RÁDIO
Ethevaldo Siqueira
Antes de Marconi, o padre Landell de Moura
‘Se você, leitor, nunca ouviu falar no padre Roberto Landell de Moura, não se preocupe, porque a maioria esmagadora das pessoas cultas deste País também não, exceto aqueles que, por razões profissionais, têm alguma familiaridade com a história do rádio e das telecomunicações no Brasil.
De qualquer forma, vale a pena conhecer o trabalho desse padre gaúcho, que, antes de Guglielmo Marconi, fez experiências bem-sucedidas de transmissão sem fio da voz humana e de sinais telegráficos pela atmosfera.
Convenci-me ainda mais dos méritos e do valor desse inventor após a leitura do livro do jornalista Hamilton Almeida, Padre Landell de Moura – Um Herói sem Glória (Record, 319 págs.), o mais completo trabalho biográfico sobre esse sacerdote e cientista.
Lembro-me da primeira biografia que li desse padre genial no início dos anos 1970, de autoria de seu conterrâneo, Ernani Fornari, publicada em Porto Alegre em 1960, pela Editora Globo, sob o título de O incrível padre Landell de Moura. Fornari me provou que sua tese não era patriotada, tal a quantidade de documentos e testemunhos apresentados. Há mais de 30 anos, portanto, já me havia convencido de que o padre Landell teve, realmente, todos os méritos para ser considerado um dos precursores mais notáveis do rádio e da comunicação sem fio, no final do século 19 e começo do século 20, especialmente por ter feito em 1893 e 1894 diversas transmissões da voz humana, entre a recém-inaugurada Avenida Paulista e a colina de Santana, em São Paulo, numa distância superior a 8 quilômetros.
Paulista de Guarulhos, jornalista experiente e pesquisador sério, Hamilton Almeida começou sua carreira jornalística em revistas técnicas e viveu em Porto Alegre nos anos 1980. Durante cerca de oito anos, foi correspondente de jornais brasileiros em Buenos Aires. Desde 1976, quando se apaixonou pelo tema, vem estudando e pesquisando a vida do padre Landell, sobre quem já publicou dois outros livros: A saga do Padre Landell (Editora Sulina) e Landell de Moura (Editora Tchê/RBS – Coleção Esses Gaúchos).
Mesmo com essas contribuições, o autor só ganhou maior atenção no Brasil após a publicação de seu último livro na Alemanha, quando, num congresso de radioamadores no ano 2000, o editor alemão Heinz Prange, fascinado pela história do Padre Landell, decidiu publicar o livro, com o título de Pater und Wissenschaftler (Padre e Cientista).
TELEVISÃO E TELETIPO
Com seu trabalho de pesquisa biográfica, Hamilton Almeida comprova que o padre Landell foi não apenas precursor do rádio, mas também da televisão e do teletipo. É impressionante o número de assuntos e temas científicos em que se envolveu, nas áreas de telecomunicações e eletricidade. Aperfeiçoou o sistema de telegrafia sem fio e conseguiu a primeira transmissão de uma mensagem em ondas contínuas, cujo desempenho é muito superior ao das ondas amortecidas utilizadas por outros cientistas nos primórdios do desenvolvimento das telecomunicações via rádio. Sua intuição era tão avançada que chegou a prever a fotônica, ou seja, a possibilidade de transmissão de informações através de feixes luminosos.
A ignorância e os preconceitos dominantes na sociedade em que vivia chegaram, contudo, até a incentivar e a promover a destruição de seus equipamentos experimentais, como se fossem instrumentos de bruxaria. Nunca obteve o reconhecimento e o apoio de autoridades civis ou eclesiásticas. A Igreja Católica, aliás, lhe fez sérias advertências e o ameaçou de excomunhão, por causa de suas pesquisas científicas, consideradas demoníacas por fiéis e superiores. Incompreendido e perseguido, sem apoio para continuar seus trabalhos, foi para os Estados Unidos, onde registrou patentes de seus inventos, retornando ao Brasil em 1904.
Roberto Landell de Moura nasceu em Porto Alegre em 21 de janeiro de 1861, teve formação eclesiástica em Roma, e foi ordenado sacerdote em 1886. No Brasil, desempenhou atividades religiosas, em São Paulo, Santos e Campinas, retornando a Porto Alegre, onde morreu em 30 de junho de 1928.
Vale a pena ler o livro Padre Landell de Moura: um Herói sem Glória. Até para provar aos incrédulos que não se trata de nacionalismo pueril. Exemplo de reação agressiva desse tipo obtive de um leitor sul-americano, Lorenzo Estebanez, que reagiu agressivamente, meses depois de ter eu publicado minha coluna de 18 de abril de 2004, em que falava dos trabalhos pioneiros do padre brasileiro. Vejam o tom ciumento:
‘En un viejo O Estado leo ‘E tudo começou na Avenida Paulista’, donde aparece un desconocido Landell como inventor de la radio. Casi nadie cuestiona la paternidad de Marconi, y si alguno se atreve a hacerlo, es para pensar en el croata Nikola Tesla. Lo malo de educar a los brasileños en un pueril nacionalismo, es la cara de sorpresa que se les queda cuando salen de su país. Estoy pensando tambien en otro ilustre desconocido llamado Dumont.’
Respondi-lhe à altura. E finalizei, lembrando ainda que, em minha opinião e na do mundo, Pelé foi muito maior do que Maradona. Sem nenhum nacionalismo pueril.’
COPA 2006
Boleiras do futebol clube
‘Se mulher perfeita é aquela que ama ir ao estádio, não sai da frente da TV em dia de final do campeonato e até abre mão de algumas comprinhas no shopping só para ver seu time do coração jogar, saiba que você está diante de alguns bons exemplares desta espécie. É, definitivamente, não foi só pela beleza que algumas delas foram escaladas para a Copa da Alemanha. Além da beleza – do charme, carisma e elegância -, elas entendem e gostam do assunto. Durante o ano todo.
Prova disso é Fátima Bernardes, apresentadora do Jornal Nacional, que já participou dos mundiais de 1994 e 2002 – em 98 ela deu lugar para seu marido, William Bonner, e ficou cuidando de seus trigêmeos, então com sete meses. Pode não parecer, mas Fátima ama quarta-feira, só porque é dia de jogo, adora ler os cadernos de esporte e diz que, se fosse recomeçar sua carreira hoje, seguiria para a área do esporte. ‘Futebol é o meu esporte preferido. Quando criança, ouvia os jogos no radinho de pilha sentada no portão do prédio’, diz.
E não é só ao jogo do seu time do coração, o Vasco, que ela gosta de assistir. Vale qualquer um. ‘Talvez tenha um pouco de trauma aí porque eu era ruim em todos os esportes, era sempre a última a ser escolhida na escola. Nem em queimada me chamavam’, conta.
Por ter acompanhado a seleção nas últimas duas copas em que o Brasil venceu, Fátima ganhou a fama de ser pé quente – Bonner ficou com a pecha de pé frio. ‘As pessoas levaram isso a sério, me param na rua para falar disso, que eu dou sorte, que sou pé quente, mas acho uma bobagem. Acredito no trabalho e na seriedade’, diz a jornalista que estudou alemão por cinco meses para ao menos conseguir decifrar as manchetes dos jornais alemães.
Mas o fato é que Fátima, em 2002, realmente se destacou. Além de fazer matérias de comportamento, participou das mesas-redondas da Globo. E se deu muito bem. ‘Acho que deu certo porque eu não precisava falar sobre esquema tático, o Galvão, o Casagrande e o Falcão estavam lá para isso. Então fazia comentários mais ‘normais’, comentários que o espectador faria.’ Exemplo: se o Brasil vencia por 5 x 2, os boleiros diziam que era pouco porque o adversário era muito fraco, a boleira Fátima dizia que 5 gols estava ótimo. Para que mais?
A palmeirense Soninha, que desde a Copa de 98 faz parte da bancada da ESPN Brasil, também acha que a avaliação feminina é mesmo diferenciada. Por razões culturais e até biológicas. ‘O menino cresce imerso no universo do futebol, já cresce com a frase feita, aquela história de que ‘faltou raça’. E a menina, por mais que goste de futebol, não vê a coisa da mesma maneira’, diz.
Ao longo dos anos de boleira profissional, Soninha também criou a teoria – bem fundamentada, diga-se – de que todo homem é um jogador de futebol frustrado. De acordo com a teoria, o homem, seja ele comentarista esportivo profissional ou não, sempre compete com o jogador porque alguma vez na vida ele quis ser jogador. ‘Quando eles dizem ‘eu faria melhor’ parece brincadeira, mas não é. Ele realmente pensa que, treinando oito horas por dia, ganhando o que o cara ganha, ele faria melhor. Por isso faz comentários impiedosos. As mulheres são bem menos passionais’, diz.
Quem vê Soninha na tela tão segura falando sobre impedimento – questionamento praticamente inexistente no universo feminino -, nem imagina que, quando pequena, ela odiava futebol. ‘Jogava basquete e tinha raiva porque o futebol dominava todos os espaços, me sentia preterida. Mas, quando tinha 20 e poucos anos e fui pela primeira vez ver um jogo em um estádio, percebi que o futebol é mesmo incrível’, diz.
Desde então, quarta é dia de estádio, sábado e domingo também. Rotina um pouco puxada para uma mãe de três meninas. ‘Às vezes eu meio que obrigava minhas filhas a irem ao estádio, falava que era só para ver o primeiro tempo’, conta, rindo. E não eram só suas filhas que questionavam seu amor ao esporte. ‘No começo muitas pessoas me testavam, para ver se eu realmente entendia do assunto. Mas esta fase já passou’, diz.
Outra boleira que teve de mostrar que entende de futebol foi Patrícia Maldonado. Patrícia trabalhou com futebol por cinco anos na SporTV, cobria diariamente os treinos das equipes, jogos, campeonatos, tudo. Pela SporTV viajou para a Copa de 2002, e agora estará na Alemanha para fazer matérias especiais para a Record. Segundo ela, para os jogadores, pouco importa se o repórter é homem ou mulher, pois eles estão mais preocupados em saber para qual veículo o repórter trabalha. Já para os coleguinhas jornalistas… ‘Quando ia às coletivas de imprensa era raro ver mulher e, às vezes, sentia que eles olhavam como se dissessem: ‘o que ela está fazendo aqui?’ Tenho certeza que eles esperavam eu fazer uma pergunta para me ver errar’, diverte-se.
Para Patrícia, ser mulher não atrapalha, mas TAMbém não ajuda. Vide um dia em que ela teve de entrevistar ao vivo um técnico famoso por não gostar de dar entrevistas. ‘Ele me mandou para aquele lugar ao vivo. Sabia que ele era grosseiro, mas não esperava’, lembra. Se por um lado ela ficou assustada com a grosseria do técnico, por outro chegou à conclusão de que não era privilegiada por ser mulher. ‘Converso com os jogadores e técnicos normalmente, eles se sentem super à vontade. Não é aquela coisa: ‘oi, amor’ porque não estou lá porque sou bonitinha e simpática, mas porque entendo do assunto’.
Mariana Ferrão, que apresentará de Munique o Jornal da Band, concorda, mas faz uma ressalva. ‘Conheço homens que fazem tabelas à mão para contar quantos gols fulano fez no ano, quantos gols ele perdeu. Tem homem que briga com a mulher e esquece no dia seguinte, mas se você perguntar a cor da meia que o Rogério Ceni estava usando quando marcou o gol ‘x’ contra o time tal, ele sabe’. É, com isso não dá para competir.’
O Estado de S. Paulo
‘Estado’ terá especiais sobre Copa do Mundo
‘O Estado publica a partir de hoje um caderno diário com todas as informações sobre o maior evento do futebol mundial. O Copa 2006 trará a cobertura de todos os jogos da Copa da Alemanha, com gráficos e tabelas da competição, entrevistas e reportagens exclusivas. Luis Fernando Verissimo, João Ubaldo Ribeiro e Daniel Piza, além dos colaboradores da coluna Boleiros, farão a análise dos jogos da seleção.
Uma equipe de jornalistas, fotojornalistas e técnicos de apoio enviada à Alemanha trará ao leitor tudo sobre as seleções que participam do mundial, todos os lances, informações e curiosidades sobre os locais dos jogos e das concentrações e os bastidores da competição.
Hoje, o Estado publica também o especial Todas as Copas, com a história e as curiosidades das 17 competições disputadas desde 1930.
Na edição de quarta-feira, o leitor terá em mãos um novo caderno Retratos do Brasil. Desta vez, um time especial de repórteres revela o universo da bola no país do futebol e registra com um olhar diferente a paixão que o esporte desperta. ‘É um caderno sobre o comportamento do brasileiro em relação ao futebol, seu cotidiano em relação à bola’, conta o editor Anélio Barreto.
O Retratos do Brasil mostrará ao leitor a história de uma inusitada competição, um dos maiores campeonatos de várzea do País, o pior time do Campeonato Paulista, os sonhos de um aspirante a craque e a história de um vencedor: Adriano, o centroavante da seleção que saiu da favela carioca de Vila Cruzeiro para se tornar o ‘imperador’ em Milão.
COBERTURA ONLINE
No Portal Estadão (www.estadao.com.br), o leitor poderá conferir reportagens, a íntegra de entrevistas publicadas no caderno especial Copa 2006 e a análise dos jogos. As melhores jogadas e os gols mais bonitos da competição estarão disponíveis em versão animada no link Jogada do Dia. O internauta também poderá participar de enquetes sobre o desempenho das seleções, saberá curiosidades e poderá conferir tira-teimas de lances polêmicos.
Diretamente da Alemanha, três novos blogs serão diariamente abastecidos: Bate Pronto, Wireless e o blog de Daniel Piza. O primeiro será constantemente atualizado com informações produzidas pelos repórteres diretamente do país da Copa. Vale tudo: um lance, uma jogada ou alguma curiosidade dos bastidores da competição.
Wireless é o blog de Ricardo Anderáos, editor do Portal Estadão e do caderno Link . Com matérias sobre tecnologia e o cotidiano das cidades alemãs, Anderáos escreverá sempre das cidades em que o Brasil jogar, disponibilizando arquivos de vídeo e áudio no formato podcast. Duas vezes por dia, às 8 horas e às 17 horas, ele comentará a Copa e assuntos de informática na Rádio Eldorado.
O blog de Daniel Piza é a extensão de sua coluna semanal, publicada no jornal, com informações sobre futebol, cultura e política.
Na quinta-feira, o Guia da Copa circulará encartado tanto no Estado como no Jornal da Tarde, que também terá cobertura especial diariamente.
O Guia oferecerá aos leitores um cardápio muito especial, com o endereço de lugares de São Paulo onde será possível assistir aos jogos e comemorar as vitórias da seleção brasileira. Indicações de atrações culturais ligadas ao futebol, como a exposição A Pátria de Chuteiras, e dicas para quem não gosta de futebol rechearão a edição.’
TELEVISÃO
O feio do glamour
‘Chantagem, assassinatos, fraudes, traição e vingança. A novela Cobras & Lagartos invade uma praia que não é bem a da novela das 7 – normalmente reservada a temas mais prosaicos e permeados pelo humor – e está se dando bem. Em termos de audiência, tem conseguido se manter na média dos 34 pontos no Ibope (Grande São Paulo). Não é nada espetacular, mas é um patamar bom para a faixa de horário.
Depois do susto que levou com o farsesco faroeste Bang Bang, o público recebe em casa um novelão com elementos muito caros ao imaginário popular nestes tempos. Cobras & Lagartos coloca no lugar da poeira marrom do deserto do Velho Oeste pisos de mármore, banheiras enfeitadas com pétalas de rosa, roupas e acessórios só acessíveis às clientes da Daslu, perdão, Luxus, comandada pelo Giorgio Armani dos trópicos, Omar, papel de Francisco Cuoco.
O mercado da moda ganhou lugar semelhante ao do futebol. No senso comum, é trampolim para fama e riqueza. Por isso é que Gisele Bündchen é quase tão popular quanto Ronaldinho Gaúcho. O mundo fashion serve de mote a inúmeros programas e já freqüenta o terreno das novelas há pelo menos 26 anos, quando a Globo exibiu Plumas e Paetês, de Cassiano Gabus Mendes.
Não por acaso, a ex-empregada doméstica Mônica só conhece a felicidade quando se torna modelo em Belíssima. E Camila Pitanga não passa pela experiência de ser ‘descoberta’ pelo mundo da moda pela primeira vez. Esta semana o Video Show pinçou no arquivo da emissora a mesma história com Camila em pelo menos mais duas novelas.
A ficção da TV transformou o sonho da Cinderela em outra coisa. Para ser feliz para sempre, ela não se contenta apenas em encontrar o príncipe encantado. A Cinderela só se realiza ao subir na passarela, posar em estúdios e viajar para Milão.
Então, apoiar um enredo na disputa pelo poder em um império do luxo é, já de saída, um bom negócio. Melhora ainda mais quando mostra que por trás da sofisticação e do luxo sobrevivem o interesse e a podridão moral. O pavor da pobreza que as vilãs Leona (Carolina Dieckmann) e Ellen (Taís Araújo) verbalizam quase a cada cena é que movimenta a trama. O desejo de enriquecer justifica trapaça, chantagem, assassinato, trambiques de toda ordem. São vermes que nadam na purpurina.
É com essa sordidez que Omar toma contato (ao se disfarçar de humilde faxineiro de seu império) ao ser desenganado pelos médicos. A iminência da morte leva o milionário a desencastelar-se para saber o que pensam a seu respeito, a detectar em seu redor quais são as cobras e os lagartos. Quando consegue saber direitinho com quem está lidando é morto. Como em novela tudo é possível, pode ser que acabe voltando do além como sua colega milionária Bia Falcão.
O ponto fraco da novela de João Manoel Carneiro foi a entrega dos vilões principais a atores sem cancha. Carolina Dieckmann e Henri Castelli são cobras pouco convincentes. Leona grita muito, está mais para arara do que para naja. Estevão exibe a naturalidade de uma esfinge como o mauricinho vingador.
Mas o time das cobras é muito bem defendido por Marília Pêra e Herson Capri (Otaviano). Como a amoral Milu, Marília tem dado um show na interpretação da irmã de Omar, mãe de Leona e amante de Otaviano. Disposta a tirar proveito de cada situação, ela não tem escrúpulos em forçar a empregada (a quem não paga salário há anos) a se passar por vidente para achacar as amigas peruas ou a chantagear a própria filha para colocar a mão em uma parte do botim.
As reclamações de mãe sofredora – ‘Filha ingrata, que deixa a mãe passar a pão e água, sem dinheiro para comprar um vestidinho de noite’ – são muito divertidas. Só perdem para as estripulias do personagem Foguinho, interpretado por Lázaro Ramos. Malandro sem sorte, Foguinho é um virador. Que uma hora está no céu e na seguinte, no inferno. O seu mérito é que ele não desiste nunca, como o brasileiro.’
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