Monday, 23 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

O novo presidente da Fenaj

O resultado da eleições para a nova diretoria da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), convocadas entre 6 e 9 de julho últimos, foi proclamado em 13 de julho, em Brasília, pela Comissão Eleitoral Nacional da entidade, composta pelos jornalistas Adísia Sá, André Dusek, Armando Rollemberg e Bartolomeu Rodrigues.

A Chapa 1 – ‘Mais Fenaj’ – obteve 3.407 votos (ou 68,41% dos sufrágios) e a Chapa 2 – ‘Uma Outra Fenaj É Possível’ – 1.364 votos (31,59%). Foram computados 120 votos em branco e 89 nulos

Na entrevista a seguir, feita por e-mail, o presidente eleito da Fenaj, Sérgio Murillo de Andrade, comenta a eleição e fala dos planos de sua gestão à frente da entidade.

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Por que apenas 4.980 votantes em todo o país? O que ocorreu com a capacidade de mobilização dos jornalistas brasileiros?

Sérgio Murillo de Andrade – É a maior participação em processo eleitoral da Fenaj. Nossas entidades não estão imunes a um processo, no Brasil, iniciado no final dos anos 1980, de enfraquecimento e esvaziamento do movimento sindical. Mas há sinais, ainda tímidos e insuficientes, de retomada da mobilização e envolvimento com causas coletivas. Um exemplo: vários sindicatos e a própria Federação foram disputados por mais de uma chapa. Precisamos ser eficientes em reconhecer e potencializar essas manifestações.

Por que não adotar o voto por correspondência?

S.M.A. – É uma sugestão. Alguns sindicatos adotam essa modalidade de participação. Mas acho que, na Fenaj, devemos pensar no voto pela internet. Em Santa Catarina, implantamos esse tipo de votação, com sucesso, nas duas ultimas eleições para a diretoria do Sindicato.

Como avalia os resultados? O que significam esses números?

S.M.A. – Os números respondem: [a Chapa 1 obteve] quase 70% dos votos válidos. Acho que a categoria respaldou o trabalho que tem sido desenvolvido pela Fenaj e soube identificar o melhor programa para dar continuidade as nossas lutas e conquistas. Ressalte-se que foi uma eleição bastante disputada, com vários debates entre as chapas, e com uma participação política dos jornalistas bem expressiva, como mostra o baixo percentual de votos nulos.

Com que ânimo você assume a entidade? Quais seus maiores desafios? E quais os problemas mais urgentes?

S.M.A. – Assumo com o ânimo de quem tem o melhor programa e uma diretoria qualificada e unida para implementá-lo. Nossos principais desafios são os nossos compromissos de campanha: a defesa da regulamentação e da formação específica, a instituição do Conselho Federal de Jornalismo e o enfrentamento da precarização das relações de trabalho.

Como espera ser lembrado quando encerrar seu mandato?

S.M.A. – Como integrante de um grupo que assumiu seus compromissos com a categoria, enfrentou os desafios e soube resolvê-los com sucesso.