ELEIÇÕES 2006
A primeira vítima
‘Abstraindo-se os fatos e os princípios, é possível reconhecer mérito na campanha do presidente Luiz Inácio da Silva nesta etapa final. Eleitoralmente competente, a estratégia do PT de aliar o uso da máquina pública com a retomada do discurso da época em que ainda era oposição pode explicar a boa posição de Lula nas pesquisas: não só manteve como ampliou dianteira do primeiro turno.
Embora o custo do abandono de qualquer regra razoável de conduta e do menosprezo ao discernimento alheio possa vir a ser alto, criando ambiente de alto risco para um passo em falso ou um erro fatal, o medo maior nessa altura parece ser o da perda do poder. Em nome de sua manutenção, portanto, vale o perigo.
O PSDB ainda se inebriava com a própria façanha da passagem para o segundo turno e da emersão, afinal, de um Geraldo Alckmin incisivo, e o PT já saía do atordoamento inicial pelos mesmos motivos, reorganizando a tropa, unificando o discurso, caminhando ao pote com sede de anteontem na posse de um formidável arsenal de truques.
O mais poderoso deles, a retirada do arquivo dos ataques às privatizações com as quais o governo Lula conviveu quatro anos sem nenhum problema e a respeito das quais não ocorreu ao candidato fazer nenhuma crítica na primeira fase da campanha, quando imaginava ganhar sem fazer grande esforço.
Constatada a necessidade do uso de armamento mais pesado, assassinou-se a vítima primordial de qualquer guerra: a verdade.
Lula não pensa, como disse em entrevista ao jornal O Globo, que tenha sido mau negócio a venda da Vale do Rio Doce e a privatização da telefonia que reduziu de R$ 10 mil a praticamente zero o custo de uma linha fixa, popularizou os telefones celulares e, de quebra, extinguiu boa quantidade de sinecuras de uso político em detrimento da eficiência do serviço de comunicação.
Se pensa, escondeu isso do País nos últimos quatro anos.
Lula não imagina que seja mesmo o responsável pelo fim da inflação e da estabilização da moeda, como disse no horário eleitoral dos primeiros dois dias. Se imagina, convém lembrá-lo de que o Plano Real é de autoria de seu antecessor e que o PT o combateu duramente qualificando-o como ‘meramente eleitoral’.
O próprio PSDB poderia se encarregar de fazer isso se não tivesse tanta resistência de enfrentar o adversário no campo do passado e se as idiossincrasias tucanas não impedissem o partido de defender a si e aos seus integrantes em eterna disputa uns com os outros.
Lula não acredita que tenha mesmo recebido um ‘sim’ no dia 1º de outubro dos eleitores de São Paulo e do Rio Grande do Sul, conforme informação veiculada também em seu programa eleitoral. Se acredita, deixaria de acreditar se consultasse os resultados oficiais do Tribunal Superior Eleitoral e constatar: perdeu de 54% a 36% em São Paulo e de 55% a 33% no Rio Grande do Sul.
Impossível também que em sã consciência jure sobre a Bíblia que se empenha em ‘unir’ a Nação e combater a corrupção, simplesmente porque não é verdade, os fatos o desmentem e a mentira, ensinam os mais velhos, tem perna curta.
Caso pensado
A condenação do presidente ao boletim de sua campanha falando mal de Lu e Sofia Alckmin cumpriu dois objetivos: falar mal da mulher e da filha do adversário porque uma trabalhou na Daslu e a outra não conseguiu explicar a contento o que fez com vestidos que ganhou de um estilista, e dar a Lula chance de produzir um fato ético.
Alvo
Poucos dias antes de petistas começarem a difundir publicamente a suspeita de que o dossiê Vedoin seria uma armadilha arquitetada pelo PSDB para complicar o PT, a história já circulava na informalidade das conversas com jornalistas.
Se o roteiro for seguido à risca, em breve começarão a assumir de público o que já dizem em particular, acusando o procurador Mário Lúcio Avelar de ter instruído Luiz Antônio Vedoin – mediante promessas de benefícios judiciais – a procurar a central petista de dossiês para atrair ‘os meninos’ à arapuca.
Nessa versão, Gedimar e Valdebran – os portadores do dinheiro para a compra do material – teriam sido ‘plantados’ no hotel em São Paulo para serem pegos pela Polícia Federal.
Os autores da tese, entretanto, ainda não encontraram uma solução para encaixar a dinheirama na trama.
Carapuça
No estresse da véspera do primeiro turno, o presidente Lula estava particularmente sensível a manifestações críticas, ainda que não necessariamente dirigidas a ele.
Quando o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Marco Aurélio Mello, apareceu na televisão conclamando o eleitor a não votar em ninguém a quem não pudesse entregar a chave da própria casa, Lula exasperou-se: ‘É para mim, é para mim!’, comentou na frente de correligionários.
E, no caso, não era. O ministro Marco Aurélio referia-se sobretudo aos cuidados relativos à representação no Congresso.’
ENCONTRO MARCADO
, 50 ANOSUbiratan Brasil
Um livro marcado para reunir gerações
‘A data exata não é conhecida mas foi entre setembro e outubro de 1956 que as livrarias receberam a primeira edição do romance O Encontro Marcado, de Fernando Sabino (1923-2004). Retrato vivo das inquietações que marcam qualquer juventude, independentemente de sexo, cor ou religião, o livro tornou-se um marco do desassossego daqueles que estão para entrar na vida adulta.
Para comemorar os 50 anos da primeira impressão, a editora Record lançou nesta semana a 82ª edição da obra com motivos de festa: além de um selo comemorativo, o livro traz um encarte com fotos especialmente separadas pela família. A explicação para um sucesso tão duradouro é a comunicação imediata que a história estabelece com o leitor ao apresentar o retrato impecável de uma geração, escrito com uma rara entrega do autor.
O Encontro Marcado revela as inquietações de Eduardo Marciano que, como Sabino, foi nadador e decide ser escritor. O título se justifica ao amizade de três adolescentes que se despedem, ao término do curso ginasial, assumindo o compromisso de se encontrarem, 15 anos mais tarde, no mesmo lugar. Só Marciano comparece. Rebelde, depressivo, ele desafia as instituições, renega o mundo burguês e acaba perdendo tudo o que a vida lhe dá.
Gradativamente, ele se afasta das pessoas, desfazendo-se do apartamento em que vivia, do emprego e até dos livros. Na última página do livro, Eduardo Marciano se encontra com Eugênio, que era um dos três e virou frei, e relembra o pacto frustrado. O religioso não se lembrara. Eduardo calou-se. ‘Não tinha importância também o que lhe aconteceria depois.’
Diversas interpretações cristãs foram atribuídas ao livro, especialmente por pensadores como Gustavo Corção e Tristão de Athayde. A importância da alma, de fato, está presente, mas O Encontro Marcado trata diretamente da luta pela vida. Narrado de forma direta, seca, crua até, o livro baseia-se em experiências materiais.
A fragilidade imposta pelo destino é atração irresistível do romance de Sabino que, ao contrário de seu protagonista, alimentou uma duradoura amizade com outros amigos ilustres como Paulo Mendes Campos, Hélio Pellegrino e Otto Lara Rezende, formando o grupo Os Quatro Mineiros do Apocalipse.’
***
Sabino escrevia continuação do livro
‘Poucos meses antes de sua morte, Fernando Sabino iniciou o que chamava de ‘autobiografia não autorizada por mim mesmo’ ou ‘memórias póstumas antecipadas não autorizadas’. Até 11 de outubro de 2004, quando morreu, ele deixou escritos três capítulos de A Resposta, que seria uma espécie de continuação de O Encontro Marcado. Esses originais, porém, deverão permanecer inéditos, pois ele proibiu, em seu testamento, a publicação post-mortem de qualquer material. ‘O que não foi publicado é porque não presta’, justificava.
Seria uma boa oportunidade para retomar e atualizar o clima vivido pelo personagem Eduardo Marciano que, em A Resposta, propõe-se a biografar o próprio Sabino. Em O Encontro Marcado, Marciano tenta a todo custo realizar o grande sonho de publicar seu primeiro livro. Não consegue. Já Sabino, ao contrário, alcançou um enorme sucesso em seu romance de estréia, graças, principalmente, à angústia de Marciano. Agora, seria a oportunidade de Marciano finalmente lançar sua primeira obra à custa de Sabino.
As inquietações provocadas pela estréia tornaram-se públicas em 2001, quando Sabino lançou um livro em que reproduz as cartas que trocou com Clarice Lispector, correspondência iniciada justamente quando ambos viviam a expectativa do início de carreira – enquanto ela lançava A Maçã no Escuro, ele rascunhava O Encontro Marcado.
Clarice foi uma das primeiras a perceber que o romance do colega mineiro já representava um passo decisivo em sua carreira – depois de ler os originais do livro, uma perplexa Clarice admite: ‘Perguntei-me de início aonde você pretendia levar o leitor e me levar.’ Mas se pergunta ainda: ‘O fato de você ter escrito este livro e eu ter escrito o meu, não é o começo da maturidade?’
Fernando Sabino responde: ‘Você pode calcular o que representa este livro para mim, como ‘purgação’- motivo evidente de ordem extra-literária, mas necessário para que eu me sinta daqui por diante capaz de escrever sobre o que quiser.’ De fato, ele logo se tornaria um autor de sucesso, embora só viesse a publicar seu segundo romance em 1979, O Grande Mentecapto, 23 anos depois da gloriosa estréia.
Além da edição comemorativa da editora Record, as cinco décadas do lançamento de O Encontro Marcado serão lembradas em outras oportunidades. Em Belo Horizonte, no Minas Tênis Clube, uma exposição com fotografias selecionadas pelo cirurgião plástico Ivo Pitanguy, que foi amigo pessoal de Sabino, estará aberta ao público até o dia 29.
Segundo Pedro, filho do escritor, O Encontro Marcado poderá virar filme pelas mãos do diretor Oswaldo Caldeira, que levou às telas o romance O Grande Mentecapto. O cineasta chegou a mandar para Sabino o roteiro e o contrato para a produção de um longa-metragem sobre o livro.
Outro filho, Bernardo, terá seu documentário Encontro Marcado com Fernando Sabino transformado em DVD pela Biscoito Fino. Bernardo, aliás, deixou algumas impressões no encarte especial que acompanha a edição comemorativa do livro. ‘Ao ler O Encontro Marcado pela primeira vez, percebi que Eduardo Marciano era ele, meu pai, e, já conhecendo muitas passagens do livro, tive a sensação de fazer parte delas’, escreveu.
Também Eliana Sabino, também filha do escritor, comenta a proximidade entre autor e obra: ‘O Encontro Marcado é a vida do meu pai transfigurada naquilo que ele chamava ‘a verdade que existe atrás da realidade’.’ A própria Eliana começou a escrever um livro com histórias sobre o pai, como casos e lembranças do mineiro.
As homenagens deverão continuar com a ópera que o maestro Wagner Tiso escreve baseada em O Grande Mentecapto e que deverá ser montada no próximo ano, além da adaptação de alguns contos ao teatro.
O Sucesso De Vendas
LIVROS EM NÚMEROS – Com 381 mil exemplares vendidos desde sua reedição, O Encontro Marcado é um dos diversos sucessos colecionados por Fernando Sabino. Publicado inicialmente pela Civilização Brasileira, o livro foi reeditado pela Record,que hoje detém os direitos da obra do escritor mineiro.
As angústias de Eduardo Marciano não são, porém, o maior êxito da carreira de Sabino – O Menino no Espelho, evocação da infância, lidera a lista com 550 mil exemplares vendidos.
Alguns sucessos, no entanto, só trouxeram aborrecimentos a Fernando Sabino. Com Zélia, Uma Paixão, livro encomendado pela ex-ministra da Fazenda do governo Fernando Collor de Melo, o escritor foi duramente criticado, especialmente pelo tom de fofoca de algumas passagens. Mesmo assim, a obra vendeu mais de 180 mil exemplares.
O estilo simples e os temas ligados à juventude atraíram um vasto público escolar à obra de Sabino, que teve muitos de seus livros adotados em salas de aula pelos governos, o que ajuda a explicar, em parte, os números tão expressivos.
A seguir, uma lista com a maioria dos títulos lançados pelo escritor – entre parênteses, a quantidade de exemplares vendidos, segundo dados divulgados pela editora Record.
Os Grilos Não Cantam Mais, 1941 (2 mil exemplares)
A Marca, 1944 (2 mil)
Cidade Vazia, 1950 (7.500)
A Vida Real, 1952 (11 mil)
Lugares-Comuns, 1952 (3 mil)
O Homem Nu, 1960 (116 mil)
A Mulher do Vizinho, 1962 (31.500)
A Companheira de Viagem, 1965 (65.500)
A Inglesa Deslumbrada, 1967
(11 mil)
Cartas a um Jovem Escritor, 1975 (7 mil)
Gente I e Gente II, 1975 (9.500)
Deixa o Alfredo Falar! ( 57 mil)
O Encontro das Águas, 1977 (8.500)
Gente, Crônicas e Reminiscências, 1979 (5 mil)
O Grande Mentecapto, 1979 (315 mil)
A Falta que Ela me Faz, 1980 (62.100)
O Menino no Espelho, 1980 (550 mil)
O Gato Sou Eu, 1983 (85 mil)
A Faca de Dois Gumes, 1985 (75 mil)
Dois e Dois São Cinco, 1985 (40 mil)
Os Melhores Contos, 1987 (24.011)
As Melhores Histórias, 1987 (25 mil)
As Melhores Crônicas, 1987 (27.067)
De Cabeça para Baixo, 1989 (24.500)
A Volta por Cima, 1990 (25 mil)
Zélia, Uma Paixão, 1991 (180.500)
Aqui Estamos Todos Nus, 1993 (13.500)
Com a Graça de Deus, Releitura do Evangelho, 1994 (22 mil)
O Galo Músico, 1998 (3.500)
No Fim Dá Certo, 1998 (26 mil)
O Encontro Marcado (reedição), 1998 (381 mil)
A Chave do Enigma, 1999 (3 mil)
O Tabuleiro de Damas (reedição revista), 1999 (20 mil)
Livro Aberto, 2001 (3.200)
Cartas perto do Coração, 2001 (14 mil)
Cartas na Mesa, 2002 (4 mil)
Cartas a um Jovem Escritor e Suas Respostas, 2003 (2 mil)
Os Movimentos Simulados, 2004 (2.500)’
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A experiência compartilhada por outros escritores trecho
‘O encanto provocado pela primeira leitura de O Encontro Marcado deixa vestígios inesquecíveis, como comprovam os escritores que, a convite do Estado, relembram esse prazer.
‘Foi o livro de uma geração, tanto pelo estilo quanto pelo conteúdo. Um dos poucos livros em brasileiro, da época, escrito por alguém que também lera os americanos e cuja experiência era urbana e moderna. Fora algumas coisas – a religiosidade, por exemplo, no meu caso – a experiência do Sabino foi a minha experiência e, imagino, a de toda aquela geração de jovens adultos.’
Luis Fernando Verissimo
‘Li quando tinha 16 anos, e foi um alumbramento similar à descoberta de Manuel Bandeira e Vinícius de Moraes (que eu conhecia das canções, mas não de livros). Era uma época de leituras compulsivas, e o livro de Fernando Sabino acabou sendo determinante para que eu optasse de vez por ter na palavra escrita meu ofício.’
Eric Nepomuceno
‘Eu tinha 16 anos e a empatia foi imediata. Nessa época, quem não queria levar a vida de Eduardo? Ter amigos tão torturados e interessantes como os de Eduardo? Casar com uma mulher como Antonieta?
Pouco estudo e pouco trabalho, muita libertinagem e muita literatura numa metrópole qualquer: aos 16 anos isso era tudo o que eu queria.’
Nelson Oliveira
‘São raros no Brasil os chamados ‘romances de formação’, que expõem a história de um personagem num momento crítico, que é aquele em que o adolescente tem de penetrar no mundo adulto, onde há não lugar para o sonho. E Sabino cumpre muito bem a tarefa a que se impôs, com uma linguagem limpa, mas não redutora.’
Luiz Ruffato
‘Eis o único livro do Sabino de que gosto de fato. Acho o narrador muito habilidoso, muito envolvente. A personagem parece muito próxima, apesar de um pouco ensimesmada. Acho que é justamente esse atrito, o da proximidade do leitor com uma personagem esguia mas bastante complexa que faz o livro tão interessante.’
Ricardo Lísias
‘Na minha geração, não sei se o livro teve tal impacto. Eu fui jovenzinha no interior do Rio Grande do Sul, meu pai tinha uma vasta biblioteca em vários idiomas, e eu lia incrivelmente muito, grande confusão mental, claro. Pode parecer bobagem, mas acho que era mais um romance masculino, de jovens rapazes, interessando a jovens rapazes. Fui reler e gostar quando estava com Hélio Pellegrino, que ali aparece, mais ou menos, num dos personagens. Se ainda tem impacto hoje? Se fosse por bem escrito, penso que sim. Se for por interesse da meninada, não sei dizer. A vida deles é tão essencialmente diversa daqueles quatro moços intelectualizados e idealistas de Minas.’
Lya Luft
‘A primeira leitura de O Encontro Marcado foi um deslumbramento, pois eu tinha 17 anos e, por motivos profissionais de meu pai, acabara de mudar para Belo Horizonte. Mas, mesmo sem isso, acho que Sabino acertou em cheio o coração dos jovens, principalmente do sexo masculino. Depois passou a escrever coisas que, sinceramente, não me interessaram. E ao reler O Encontro Marcado, creio que aos 35, 37 anos, achei piegas demais as reflexões cristãs do fim do livro. Mas ainda acho que é um livro que vale a pena ser lido, principalmente pelos jovens.’
Sérgio Sant’Anna’
TELECOMUNICAÇÕES
Net chama compra da Vivax de operação ‘pró-concorrência’
‘A compra da Vivax pela Net, anunciada na quinta-feira, terá de ser aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), além da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Se aprovada, a aquisição, avaliada em R$ 1,3 bilhão, criará uma empresa com 75% do mercado de TV a cabo e 45% do mercado de TV paga.
O presidente da Net, Francisco Valim, acredita que não haverá problemas. ‘Entendemos que o mercado de TV por assinatura é concorrencial e permanecerá assim’, disse o executivo. ‘Na banda larga e na voz, elevaremos a concorrência. O Cade irá entender isso como uma operação pró-concorrência.’
Valim também costuma usar o argumento da defesa da concorrência como o motivo para se impedir que operadoras de telecomunicações como a Telemar e a Telefônica entre no mercado de TV por assinatura. Para ele, a força econômica das teles esmagaria as empresas do setor, que são bem menores em faturamento e capacidade de investimento. A Net, no entanto, tem em seu controle a Embratel, que pertence ao mexicano Carlos Slim Helú, terceiro homem mais rico do mundo segundo a revista Forbes.
A Vivax poderá deixar o mercado de capitais poucos meses depois de sua estréia na Bolsa de Valores de São Paulo, em 8 de fevereiro deste ano. Sua aquisição será realizada em duas etapas. Primeiro, a Net vai comprar uma fatia minoritária da Vivax, de 36,7% do capital, que está com a HTI, cujos sócios são investidores privados. Com o sinal verde da Anatel, a maior operadora de TV por assinatura do País pretende adquirir o controle da Vivax, em poder de Fernando Norbert. Se levar o controle, a Net fará uma oferta pelos papéis da empresa em circulação no mercado.
O diretor financeiro e de Relações com Investidores da Net, Leonardo Pereira, disse que considera a incorporação da Vivax, após a aquisição, o melhor caminho para a união das companhias.’
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Órgão regulador do México barra operação da Televisa
‘A Comissão Federal de Competição do México barrou a aquisição da Televisión Internacional (TVI) pelo Grupo Televisa. Segundo o jornal ‘El Universal’, o órgão regulador mexicano quis evitar práticas monopolistas contra concorrentes menores. A Televisa é proprietária da Cablevisión, operadora de TV a cabo que só pode operar na zona metropolitana da Cidade do México. A compra da TVI permitiria à companhia atuar na região de Monterrey, no norte do país. A transação envolvia US$ 68,7 milhões. Um porta-voz da Televisa disse que a empresa não ia se pronunciar.’
TELEVISÃO
TV fatura 10% a mais
‘A TV aberta deve fechar o ano com um crescimento de 10% em seu faturamento publicitário em relação ao ano passado. Cenário positivo apontado pelo mercado, boa parte por mérito dos investimento injetados no setor pela Copa do Mundo. É no primeiro trimestre do ano que aparecem os melhores índices de investimento em todos os veículos de comunicação, com um crescimento de 19% em relação ao ano anterior. Com isso, a TV, que abocanhou 60,5% de tudo o que é investido em mídia, levou a melhor.
‘O crescimento no segundo semestre será menor que o do primeiro por duas razões: ausência da Copa, que injetou verba significativa, e a indefinição do cenário político: por mais tranqüila que a situação esteja, os negócios relacionados à propaganda sempre ficam mais cautelosos, refletindo nas verbas publicitárias’, fala o superintendente Comercial da Record, Walter Zagari.
‘Mesmo assim, a Record fechará o ano com crescimento 35% do faturamento em relação a 2005’, ele atesta. Para o próximo ano, outro evento esportivo tem potencial de mina de ouro para as emissoras: os jogos Pan-americanos do Rio.
Dez anos sem Renato Russo
Serginho Groisman juntou Jerry Adriani e o ex-Legião Urbana Dado Villa-Lobos para um tributo a Renato Russo no Altas Horas. Quando cantou Será, o par emocionou a platéia, incluindo muitos que nunca viram Russo no palco. No ar na Globo, logo mais, por volta de 1h30.’
Keila Jimenez
Atriz tenta tirar vídeo do YouTube
‘Ela faz questão de esconder esse passado, mas a internet não. Fernanda Vasconcellos – a Nanda de Páginas da Vida -, que para muita gente foi revelada na TV pela TV Globo, em Malhação, surgiu na verdade no Domingo Legal, como dançarina do Gugu. Sim, ela era uma daquelas mocinhas que dançavam dentro de uma taça. No portal de vídeos YouTube, um dos maiores sucessos de acesso – mais de 87 mil – é o vídeo que traz Fernanda desfilando de biquíni no programa do SBT. A atriz estaria tentando tirar o vídeo de circulação.
entre- linhas
Alvo de discórdias no decorrer da novela Cristal, do SBT, Dado Dolabella quer ficar na fita: promove churrasco em sua casa hoje para brindar ao encerramento das gravações.
Subiu no telhado a estréia de Bailando por um Sonho este ano no SBT.
A Globo nega, mas Luana Piovani já tinha assinado, sim – ela desistiu – contrato para Pé na Jaca, próxima novela das 7,
Nem estreou e já tem gente da direção achando cara a produção da novelinha da Record, Alta Estação: R$ 75 mil por capítulo.’
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