No sábado (15/10), li no Globo artigo do colunista David Brooks, do New York Times, traduzido e publicado na seção ‘Mundo’ sob o título ‘O futuro da Casa Branca é o retrocesso’. Ocupava cerca de uma coluna no canto da página e claramente trazia um posicionamento ideológico neoliberal. Não havia informação sobre o tradutor, nem aviso de que pudesse se tratar de um resumo do original. Ocorre que, no mesmo dia, pude ler na Folha de S.Paulo o mesmo artigo ocupando cerca de meia página (portanto, muito maior) e com diferenças de tradução bastante evidentes. Para começar, o título era ‘Governo grande à frente’ e o conteúdo ideológico estava sensivelmente atenuado.
Consultei a versão original no site do NYT e pude perceber que O Globo havia, descaradamente, alterado o artigo cortando-lhe partes importantes, modificando termos e significados no processo de tradução e colocando juízos de valor onde o autor não os tinha feito. Na minha opinião, o jornal havia feito uma fraude! Considerando-me lesado como leitor do Globo, enviei e-mail narrando todo o dito acima (mencionando, inclusive, as partes em que havia discrepâncias). Contudo, até a presente data, não obtive qualquer explicação. Em outras palavras, fui solenemente ignorado por O Globo. Também enviei e-mail à Folha, que remeteu explicações, fornecidas pelo próprio tradutor do texto, rapidamente. Gostaria que o Globo se explicasse.
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Por que os telejornais e a mídia impressa dos dias 17 e 18/11 não citaram a tentativa de suicídio de um operador da Itaú Corretora, ocorrido pela tarde no meio do pregão na Bovespa? Será que vivemos a ditadura dos patrocinadores? Ou o admirável mundo novo é aqui no Brasil? Essa notícia é irrelevante?! Acho esse assunto bastante pertinente para ser comentado no Observatório da Imprensa. (Moacyr Palhares, arquiteto, Rio de Janeiro, RJ)
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Alguém sabe me dizer por que a chegada do presidente russo Dmitry Medvedev ao Brasil na segunda-feira (24/11) não teve destaque na impressa brasileira? Umas das maiores potências do mundo. Vocês não acham que estrategicamente para o Brasil seria interessante fortalecer relações comerciais e políticas com a Rússia? Houve mais destaque na impressa internacional do que no Brasil. Por que será? (Frederico Nunes, administrador, Lisboa, Portugal)
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Promotor de justiça, Niterói, RJ