The New York Times preparou uma surpresa desagradável para seus fotógrafos free-lancers: um novo contrato de prestação de serviços que garante ao jornal todo o lucro obtido com a venda posterior das fotos produzidas por esses profissionais. Isso quer dizer que eles estariam abrindo mão de qualquer direito sobre seu trabalho para o jornal. Os fotógrafos, em sua maioria, ficaram irados com a nova imposição do Times, que não aceita discutir o assunto. O porta-voz do diário, Toby Usnik foi categórico: ‘A decisão é do free-lancer‘. Para aumentar ainda mais a insatisfação dos fotógrafos, os cachês (US$ 150 para um trabalho em Nova York, US$ 200 para outras partes dos EUA e US$ 250 para o exterior) não aumentam desde a década de 80 – e não há previsão de aumento. A American Society of Media Photographers (ASMP) e a Editorial Photographers (EP), entidades que representam os profissionais, pediram que eles não assinassem o contrato. No entanto, há fotógrafos que aceitaram as novas condições de trabalho. John Marshall Mantel, por exemplo, se subscreveu assim que o recebeu. ‘A quantidade de satisfação criativa e profissional que obtenho por trabalhar no Times não me dá motivo para implicar com o contrato’. Com informações de Jay DeFoore [Photo District News, 11/3/04].
Filme de Gibson abre os olhos da indústria cinematográfica
O grande sucesso de bilheteria de A Paixão de Cristo, de Mel Gibson, está fazendo os executivos de Hollywood questionarem se existe um público ávido por filmes religiosos que não está sendo atendido pela indústria cinematográfica. A Paixão deve render US$ 300 milhões. Segundo pesquisa do Gallup, 11% dos americanos já o assistiram e outros 34% ainda têm a intenção de vê-lo. A resposta a esse fenômeno pode ser uma onda de filmes baseados na Bíblia. A rede NBC está produzindo o piloto de uma série ‘na linha de Arquivo X ‘, baseada no Livro das Revelações. No seriado, uma freira e um cientista cético começam a acreditar na Sagrada Escritura quando percebem que eventos do Apocalipse estão acontecendo. A ABC exibiu recentemente um filme sobre o traidor Judas que tinha guardado, mas não obteve boa audiência. Alguns produtores acreditam que o caminho certo não é fazer um monte de filmes bíblicos. A Paixão só teria sido um sucesso por causa da polêmica envolvendo o catolicismo extremamente conservador de Gibson e grupos judaicos que protestaram contra a proposta supostamente anti-semita do filme. Uma opção interessante pode ser a escolha dos estúdios Disney, que planeja fazer um filme baseado em livro de C. S. Lewis, autor infantil cristão muito popular. Com informações do New York Times [15/3/04].