VENEZUELA
Jornalista assassinado a tiros em Caracas
‘O diretor do semanário venezuelano Ahora, José Joaquín Tovar, de 53 anos, foi morto a tiros ontem perto de seu escritório, em Caracas. Um pistoleiro, não identificado disparou 11 tiros contra Tovar, quando ele saía do automóvel. Amigos do jornalistas não afastam a hipótese de crime político. Ele era um crítico tanto do governo quanto da oposição.’
CURSO ESTADÃO
Rio lidera inscrições para curso do ‘Estado’
‘Dos 2.405 jovens que se inscreveram até agora para o 17º Curso Intensivo de Jornalismo Aplicado do Grupo Estado, 36% procedem de outros Estados, com destaque para o Rio, com 202 inscrições. Há 1.539 candidatos de São Paulo (651 do Interior) e 148 do Paraná; além de Minas (141), Brasília (64), Rio Grande do Sul (59) e Santa Catarina (53). As mulheres (69%) são maioria.
As inscrições podem ser feitas até 2 de julho por estudantes que concluam neste ano a faculdade de Jornalismo ou tenham se graduado em 2004 ou 2005. A ficha de inscrição está em www.estadao/com.br/talentos.
Todos os inscritos farão a prova de seleção em 6 de agosto, no campus Vergueiro da Unip/Objetivo. O curso, com 30 vagas, é reconhecido como extensão universitária pela Faculdade de Comunicação da Universidade de Navarra (Espanha) e edita, anualmente, com apoio de Banespa/Santander, Odebrecht, Philip Morris e TIM, o Banco Estado de Talentos, com o currículo de todos que o freqüentaram. O curso será realizado de 4 de setembro a 8 de dezembro.
Durante três meses, os novos profissionais passarão por todas as áreas da empresa, especialmente as redações, e terão contato com experientes jornalistas do Brasil e do exterior. Haverá aulas de economia, política, ética e filosofia.’
TELEVISÃO
SBT copia moda
‘O que há de mais importante no mundo hoje além da moda? Nada, a se julgar pelas novelas que estão no ar. Tomar o poder nos impérios do luxo Belíssima e Luxus é o que move as principais novelas da Globo. É nas dependências dessas ‘empresas’, sediadas em Belíssima e Cobras e Lagartos, que se desenrola a maioria dos encontros, conflitos, a ascensão de alguns e a queda de outros.
Há duas semanas, esses templos do glamour ganharam uma nova vizinha, a Maison Vitória. A confecção de ‘alta-costura’ é dos cenários principais da novela Cristal, um texto da cubana Delia Fiallo, adaptado por Anamaria Nunes e dirigido pelo veterano Herval Rossano, que tem registrado 7 pontos de média no Ibope (Grande São Paulo), às 19 horas.
O SBT adora a cubana. Este é o terceiro drama assinado por Delia que exibe: o primeiro foi Topázio, em versão importada da Venezuela, e Esmeralda, uma produção nacional com a atriz Bianca Castanho como protagonista, hoje a Cristal que dá título à nova novela.
Da mesma maneira que Bia Falcão torceu o nariz para a linha popular de lingeries Lindona em Belíssima, Madame Girot (Martha Mellinger), braço direito da poderosa Vitória (Bete Coelho), se indigna quando a patroa diz que quer investir no prêt-à-porter. ‘O que vão achar nossas clientes da alta-costura?’, pergunta aflita.
Trata-se de uma história de Cinderela. Cristina, que adotará o nome de Cristal quando ficar famosa, cresceu em um orfanato porque sua mãe (Vitória) a abandonou quando bebê por não ter como criá-la. A avó da criança e patroa de Vitória adolescente – uma mulher tão má quanto a madrasta da Gata Borralheira – expulsa-a de casa ao saber que ela está grávida do filho. Sem saber de nada, o rapaz vai para o seminário e se torna padre.
Meio Scarlett O’Hara (de E O Vento Levou…), Vitória jura dar a volta por cima. Ela consegue riqueza, prestígio e uma família, mas sofre de remorso por ter abandonado a filha. A ‘órfã’ se tornará a top model da Maison Vitória e até o final da novela vai comer o pão que o diabo amassou nas mãos da própria mãe!
Como todas as novelas, a trama de Cristal é sustentada por uma teia de intrigas e de segredos, desencontros amorosos que só serão resolvidos no altar e no último capítulo. Vitória é uma versão B de Bia Falcão, que também desconhece o paradeiro do filho que teve na juventude. Assim como Ellen e Leona, de Cobras e Lagartos, Inocência (Bárbara Paz) é a arrivista que só pensa em se dar bem na vida por meio do casamento e não perde a chance de botar para baixo os pretendentes que não têm onde cair mortos.
A diferença está no acabamento. Da abertura aos diálogos, da maquiagem ao figurino, é tudo muito SBT. Vitória relaxa da vida agitada dentro de uma banheira de espuma acompanhada do marido Alex (Giuseppe Oristânio). A banheira – junto com champanhe e caviar – é um dos maiores símbolos de riqueza em novela, não é?
A decoração do apartamento de solteiro do garanhão João Pedro (Dado Dolabella) é tão descontraída quanto showroom de loja de móveis populares. O pudor da protagonista é digno do Direito de Nascer: ‘Eu não sou dessas que você está pensando.’ Mas nada se equipara à performance de Dado na abertura da novela. Por causa de um acerto contratual, o público do SBT é obrigado a aturar uma desafinação e uma pobreza poética sem-fim já quando começam os capítulos. Isso sim é de doer.’
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