exemplo do que se viu semanas antes com a Febem, um secretário estadual surgiu na Globo para insinuar que a responsabilidade pode ser dos próprios funcionários. Talvez dos dois agentes.’
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‘Caos e tumulto’, copyright Folha de S. Paulo, 17/03/05
‘Nos telejornais nacionais, rádios e sites, os enunciados juntavam as duas cidades. Na oitava manchete do Jornal Nacional:
– Greve nos transportes provoca violência e tumulto em São Paulo e no Rio.
Na primeira manchete da Folha Online, à tarde:
– Caos no transporte. Greves em São Paulo e Rio prejudicam 4 milhões.
Também a Globo, à tarde, chegou a falar em ‘caos’, para descrever São Paulo. Para o Rio, preferiu ‘tumulto’.
Foram os telejornais regionais, sobretudo os sensacionalistas, que se atiraram com maior entusiasmo sobre o caos e o tumulto.
José Luiz Datena, animador do Brasil Urgente, da Band, saiu a atacar governantes atuais e anteriores de todas as esferas, além de trabalhadores e empresários dos transportes.
O SPTV, contido na crítica, foi extenso na cobertura, com helicópteros mostrando ônibus incendiados desde a manhã em toda a periferia.
O mesmo fez o RJTV, com cenas de menor dramaticidade, mas com os mesmos feridos nos ‘confrontos’ e os mesmos ônibus depredados -até mesmo, segundo o Jornal da Record, por ‘tiros’.
Nos telejornais nacionais, anunciou-se afinal que a greve do Rio foi suspensa.
Em São Paulo, segundo a Globo, os perueiros encerraram o dia apontando interferência das empresas de ônibus nas negociações -enquanto a prefeitura ameaçava descredenciar e ‘transferir os serviços às empresas de ônibus’.
Pelo jeito, o caos continua.
E prosseguia ontem o ‘caos na saúde’ do Rio. A novidade, segundo o JN:
– O Exército é chamado na crise dos hospitais municipais do Rio.
Mas o que causa espécie é o silêncio do prefeito Cesar Maia, que, segundo a Globo, ‘ainda não se manifestou’ sobre as críticas do Ministério da Saúde -ou, pior, sobre manchetes como a do carioca ‘O Globo’, ‘Liminar impede Cesar de cortar remédio de hospitais’.
O site carioca Nomínimo não se agüentou e fez enquete com a pergunta:
– Cesar Maia perdeu inteiramente a razão?
Para 25% dos internautas, sim. Para 13%, não. Para 61%, ‘ele nunca teve esse troço’.
AS DUAS MAIORES Ônibus em chamas em São Paulo (à esq.) e atingidos até por ‘tiros’ no Rio carregaram os telejornais de ontem de imagens aterrorizantes das ‘duas maiores cidades do país’
Bagunça federal
Como brincava ontem o site Nomínimo, ‘nada como o caos urbano para a gente esquecer a bagunça federal’.
Nem toda a bagunça: a sétima alta nos juros foi destaque em toda parte, dos sites ao JN, assim que saiu.
Sem graça 1
Mas Severino Cavalcanti e a elevação nas verbas de gabinete, diante do ‘caos urbano’, foram para segundo plano. No Jornal da Band, até seu encontro com militantes homossexuais teve mais atenção.
O JN, de todo modo, deu como segunda manchete, com cena do plenário e a ironia de Fátima Bernardes:
– Alegria na Câmara. Deputados aprovam aumento de gastos nos gabinetes.
E mais, ‘depois da derrota na proposta de aumentar os próprios salários’, agora ‘a decisão partiu do próprio presidente da Câmara’.
Sem graça 2
Severino já surpreende -ou assusta- Wall Street.
O site da Bloomberg noticiou, em título, que ele ‘pressiona por corte de impostos e aumento de gastos’. Em Nova York, o economista-chefe do Lehman Brothers para a América Latina saiu analisando:
– Severino é um problema: ele quer gastar mais. Parte do que está fazendo agora mesmo é garantir que seu partido se beneficie disso.
Doce e amarga
Foi quase nula a repercussão no exterior dos tais ‘20 anos de democracia’.
No site do ultraconservador ‘Washington Times’, lia-se um artigo que citava a data como ‘20 anos desde que começou a transição da ditadura militar’. No fim do texto:
– Tem sido uma mistura doce e amarga para o Brasil. E isso, afinal, é o que significa a verdadeira democracia.
ACESSO
Ciência em Dia, o blog de Marcelo Leite, colunista da Folha, mostrou como os ‘americanos controlam acesso a periódicos científicos’. Citou levantamento de dois pesquisadores que apontou a maioria de americanos (54%) no comando dos 240 periódicos de primeira linha. Mas ‘não é uma conspiração com intenções ocultas’. Apenas reflete a hegemonia em pesquisa.’
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‘Nunca mais’, copyright Folha de S. Paulo, 16/03/05
‘Do JN, em manchete:
– O aniversário da nossa democracia.
Na mesma Globo, de um comentarista:
– Ditadura nunca mais.
À tarde, ao vivo na Globo News, José Sarney, ACM, Marco Maciel, Jorge Bornhausen e outros comemoraram ‘os 20 anos da democracia’.
Ninguém lembrou que o ‘histórico’ 15 de março não assistiu à posse de um presidente eleito pelo voto, mas pelo ‘colégio’. Nem que os protagonistas do aniversário foram os mesmos que articularam e votaram contra as diretas.
Na ‘comemoração’, ontem, não faltou nem trecho inédito das memórias de Sarney, sobre o grande 15 de março de 1985, no blog de Ricardo Noblat. Termina com o general Lêonidas Pires Gonçalves:
– Bom dia, presidente.
E duas décadas depois a ONG Transparência Brasil encomendou pesquisa em 143 cidades. Resultado, na manchete do Jornal da Band:
– Onze milhões receberam ofertas para vender o voto nas eleições de 2004.
No registro da Globo, 9% dos brasileiros foram abordados por políticos que ofereciam ‘dinheiro ou algum bem material em troca de voto’.
HOLOFOTES
Em programa de meia hora com duas entrevistas ao vivo, de Washington e Ohio, reportagem de um enviado ao Brasil e imagens da devastação na Amazônia (à esq.), a CNN voltou a tratar da morte de Dorothy Stang. Avaliou que ‘os holofotes sobre o Pará se apagam, mas a batalha pelo futuro da Amazônia continua’
É guerra
Com as derrotas de Geraldo Alckmin e Lula nos respectivos legislativos, o JN carregou no drama, na escalada:
– A guerra política nacional se reflete também na Assembléia Legislativa de São Paulo.
A guerra atinge as campanhas de Lula e Alckmin e favorece seus adversários, inclusive um eventual tucano.
Já o pefelista Cesar Maia pode ter o governo paulista na mão no ano eleitoral, se Alckmin sair, cedendo o cargo ao vice, do PFL. Mas Maia também tem os seus problemas. Primeira manchete do JN, ontem:
– Crise nos hospitais do Rio ganhou mais um problema: o prefeito Cesar Maia demitiu 280 funcionários.
Outros EUA
Como destacou o blog brasileiro de Tiago Dória, saiu mais um prêmio para blogs nos EUA, os ‘Bloggies’. Em política, venceu Wonkette, ou melhor, Ana Marie Cox, a satirista que explora, entre piadas sexuais e palavrões, os bastidores da Washington da George W. Bush.
A mais cara
O Corinthians virou assunto quase diário nos jornais argentinos e de toda a América Latina, por razões óbvias, mas agora chegou ao ‘New York Times’. Sob o título ‘Retorno do investimento’, o diário avaliou ontem que ‘a equipe mais cara jamais montada’ nas Américas começa a dar resultado.
O PETRÓLEO É NOSSO
Ilustração no ‘FT’
Prosseguia ontem, no ‘Washington Post’, o cerco ao presidente venezuelano, Hugo Chávez. Coisas como ‘ele assinou acordo recente’ para vender petróleo à China ou ‘ele sugeriu que pode ‘usar petróleo’ para combater o poder americano, em entrevista recente à Al Jazira’.
Se o petróleo venezuelano ameaça secar, os olhos se voltam para outras fontes. Segundo o ‘Financial Times’, citando relatório da PFC Energy e da Agência Internacional de Energia, entre projetos de prospecção ‘há muito aguardados’ e que começarão a produzir neste ano estão ‘várias plataformas no Brasil’.
No México, também fornecedor dos EUA, mas em queda, o mesmo relatório causou alarme. Segundo o ‘El Universal’, citando a estatal Pemex, ‘o México está a ponto de perder para o Brasil a liderança da produção na América Latina’. Mais importante, ‘no curto prazo a indústria petroleira brasileira sairá à caça da porção [de mercado] que o México detém nos EUA’.’
FSP / FREE-LANCERS DEMITIDOS
‘Free-lancers contratados depois de fiscalização na Folha’, copyright Comunique-se (www.comuniquese.com.br), 16/03/05
‘Depois que as redações da Folha de S. Paulo e da Folha Online receberam fiscais da Delegacia Regional do Trabalho no último dia 10/03, que, segundo o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo, deu um prazo para que a empresa regularizasse a situação de muitos free-lancers, alguns profissionais estão sendo efetivados, outros dispensados. Fontes na redação da Folha afirmam que a informação que circula no mercado de que há mais contratados do que dispensados não é correta.
‘Parece que a ordem na Folha é não contratar mais free-lancers’, disse Fred Ghedini, presidente do SJPSP.
Procurada pelo Comunique-se, a direção da Folha não quis se pronunciar.
Desde o dia 10/03, o Conselho Sindical, formado por sindicatos, inclusive o de jornalistas de São Paulo, e também por representantes da Delegacia Regional do Trabalho, tem feito comandos de fiscalização em diversas empresas, inclusive jornalísticas. Até agora, 19 veículos de Comunicação em todo o Estado de São Paulo foram fiscalizados. O objetivo dos comandos é apurar irregularidades nas contratações de Jornalistas, Radialistas e Trabalhadores em Editoras de Livros.’
FSP
CONTESTADAPainel do Leitor, Folha de S. Paulo
‘Cartas de Leitores’, copyright Folha de S. Paulo
’19/03/05
Reforma ministerial
‘A nota ‘Faca no pescoço’ (‘Painel’, Brasil, pág. A4, 18/3) carece de lógica regimental e, principalmente, política. O que se insinua ali não faz parte da minha biografia nem da minha atuação parlamentar. Sobre a coleta de assinaturas para CPIs, equivocadamente mencionada na nota, trata-se de informação inverídica. Como presidente do Senado, tenho atuado para dirimir as tensões que sempre existem no cenário político nacional. Conforme a própria Folha e outros veículos têm registrado na cobertura jornalística do Congresso Nacional, tenho colaborado para conduzir as negociações sobre a reforma ministerial na direção de consolidarmos uma coalizão. Além disso, tenho reiterado que a reforma e seu tempo cabem ao presidente da República.’ Renan Calheiros, presidente do Senado (Brasília, DF)
Fomento ao teatro
‘Ao chegar de viagem feita ao exterior, surpreendi-me por saber que foi recebida com incompreensão a nossa determinação de melhorar o Programa Municipal de Fomento ao Teatro (‘São Paulo interrompe ajuda às companhias de teatro’, Ilustrada, 9/3). A reportagem induz a confusão porque seu título fala de ‘interrupção’, quando, como revela o texto, houve uma suspensão do processo para melhorar aspectos que eram objeto de reclamações de integrantes da classe teatral. Em momento nenhum a minha administração pensou em extinguir o Programa Municipal de Fomento ao Teatro. Pelo contrário, queremos ampliá-lo, adequá-lo do ponto de vista legal e aperfeiçoá-lo quanto ao seu alcance. Tal aperfeiçoamento objetiva ampliar e consolidar a participação da prefeitura no desenvolvimento do teatro paulistano.’ José Serra, prefeito (São Paulo, SP)
Resposta do jornalista Valmir Santos – A reportagem traduziu o que o Departamento de Teatro anunciou: o Programa de Fomento está suspenso. O último edital, previsto em lei, não foi homologado.
Governo de SP
‘Sob o título ‘Longa vida’, a coluna ‘Painel’ (Brasil) de 14/3 publicou, entre aspas, como se fosse afirmação minha, que ‘(…) um deles (referindo-se ao deputado João Paulo e à ex-prefeita Marta Suplicy) será o futuro governador de São Paulo’. Na minha festa de aniversário, em nenhum momento foi feita referência a eventuais pré-candidatos do PT ao governo do Estado de São Paulo. Nem, muito menos, eu fiz, em agradecimento aos presentes, essa afirmação, totalmente inverídica. Peço, portanto, a devida retificação.’ Ricardo Zaratini, deputado federal -PT-SP (Brasília, DF)
Resposta da jornalista Vera Magalhães, do ‘Painel’ em Brasília – A declaração do deputado foi relatada à Folha por participantes de sua festa de aniversário.
ESTADÃO
PREMIADOCarlos Franco
‘‘Estado’ é eleito o mais confiável’, copyright O Estado de S. Paulo, 20/03/05
‘Os jornais O Estado de S. Paulo e Jornal da Tarde, ambos do Grupo Estado, foram os que apresentaram as melhores pontuações em suas categorias no Painel de Marketing de Veículos (PMV) 2005. O PMV, realizado pela Singular desde 1992, é uma das pesquisas com maior grau de confiabilidade do mercado editorial.
Na edição deste ano, a pesquisa ouviu a opinião de 117 executivos de empresas anunciantes e agências de propaganda. No total foram consultadas 93 empresas, que resultaram em 95 entrevistas, mais 58 agências de publicidade, com 82 entrevistados.
Os dados conclusivos apontam que, com avaliação de zero a cinco, o Estado se sai melhor em qualificação de público, credibilidade editorial, eficácia para o anunciante e política comercial mais coerente que o concorrente mais próximo, a Folha de S. Paulo (conforme tabela ao lado).
O Jornal da Tarde, entre os chamados veículos de comunicação populares, obteve as melhores médias nos mesmos quesitos, na comparação com o Diário de S. Paulo, das Organizações Globo, e o Agora, da Folha da Manhã, a mesma empresa que edita a Folha de S. Paulo.
A oferta de inovações ao mercado publicitário, um dos quesitos mais importantes na avaliação de anunciantes e agências de publicidade, também foi o ponto forte da avaliação do Estado.
A reforma gráfica feita em outubro, com diagramação – disposição dos assuntos nas páginas – que facilita a leitura e a criação de novos cadernos, como Casa&, Link, Aliás, Metrópole, Negócios e TV&Lazer, foi bem recebida pelo mercado, que não só a aprovou como deixou isso claro na avaliação.
Mais: o jornal trouxe novidades na forma de anunciar e foi pioneiro na América Latina na veiculação de anúncios com aroma.
Para o diretor de Mercado Anunciante do Grupo Estado, Marcos Nogueira de Sá, as inovações são resultados de acordos com fornecedores. Ele cita o exemplo da Croma, indústria que desenvolveu microcápsulas aromatizadas – são amarelas e exalam o cheiro ao menor toque, sem ser preciso que o leitor esfregue o dedo num local indicado, como outras soluções impressas. A idéia, testada com sucesso pela gráfica do Estado, passou a fazer parte do projeto Solução Estadão, com a qual a área comercial leva inovações aos anunciantes.
A reforma do caderno de Classificados, com os assuntos identificados por cores, teve o intuito de dar mais agilidade ao produto e adequá-lo ao projeto gráfico editorial.
As reportagens dos Classificados também realçam a credibilidade do veículo.
‘É esse compromisso com as inovações que faz com que o Grupo Estado conquiste uma boa avaliação. Mais: o relacionamento, que é uma palavra-chave nas relações entre os meios de comunicação e as agências de publicidade, é estreito’.
Nesse ponto, a PMV 2005 aponta que a área comercial do Grupo Estado está muito mais presente que os concorrentes na oferta de soluções.
Para a alegria de Nogueira de Sá, a equipe de vendas do Grupo Estado foi apontada como a que oferece a melhor política do setor. É proativa e são mais práticos e objetivos nas visitas.
O Prêmio de Mídia do Grupo Estado, que envolve, além dos jornais, a rádio Eldorado e a Agência Estado, também foi apontado como eficiente tanto pelos anunciantes como pelas agências de publicidade.
‘Tudo isso se traduz em estímulo para uma equipe sempre disposta a oferecer soluções em um produto que goza de grande credibilidade no mercado e tem um leitor qualificado.’
O diretor de Mercado Leitor do Grupo Estado, Antônio Hércules, destaca que, ao longo do PMV, o Estado tem sido percebido como o de maior credibilidade editorial em relação à Folha de S. Paulo, tanto na avaliação dos anunciantes como dos executivos das principais agências de publicidade do País. A média tem sido de 4,7 – numa variação de 0 a 5 – enquanto o concorrente tem se situado entre 4,3 e 4,4.
A eficácia para o anunciante é outra característica do jornal apontada na PMV.
‘A diferença é que o Estadão funciona’, disse Nogueira de Sá, parodiando o slogan dos Classificados.
Para Hércules, é o público qualificado, um dos grandes diferenciais do jornal que tem uma trajetória de 130 anos, dos quais 125 anos independentes, com opiniões firmes e um espaço democrático e plural das idéias.
O Jornal da Tarde, por sua vez, tem se firmado como um dos mais completos jornais populares do País, oferecendo serviços e informações com credibilidade aos seus leitores.’