Assim como o francês Libération, organizações de mídia do Reino Unido também passaram por reformulações esta semana. A onda de demissões nos escritórios internacionais do Daily Telegraph foi considerada um ‘ato insano’ pelo National Union of Journalists, sindicato que representa os profissionais da empresa, noticia Stephen Brook [The Guardian, 27/9/06]. ‘Desta maneira não há como manter a qualidade do jornal’, desabafou John Carey, presidente do sindicato.
O chefe da sucursal do jornal em Washington, Alec Russell, o correspondente em Washington Francis Harris, o chefe do escritório de Nova York, Harry Mount, e o correspondente em Paris Colin Randall tiveram seus contratos cancelados nesta terça-feira (26/9). Especula-se que as sucursais de Washington e de Nova York se unificarão com os escritórios do Sunday Telegraph, também do grupo Telegraph.
Redução de cargos
A BBC foi outra que anunciou planos de reduzir seu pessoal na Europa e em Nova York; no total, 108 cargos deverão ser eliminados até o dia 31/3/07, conforme noticia John Plunkett [The Guardian, 27/9/06]. Uma porta-voz da rede garantiu que nenhuma das nove sucursais da BBC no exterior será fechada.
A maior parte das demissões será realizada no setor de TV – num total de 39 cargos. A BBC deu início a um período de demissão voluntária e o sindicato realizará reuniões com chefes de departamentos durante aproximadamente um mês. Os funcionários ameaçam entrar em greve caso a empresa decida lançar mão de demissões compulsórias.