Saturday, 07 de September de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1304

O Estado de S. Paulo

VENEZUELA
O Estado de S. Paulo

Jornalista assassinado a tiros em Caracas

‘O diretor do semanário venezuelano Ahora, José Joaquín Tovar, de 53 anos, foi morto a tiros ontem perto de seu escritório, em Caracas. Um pistoleiro, não identificado disparou 11 tiros contra Tovar, quando ele saía do automóvel. Amigos do jornalistas não afastam a hipótese de crime político. Ele era um crítico tanto do governo quanto da oposição.’



CURSO ESTADÃO
O Estado de S. Paulo

Rio lidera inscrições para curso do ‘Estado’

‘Dos 2.405 jovens que se inscreveram até agora para o 17º Curso Intensivo de Jornalismo Aplicado do Grupo Estado, 36% procedem de outros Estados, com destaque para o Rio, com 202 inscrições. Há 1.539 candidatos de São Paulo (651 do Interior) e 148 do Paraná; além de Minas (141), Brasília (64), Rio Grande do Sul (59) e Santa Catarina (53). As mulheres (69%) são maioria.

As inscrições podem ser feitas até 2 de julho por estudantes que concluam neste ano a faculdade de Jornalismo ou tenham se graduado em 2004 ou 2005. A ficha de inscrição está em www.estadao/com.br/talentos.

Todos os inscritos farão a prova de seleção em 6 de agosto, no campus Vergueiro da Unip/Objetivo. O curso, com 30 vagas, é reconhecido como extensão universitária pela Faculdade de Comunicação da Universidade de Navarra (Espanha) e edita, anualmente, com apoio de Banespa/Santander, Odebrecht, Philip Morris e TIM, o Banco Estado de Talentos, com o currículo de todos que o freqüentaram. O curso será realizado de 4 de setembro a 8 de dezembro.

Durante três meses, os novos profissionais passarão por todas as áreas da empresa, especialmente as redações, e terão contato com experientes jornalistas do Brasil e do exterior. Haverá aulas de economia, política, ética e filosofia.’



TELEVISÃO
Leila Reis

SBT copia moda

‘O que há de mais importante no mundo hoje além da moda? Nada, a se julgar pelas novelas que estão no ar. Tomar o poder nos impérios do luxo Belíssima e Luxus é o que move as principais novelas da Globo. É nas dependências dessas ‘empresas’, sediadas em Belíssima e Cobras e Lagartos, que se desenrola a maioria dos encontros, conflitos, a ascensão de alguns e a queda de outros.

Há duas semanas, esses templos do glamour ganharam uma nova vizinha, a Maison Vitória. A confecção de ‘alta-costura’ é dos cenários principais da novela Cristal, um texto da cubana Delia Fiallo, adaptado por Anamaria Nunes e dirigido pelo veterano Herval Rossano, que tem registrado 7 pontos de média no Ibope (Grande São Paulo), às 19 horas.

O SBT adora a cubana. Este é o terceiro drama assinado por Delia que exibe: o primeiro foi Topázio, em versão importada da Venezuela, e Esmeralda, uma produção nacional com a atriz Bianca Castanho como protagonista, hoje a Cristal que dá título à nova novela.

Da mesma maneira que Bia Falcão torceu o nariz para a linha popular de lingeries Lindona em Belíssima, Madame Girot (Martha Mellinger), braço direito da poderosa Vitória (Bete Coelho), se indigna quando a patroa diz que quer investir no prêt-à-porter. ‘O que vão achar nossas clientes da alta-costura?’, pergunta aflita.

Trata-se de uma história de Cinderela. Cristina, que adotará o nome de Cristal quando ficar famosa, cresceu em um orfanato porque sua mãe (Vitória) a abandonou quando bebê por não ter como criá-la. A avó da criança e patroa de Vitória adolescente – uma mulher tão má quanto a madrasta da Gata Borralheira – expulsa-a de casa ao saber que ela está grávida do filho. Sem saber de nada, o rapaz vai para o seminário e se torna padre.

Meio Scarlett O’Hara (de E O Vento Levou…), Vitória jura dar a volta por cima. Ela consegue riqueza, prestígio e uma família, mas sofre de remorso por ter abandonado a filha. A ‘órfã’ se tornará a top model da Maison Vitória e até o final da novela vai comer o pão que o diabo amassou nas mãos da própria mãe!

Como todas as novelas, a trama de Cristal é sustentada por uma teia de intrigas e de segredos, desencontros amorosos que só serão resolvidos no altar e no último capítulo. Vitória é uma versão B de Bia Falcão, que também desconhece o paradeiro do filho que teve na juventude. Assim como Ellen e Leona, de Cobras e Lagartos, Inocência (Bárbara Paz) é a arrivista que só pensa em se dar bem na vida por meio do casamento e não perde a chance de botar para baixo os pretendentes que não têm onde cair mortos.

A diferença está no acabamento. Da abertura aos diálogos, da maquiagem ao figurino, é tudo muito SBT. Vitória relaxa da vida agitada dentro de uma banheira de espuma acompanhada do marido Alex (Giuseppe Oristânio). A banheira – junto com champanhe e caviar – é um dos maiores símbolos de riqueza em novela, não é?

A decoração do apartamento de solteiro do garanhão João Pedro (Dado Dolabella) é tão descontraída quanto showroom de loja de móveis populares. O pudor da protagonista é digno do Direito de Nascer: ‘Eu não sou dessas que você está pensando.’ Mas nada se equipara à performance de Dado na abertura da novela. Por causa de um acerto contratual, o público do SBT é obrigado a aturar uma desafinação e uma pobreza poética sem-fim já quando começam os capítulos. Isso sim é de doer.’



******************

Clique nos links abaixo para acessar os textos do final de semana selecionados para a seção Entre Aspas.

Folha de S. Paulo – 1

Folha de S. Paulo – 2

O Estado de S. Paulo

Agência Carta Maior

Veja

Carta Capital

No Mínimo

Comunique-se

Último Segundo

Terra Magazine

Primeira Leitura